Diário do Amapá - 20 e 21/11/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUINTA E SEXTA-FEIRAS | 20 E 21 DE NOVEMBRO DE 2025 P or dois anos seguidos, caiu a pro- porção de pessoas que trabalhavam em casa, o chamado home office. Em2024, eramquase 6,6milhões de pessoas que realizavam as atividades profissionais onde moravam. Em 2022, esse número superava 6,7 milhões. Em termos de proporção, a redução foi de 8,4% para 7,9% dos trabalhadores. O ponto de inflexão foi em 2023, quando 6,61milhões estavam trabalhando emcasa (8,2% do total). A constatação - que representa uma inversão na tendência crescente que tinha sido acentuada pela pandemia de covid- 19 - faz parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domi- cílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, pelo InstitutoBrasileirodeGeografia e Estatística (IBGE). Oestudo traz dados anuais desde 2012, exceto de 2020 e 2021, por causa da pan- demia de covid-19 que inviabilizou a coleta de dados. As proporções apontadas pelo IBGE se referem ao universo de 82,9 milhões de trabalhadores em 2024. Por critério do instituto, esse conjunto exclui empregados no setor público e trabalho doméstico. Efeito pandemia Segundo o analista da pesquisa,William Kratochwill, a classificação trabalho no domicílio de residência vale também para pessoas adeptas do coworking (escritórios compartilhados) “As pessoas falam: ‘eu trabalho de casa,’ mas não necessariamente ela vai trabalhar em casa, ela pode escolher ir a um cowor- king”, pondera. O levantamento mostra que as mu- lheres eram a maioria em home office. Elas somavam 61,6% dos trabalhadores nessa condição. Observando o total de trabalhadores por sexo, 13% das mulheres estavam em home office. Entre os homens, a parcela era de 4,9%. O pesquisador do IBGE afirma que o trabalho no domicílio de residência “cla- ramente deu uma arrancada depois da pandemia”. Em 2012, a parcela das pessoas nessa condição era de 3,6%. Em 2019, figurava em 5,8%, alcançando o ponto mais alto em 2022 (8,4%), antes de regredir nos dois últimos anos. “Mas ainda está em um nível superior ao que tínhamos antes do período pandê- mico e das novas tecnologias”, assegura Kratochwill. Insatisfação A diminuição do home office é um movimento que tem causado insatisfação em algumas empresas. No começo deste mês, o Nubank, um dos maiores bancos do país, anunciou regressão gradual no trabalho de casa. A insatisfação terminou coma demissão de 12 funcionários, de acordo com o Sin- dicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. Em março, funcionários da Petrobras fizeram uma paralisação contra a dimi- nuiçãodo teletrabalho, entre outrosmotivos. Veja a parcela de pessoas de acordo com o local de trabalho: - estabelecimento do próprio empreen- dimento: 59,4% - local designado pelo empregador, pa- trão ou freguês: 14,2% - fazenda, sítio, granja, chácara etc.: 8,6% - domicílio de residência: 7,9% - veículo automotor: 4,9% - via ou área pública: 2,2% - estabelecimento de outro empreen- dimento: 1,6% - domicílio do empregador, patrão, sócio ou freguês: 0,9% - outro local: 0,2% ■ PROPORÇÃO DE QUEM ESTAVA EM HOME OFFICE RECUA EM 2024 E CHEGA A 7,9% DOMICÍLIO V Foto/ Marcelo Camargo/Agência Brasil AAgênciaNacional de Energia Elétrica (Aneel) anun- ciou nesta sexta-feira (31) a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 irá vigorar nomês de novembro. Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumi- dos. Emagosto e setembro, aAneel havia acionado a bandeira vermelha patamar 2, com adicional de R$ 7,87 por 100 kWh. Em outubro, a bandeira foi reduzida para o patamar 1. De acordo com a Aneel, a medida foi adotada por causa do baixo volume de chuvas, afetando o nível dos reservatórios para a geração de energia nas usinas hidrelétricas. “Ocenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas terme- létricas, que têmcustomais elevado, justificando amanutenção da bandeira vermelha patamar 1”, informou a agência. A agência reguladora de energia elétrica acrescentou “que a fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro". "Por essa razão, é ne- cessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, acrescentou. Custos extras Criado em2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tari- fárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. ■ CUSTOS EXTRAS Aneel mantém bandeira vermelha 1 na conta de luz em novembro ● REGISTRO Apenas um em cada quatro trabalhadores por conta própria tem CNPJ De cada quatro trabalhadores por conta própria no país, apenas um tinha registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) em 2024, ou seja, formalização da atividade. Eram 6,6 milhões de pessoas em um universo de 25,5 milhões de trabalhadores por conta própria. Apesar da baixa cobertura, o dado mostra avanço em 12 anos. Em 2012, os conta própria com CNPJ eram 15% do total. Em 2019, um quinto (20,2%) e no último levantamento, divulgado nesta quarta-feira (19), um quarto (25,7%). A constatação está em edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa traz dados anuais desde 2012, exceto de 2020 e 2021, por causa da pandemia de covid-19, que inviabilizou a coleta de dados. Os 25,5 milhões de conta própria no país em 2024 representavam 25,2% dos 101,3 milhões de trabalhadores no Brasil em 2024. Em 2012 eles eram 22,4%. O registro no CNPJ pode representar vantagens ao trabalhador como emitir notas fiscais, acessar crédito e serviços bancários empresariais, contratar funcionários formais, além de benef ícios previden- ciários. Ramos de negócio O IBGE classifica os trabalhadores por conta própria em cinco grupamentos de atividade. Entre os segmentos, é possível perceber desigualdades. O co- mércio é o grupo commaior parcela de registrados. ■ ●
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