Diário do Amapá - 19/11/2025

Havan(çando) Um advogado protocolou Ação Popular na 4ª Vara Cível de Novo Hamburgo (RS) questionando processo de compra de terreno e construção de loja da Havan na cidade, com inauguração no próximo sábado. O prefeito Gustavo Finck (PP) nega irregularidade e alega perseguição da oposição. A prefeitura informa não ter sido notificada sobre a ação. A Havan não respondeu demanda da reportagem. Não ao carvão Em evento paralelo à COP30, a bióloga Gabriela Santos, do Instituto Internacional Arayara, cobrou duas ações urgentes do presidente Lula da Silva para evitar um retrocesso na política energética: o veto à MP que estende a operação de usinas a carvão até 2040 e a adesão do Brasil à Aliança para Superar o Carvão (PPCA), O prazo para a sanção ou veto presidencial à MP 1304 expira nesta terça, 18. Susto no ar Passageiros do voo Latam 8146 (prefixo PT-MUF), que decolou de Guarulhos (SP) para Lisboa, passaram um susto na noite de domingo. O avião já rumava para águas internacionais na altura do Nordeste quando o comandante mudou a rota para pousar em Fortaleza, por causa de um mal súbito de um bebê. Desembarcaram a mãe, babá e o pequeno para atendimento, e o voo seguiu para Portugal. Na carne Após quatro dias da operação da Polícia Civil na Saúde, o governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o faz-tudo na gestão, considerado o braço- direito, Olegário Oliveira de Moraes – que a oposição na Câmara Distrital aponta como homem-bomba do GDF. Toda a segurança militar da Chefia de Gabinete também dançou. Ibaneis quer limpar o caminho para sua candidatura ao Senado, mas… a equipe tem deixado pedras. Mulher de negócios Depois de ver ignorado o seu pedido de agrément para um novo Embaixador no Brasil, Israel indicou como Encarregada de Negócios a diplomata negra Rasha Atamni, 1ª mulher árabe-muçulmana a representar o país no exterior. Rasha Atamni já atuou na Turquia e na Coreia do Sul. Sua prioridade é desconstruir a imagem de país segregacionista, fortemente vendida pelas ONGs vinculadas aos palestinos. E o povo sambou.. Com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil, enquanto vê o carimbó do Pará dançando sobre bilhões de reais da COP30 e a vizinha Guiana prosperando em bilhões de dólares pela exploração do petróleo, o Governo do Amapá decidiu contribuir para a baixa estima da população que sofre sem emprego e renda. O Governo vai pagar R$ 10 milhões (isso mesmo) à agremiação Escola de Samba Mangueira, do Rio de Janeiro, para ser o enredo como homenageada no Carnaval de 2026 na Marquês de Sapucaí – evento privado e controlado por liga de contraventores. A decisão foi do governador Clécio Luís (ex-PSOL e hoje no Solidariedade), apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), seu conterrâneo, conforme noticiado pelo portal Infomoney. Procurado por e-mail, o gabinete do governador não se posicionou. A Coluna perguntou se o Ministério Público estadual vai questionar o investimento, e o ritmo até este momento é de silêncio nessa arquibancada. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a atuação do crime organizado realiza as primeiras oitivas do colegiado nesta terça-feira (18) com depoimentos do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e do diretor de inteligência da cor- poração, Leandro Almada, a partir das 9 horas. Na quarta-feira (19), será a vez da CPI ouvir o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais, além do pro- motor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o início dos anos 2000. Instalada no último dia 4 de novembro após repercussão da operação policial no Rio de Janeiro (RJ) que matou 121 pessoas, as primeiras reuniões de trabalho da CPI do Crime Organizado do Senado ocorrem no momento que a Câmara dos Deputados tenta votar o substitutivo do projeto de lei (PL) Antifacção, que enfrenta resistências no governo e na oposição. Em entrevista à Agência Brasil, o relator da CPI do Crime Organizado no Senado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), explicou que o objetivo da Comissão é produzir um diagnóstico completo da atuação das facções e milícias no Brasil que possibilite a adoção de políticas de segurança mais eficientes. “Com esse diagnóstico, daremos o encaminhamento de quais são as soluções que funcionam e aquelas que nunca funcionaram, embora sejam repetidas de tempos em tempos”, comentou o relator Vieira. A Comissão é presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), que promete trabalhar para evitar que a CPI se transforme em palco político-eleitoral sem contribuições objetivas para o combate ao crime organizado no Brasil. “A gente tem que ter a responsabilidade de dar uma resposta para a população sem se deixar contaminar com esse viés político partidário ou eleitoral. Temos que fazer dessa CPI um resultado positivo em defesa daquilo que é elementar, que é a segurança pública como direito de todos e dever do Estado”, disse Contarato à Agência Brasil. ■ CRIME ORGANIZADO CPI do Crime ouve direção da PF e promotor que atua contra PCC E studo feito pela organização Todos pela Educação concluiu que a quantidade de estudantes que con- cluíram o ensino fundamental e o ensino médio no país avançou nos últimos dez anos, com aumento considerável da in- clusão, porém ainda insuficiente para diminuir a disparidade, tanto conside- rando critérios raciais quanto de ren- da. A pesquisa avaliou os índices de conclusão da educação básica na idade correta (16 anos para o fundamental e 19 para o médio), comparando os dados de 2015 e de 2025, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e do seu Módulo Educação, realizada pelo Insti- tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as conclusões apontadas pela pesquisa estão o avanço no ensino fun- damental, no qual o número de con- cluintes até 16 anos passou de 74,7% em 2015 para 88,6% em 2025, um cres- cimento de 13,9 pontos percentuais. No ensino médio. o avanço foi ainda maior: de 54,5% para 74,3%, com au- mento de 19,8 pontos percentuais. "Esse avanço nós podemos atribuir a uma série de fatores. Houve melhorias no ensino ao longo da última década, políticas importantes, pedagógicas, na base de formação de professores, que melhoram o ensino de fato, disse Ma- noela Miranda, gerente de Políticas Edu- cacionais do Todos pela Educação. Para ela, há outras hipóteses, mais em relação aos últimos anos, que podem ser consideradas, como por exemplo as aprovações durante o período pandêmico (que diminuíram a distorção idade- série). Pode também, acrescentou, ser um reflexo ao longo das últimas décadas de maior acesso, pois são mais estudantes indo à escola na educação básica, o que é muito positivo", explicou Manoela. Cruzando os dados de conclusão em critérios de diferenças raciais, de gênero e de renda, o fator mais deter- minante ainda é a renda. No ensino médio, a diferença na taxa de conclusão entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos caiu 15,2 pontos percentuais ao longo da década, passando de 49,1 em 2015 (36,1% versus 85,2%) para 33,8 em 2025 (60,4% versus 94,2%). Ou seja, am- bos os grupos avançaram, porém a dis- paridade ainda é considerável. Hoje, entre os 20% mais pobres, a quantidade dos que se formam no ensino médio ainda é 25% menor do que aqueles que se formavam, entre os 20% mais ricos, há dez anos. Essa diferença indica que, mantido o ritmo atual, os jovens mais pobres só terão as mesmas chances que os mais ricos de concluir o ensino médio em mais de duas décadas. ■ DISPARIDADE RENDA E COR SÃO DETERMINANTES PARA NÃO CONCLUIR ENSINO MÉDIO NO PAÍS V Foto/ Antônio Cruz/Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUARTA-FEIRA | 19 DE NOVEMBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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