Diário do Amapá - 20 e 21/11/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA E SEXTA-FEIRAS | 20 E 21 DE NOVEMBRO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA D irigir é um ato de responsabilidade. Ter atenção ao volante e cuidados antes de pegar a estrada – como não ingerir bebidas alcoólicas, por exemplo – são parte do papel do motorista dentro da sociedade, apesar de extremamente necessárias. Para além disso, a cordialidade e o respeito com os demais condutores são pilares para o cotidiano saudável nas vias. No entanto, o que se percebe é bem diferente. Uma pesquisa divulgada em 2024 pelo Instituto Real Time Big Data, que analisou o comportamento dos brasileiros no trânsito, revelou que mais de 80% dos entrevistados já xingaram outros motoristas, enquanto quase 70% já realizou gestos obscenos. Os dados corroboram para o pensamento de que dirigir pode ser estressante e, até mesmo, desafiador, principalmente se observarmos um contexto em que muitos buscam van- tagem sobre o próximo. Entre ofensas e irresponsabilidades, uma pergunta surge: multar é o suficiente? Para levantar o debate, o olhar deve ser direcio- nado primeiramente para o ponto de origem. Formar condutores não deve se limitar a preparar para o exame da CNH. É essencial que o processo estimule a compreensão de que a melhor direção é a defensiva, funda- mental para garantir segurança e respeito no dia a dia. Somado a isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) garante que “o maior pro- tege o menor”, de acordo com o artigo 29, parágrafo 2°. A base é precisa e ainda esta- belece um limite entre os motoristas – que optam por ignorarem a norma a fim de economizarem segundos no tempo do tra- jeto. São em casos como esses em que aci- dentes são flagrados diariamente, e o egoís- mo nas estradas fica escancarado. Conectado ao individualismo, a imprudência recebe destaque. É comum telejornais noticiarem tragédias provocadas pela falta de responsabilidade, como acidentes envolvendo pessoas al- coolizadas ao volante e avanços no sinal vermelho. O cenário, por mais que seja um forte exemplo de condutas que não devem ser seguidas, é rotineiro e muitas vezes fatal. Levar a educação ao trânsito vai além da aplicação de simples multas. É preciso que o condutor compreenda seu papel dentro do convívio social e estabeleça o respeito pelo próximo mesmo que não esteja dirigindo – uma vez que um bom pedestre precede um motorista consciente. A aplicação de multas nesse contexto é importante, mas corre o risco de ser apenas um paliativo dentro de tantas mudanças a serem feitas. ■ Somado a isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) garante que “o maior protege o menor”, de acordo com o artigo 29, parágrafo 2°. A base é precisa e ainda estabelece um limite entre os motoristas – que optam por ignorarem a norma a fim de economizarem segundos no tempo do trajeto. Multar no trânsito é o suficiente? E-mail: pires@mercadocom.com.br Especialista em Direito de Trânsito LAURA DINIZ Tecnologista Sênior E-mail: mariosaturno@uol.com.br H á vinte anos, cansado de receber críticas sobre meus escritos de Maria, comecei a estudar o fenômeno do evangelismo brasileiro por observação de vários pregadores televisivos. Até gostava de alguns que, inclusive, dizia não entender de teologia ou liturgia, mas de religiosidade e fé. E nisso tinha um discurso convincente. Fiquei chocado ao ver que algumas seitas ditas cristãs defendam até o aborto. Também causa espécie ver que algumas defendem uma teologia da prosperidade, algo tão nefasto que me faz duvidar da veracidade cristã dessas, aPnal não se pode servir a Deus e ao dinheiro (Lc 16,13). E como têm “cristãos” que adoram dinheiro, luxo, sexo ilícito, comilança e o poder. De uns tempos para cá, passei a admirar um pastor evangélico que imitava o estilo do Padre Léo. No início eu considerava esse pastor como alguém que roubava um personagem católico, mas quando ele admitiu assistir e seguir o estilo do Padre, passei a considerar mais como uma home- nagem. Recentemente, vi um vídeo dele aceitando Maria como uma mulher diferenciada, ou seja, aceitando algumas posições católicas, Porém, nega outras com argumentos fáceis: (1) Maria engravidou de Cristo tendo relações sexuais com José; (2) Maria não pode ser mãe de Deus (tese que em grego é chamada de Teotokos) porque Deus é mais velho que Maria. Acredito que os evangélicos conhecem bem o Antigo Testamento, então será fácil ver qu, foi Isaías (7,14) quem profetizou: por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um Plho, e o chamará Deus Conosco. Portanto, Maria engravidou do Espírito Santo de Deus e não de José, mesmo porque é ele mesmo quem aPrma que não teve relações sexuais com ela: Maria estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, Plho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo (Mt 1,18-20). Quanto à idade de Deus, aí é preciso um esforço de raciocínio, pois o Deus dos judeus e dos cristãos é um "deus" que não tem origem, Ele existe antes do tempo, antes do espaço. Quando o espaço-tempo foi criado no Big Bang (?), Deus já existia. Assim, não faz sentido aPrmar o tempo de Deus porque ele era antes do tempo. O Pastor parece aplicar a Cristo o mesmo que acontece conosco, Deus nos dá espírito e alma na concepção, com a participação do homem (Adão) e da Mulher (Eva). Mas no caso de Cristo, somente há a participação divina. Assim, Jesus não é criado, já existia, mas se encarnou em Maria, tornando- se humano. Lembre-se que o ser humano já fora criado à imagem e semelhança e, conforme Gênesis (1,26; 2,7), pelas mãos e sopro do Deus Trino: façamos). De qualquer forma, aceitar que Maria era extraordinária já é uma grande aproximação, aPnal, "desde agora, todas as gerações me chamarão bem- aventurada" (Lc 2,48 da Almeida), e isso signiPca todos, de todos os tempos, católicos, protestantes e evangélicos. ■ O Pastor parece aplicar a Cristo o mesmo que acontece conosco, Deus nos dá espírito e alma na concepção, com a participação do homem (Adão) e da Mulher (Eva). Mas no caso de Cristo, somente há a participação divina. A Mariologia do Evangélico MARIO EUGENIO
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