Diário do Amapá - 19/11/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUARTA-FEIRA | 19 DE NOVEMBRO DE 2025 A atividade econômica brasileira apre- sentou queda no mês de setembro deste ano, de acordo com informa- ções divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). O Índice de Ati- vidade Econômica do BancoCentral (IBC- Br) diminuiu 0,2% em relação ao mês an- terior, considerando os dados dessazonali- zados (ajustados para operíodo). No terceiro trimestre, de julho a setembro, a redução chegou a 0,9%. Já na comparação com setembro de 2024, houve variação positiva de 4,9%, sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais. No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em14,2% e, em 12 meses, registrou alta de 13,5%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda oComitê de PolíticaMonetária (Co- pom) do BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 15% ao ano. O índice incorpora infor- mações sobre o nível de atividade de setores da economia– indústria, comércioe serviços e agropecuária –, além do volume de im- postos. A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a fina- lidade é conter a demanda aquecida; e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecemo crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudama redução da inflação, mas também podemdificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fiquemais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e es- timulando a atividade econômica. A redução na conta de luz puxou a in- flação oficial para baixo e fez o Índice Na- cional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado a inflação oficial - fechar outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Bra- sileiro de Geografia Estatística (IBGE). Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta de inflação, de 4,5%. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês. No entanto, o colegiado não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Emnota, oBC informouqueoambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos EstadosUnidos, comreflexos nas condições financeiras globais. Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros con- tinuarão alto por bastante tempo. Produto Interno Bruto Divulgado mensalmente, o IBC-Br empregametodologia diferente da utilizada paramedir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira divulgado pelo IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.” O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo amaior expansão desde 2021, quando o PIB al- cançou 4,8%. ■ ATIVIDADE ECONÔMICA BRASILEIRA CONTRAIU 0,2% EM SETEMBRO ÍNDICE V Foto/ Divulgação/Porto de Santos O Pix completa cinco anos neste domingo (16) como o principal método de pagamento do país. Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, o meio de paga- mentos digital movimentou R$ 26,4 trilhões no ano passado. Isso equivale a quase duas vezes o produto interno bruto (PIB) do Brasil em 2024. Neste ano, de acordo com o Banco Central, foram R$ 28 trilhões em transações via Pix até outubro. Odiretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, Renato Gomes, avaliou emuma transmissão online que a plataforma incluiu mais pessoas no sistema ban- cário. "Por um lado, teve essa redução de custo de distribuição de dinheiro. Por outro lado teve, vamos dizer assim, esse aumento da fatia de clientes e do consumo dos clientes e, obviamente, como o Pix trouxe muita concorrência com o sistema de paga- mentos, acabou havendo uma redução de tarifas assim", disse. O Pix foi criado primeiramente para facilitar transações entre pessoas com transferências instantâneas. Com o tempo novas funcionalidades foramadicionadas. Como oPix, cobrança, que faz o papel do boleto, e o Pix automático, que equivale ao débito automático. Dados recentes mostram que 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas usam o Pix. Tecnologia nacional As discussões para a criação do meio de pagamento que conquistou o país começaram oficialmente em 2016, com os requisitos fundamentais da ferramenta sendo lançados em 2018 pelo Banco Central. Em agosto de 2019, o BC comunicou que desenvolveu a base de dados e assumiu a administração do sistema de pagamentos instantâneos, que ganhou o nome Pix em fevereiro de 2020. ■ PAGAMENTO DIGITAL Pix completa cinco anos perto de movimentar R$ 30 trilhões por ano ● IPCA Mercado reduz previsão da inflação para 4,46%, abaixo do teto da meta Após a divulgação da inflação de outubro, a menor para omês emquase 30 anos, a previsão domercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado a inflação oficial do país - passou de 4,55% para 4,46% este ano. Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser per- seguida pelo Banco Central (BC). Definida pelo ConselhoMonetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto per- centual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. A estimativa está no boletimFocus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), emBrasília, coma expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em4,2%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respecti- vamente. A redução na conta de luz puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o menor para omês desde 1998, segundo o InstitutoBrasileiro deGeografia Estatística (IBGE). Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%. Comesse resultado, a inflação acumulada em12meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em15% ao ano pelo Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês. ■ ●
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