Diário do Amapá - 23 e 24/11/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 23 E 24 DE NOVEMBRO DE 2025 A partir do dia 21 de novembro, as solicitações de novos bene- f ícios ao Instituto Nacional ao Seguro Social (INSS) deverão ser feitas por meio de comprovação biométrica. Elaborada com o objetivo de combater fraudes, a mudança não será aplicada em benef ícios ativos. De acordo com o instituto, a im- plantação do cadastro biométrico al- cançará, de forma gradual, os demais beneficiários, mas sem risco de blo- queios automáticos. “Quem já é aposentado, pensionista ou recebe algum auxílio não precisa tomar nenhuma medida imediata”, in- forma o INSS. Nos casos em que se fizer necessária a atualização biométrica, o INSS entrará em contato com o beneficiário por meio de um comunicado individual, que, segundo o instituto, será feito com antecedência para providenciar a Carteira de Identidade Nacional (CIN), “sem qualquer impacto no recebimento do seu pagamento”. O documento de referência a ser usado para a biometria será a Carteira de Identidade Nacional. Segundo o instituto, as mudanças visammodernizar o sistema, de forma a garantir que os recursos “cheguem a quem realmente tem direito”. Veja quem está dispensado da ob- rigatoriedade De acordo com o instituto, a regu- lamentação prevê algumas situações em que a exigência de cadastro bio- métrico será dispensada. São elas: Enquanto o poder público não oferecer alternativas para o público abaixo: • Pessoas com mais de 80 anos; • Pessoas com dificuldade de des- locamento por motivo de saúde (com comprovação); • Moradores de áreas de dif ícil acesso (como comunidades ribeirinhas atendidas pelo PREVBarco); • Migrantes em situação de refúgio e apátridas; • Residentes no exterior. Temporariamente, para quem so- licitar os seguintes benef ícios até 30 de abril de 2026: • Pessoas que requererem salário maternidade; • Pessoas que requererem benef ício por incapacidade temporária; • Pessoas que requererem pensão por morte; Cronograma: • A partir de 21 de novembro de 2025: Qualquer novo pedido de bene- f ício ao INSS exigirá que o cidadão possua um cadastro biométrico. Nesta primeira fase, serão aceitas as biometrias da Carteira de Identidade Nacional (CIN), da Carteira Nacional de Habi- litação (CNH) ou do Título de Eleitor. • A partir de 1º de maio de 2026: Quem solicitar um novo benef ício e não possuir nenhuma biometria nos documentos aceitos (CIN, CNH ou TSE) precisará emitir a Carteira de Identidade Nacional (CIN) para dar andamento ao pedido. Para quem já tem biometria, nada muda. • A partir de 1º de janeiro de 2028: A CIN se tornará o único documento com biometria aceito para todos os requerimentos e manutenções de be- nef ícios no INSS, unificando e simpli- ficando a identificação. ■ INSS: CADASTRO BIOMÉTRICO SERÁ OBRIGATÓRIO PARA NOVOS BENEFÍCIOS COMBATE À FRAUDES V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurou nesta quinta-feira (20), na capital paulista, a 31ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. O evento, que não era realizado há sete anos, estará aberto ao público de 22 a 30 de novembro no Distrito Anhembi, na zona Norte da cidade. O presidente destacou que foi uma das pessoas que reivindicou o retorno do evento e defendeu que o Salão seja ummarco do desenvolvimento e inovação brasileiros em relação à transição energética. “Precisamos garantir que nenhum país do mundo hoje possa competir conosco quando se trata de inovação para transição energética. Nós ainda não sabemos fazer a bateria? Vamos aprender. Nós ainda não sabemos cuidar da terra rara? Vamos aprender. Nós temos empresários, nós temos universidade, temos cientista, temos recursos. Por que vamos ser, a vida inteira, importador de coisa que a gente pode exportar?”, disse. “É esse compromisso que este salão está dando e é com essa cabeça que eu saio daqui para ir para a África do Sul, para a reunião do G20. A história da indústria au- tomobilística será marcada entre antes e depois desse salão do automóvel”, acrescentou. A volta do Salão do Automóvel ocorre emmeio a um ciclo de retomada da produção nacional e de crescimento dos investimentos em inovação pela indústria automobi- lística. Segundo o governo federal, o setor automotivo se comprometeu a investir R$ 140 bilhões no Brasil até 2033, especialmente em pesquisa e desenvolvimento, em descarbonização e em segurança veicular. ■ MODERNIZAÇÃO Inovação e transição energética: Lula defende liderança na indústria ● SOBRETAXAS Tarifaço continua a afetar 22% das exportações, diz Alckmin O presidente em exercício e ministro do Desenvolvi- mento, Indústria, Comércio e Serviços, GeraldoAlck- min, afirmou nesta sexta-feira (21) que 22%das exportações brasileiras para os Estados Unidos permanecem sujeitas às sobretaxas impostas pelo governo norte-americano. A de- claração foi dada no Palácio do Planalto, umdia após a Casa Branca retirar 238 produtos da lista do chamado tarifaço. Segundo Alckmin, a nova decisão representa o maior avanço até agora nas negociações bilaterais. Ele destacou que, no início da imposição das tarifas, 36% das vendas bra- sileiras ao mercado norte-americano estavam submetidas a alíquotas adicionais. “Gradualmente, tivemos decisões que ampliaram as isenções. Com a retirada dos 238 produtos, reduzimos para 22% a fatia da exportação sujeita ao tarifaço”, disse. A medida anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, revoga a tarifa extra de 40% para uma lista de itens majoritariamente agrícolas, como café, carne bovina, banana, tomate, açaí, castanha de caju e chá. A isenção tem efeito retroativo a 13 de novembro e permitirá o reembolso de produtos já exportados. Impacto nas exportações Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que, tomando como base os US$ 40,4 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA em 2024: US$ 8,9 bilhões seguem sujeitos à tarifa adicional de 40% (ou 10%mais 40%, dependendo do produto); US$ 6,2 bilhões continuam enfrentando a tarifa extra de 10%; US$ 14,3 bilhões estão livres de sobretaxas; US$ 10,9 bilhões permanecem sob as tarifas horizontais da Seção 232, aplicadas a setores como siderurgia e alu- mínio. ■ ●

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