Diário do Amapá - 29/11/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 29 DE NOVEMBRO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA N o dia 30 de novembro, comemora-se o Dia do Evangélico em diversos estados brasileiros, a data tem transcendido as celebrações religiosas para se tornar ummarcode reconhecimentoda importância da comunidade evangélica na formação social, cultural e política do Brasil. No Amapá, essa data foi instituída pela Lei Estadual nº 1.217/2008, que oficializou a celebração, inte- grando-a ao calendário oficial do Estado. A nível nacional, a data também é re- conhecida, tendo sido instituída em 2010 pela Lei Federal nº 12.328, que consolidou o 30 de novembro como umdia de reflexão e valorização da presença evangélica na sociedade brasileira. OBrasil, historicamente conhecidopor sua tradiçãocatólica, vemtestemunhando um crescimento impressionante da população evangélica. Segundo o último Censo do IBGE, os evangélicos já representam mais de 30% da população brasileira, e as projeções apontam que, em poucas décadas, poderão se tornar o maior segmento religioso do país. Esse avanço não é apenas numérico, mas também cultural e político, com uma influência crescente em diferentes esferas da sociedade. A expansão evangélica pode ser explicada por diversos fatores, como o intenso trabalho evangelístico realizados pelas igrejas, que alcançam desde grandes centros urbanos até co- munidades remotas, e o carisma de sua mensagem, que alcança corações afligidos pelos males da vida, enfatizando temas como a superação pessoal e o en- volvimento direto com os problemas cotidianos das pessoas. Alémdisso, amúsica gospel, a literatura cristã e os meios de comunicação, como rádios e canais de televisão evangélicos, têm contribuído para o fortale- cimento desse segmento. Entre as principais conquistas dos evangélicos no Brasil, enquanto seguimento social, está no usufruto de direitos, comoode acesso à cultura, antes denegados, por não serem considerados seguimento cultural, assim como, a ocupação dos espaços debate nos prin- cipais temas quenorteiamas políticas publicas brasileiras, em razão do reconhecimento de sua força política. A chamada bancada evangélica, presente em diferentes esferas do legislativo, tornou-se uma dasmais influentes noCongressoNacional, defendendopautas que refletem os valores de sua base, como a defesa da vida, da família tradicional e da liberdade religiosa. Na área social, igrejas evangélicas têmse destacadopelo trabalho em comunidades carentes, promovendo ações que vão desde a recuperação de dependentes químicos até programas educacionais e de inclusão social. Além disso, muitos líderes evangélicos têm se posicionado como vozes atuantes emdefesa da ética, damoralidade e da justiça, contribuindo para o debate público em temas relevantes para o país. Apesar dos avanços, a comunidade evangélica enfrenta desafios significativos. Um deles é o desafio interno de lidar com as divergências doutrinárias e organi- zacionais que caracterizamomovimento evangélico, formado por diferentes de- nominações, pois, cada uma possui sua própria visão teológica e administrativa. Outro ponto crítico é lidar coma linha tênue existente entre a necessidade da re- presentação política e a politização do espaço religioso. Outrossim, é essencial que a comunidade evangélica continue sendo um exemplo de integridade e ética, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta desafios relacionados à corrupção e à polarização política. Ao olhar para o futuro, o crescimento dos evangélicos no Brasil traz a res- ponsabilidade de continuar sendo uma voz de esperança e transformação, não apenas dentro dos templos, mas também no cotidiano de milhões de brasileiros que encontram na fé evangélica um sentido para suas vidas. Afinal, mais do que números ou estatísticas, o verdadeiro impacto do ser evangélico, deve estar na capacidade de tocar vidas e promover mudanças concretas através da fé em Jesus. Que esse dia, seja um convite para todos — crentes ou não — a refletirem sobre o papel da espiritualidade na construção de uma sociedade mais humana, justa, solidária e fraterna. ■ Dia do evangélico: fé, conquistas e desafios Portanto, o Dia do Evangélico é mais do que uma data comemorativa; é uma oportunidade para reflexão. É um momento para celebrar as conquistas, mas também para avaliar os desafios e reforçar o compromisso com os valores que fundamentam a nossa fé. Tecnologista Sênior E-mail: mariosaturno@uol.com.br E m 2019, diversos cientistas liderados pelo chefe de Ciências da Terra do Museu de História Natural, Professor Richard Herrington, enviaram uma carta ao Comitê de Mudanças Climáticas alertando que se os 31,5 milhões de carros do Reino Unido forem substituídos por veículos elétricos até 2050, como planejado pelo governo, isso gerará uma demanda de quase o dobro do fornecimento global anual atual de cobalto. Por enquanto, tanto a mineração, quanto a indústria tem dado conta. Os pesquisadores também calcularam que, com base na mais recente tec- nologia de bateria de lítio NMC 811 (cátodo feito com 80% de níquel, 10% de cobalto, 10% de manganês), a demanda do Reino Unido por baterias de veículos elétricos exigirá três quartos do lítio do mundo e o dobro da produção anual mundial de cobalto. Hoje, mais de 80% da energia consumida pela humanidade provém de fósseis, como petróleo, gás natural e carvão. A eletricidade é a forma de energia que dominará o futuro, gerada pelo sol e pelos ventos principalmente. Estima-se que até 2040, 40% do consumo energético será na forma elétrica. Com isso, estimam que a energia necessária para minerar materiais para baterias de veículos elétricos consumirá 22,5 TWh (TeraWatt-horas), o equivalente a seis por cento do consumo elétrico anual atual do Reino Unido. Só a mineração dos materiais de bateria para substituir os dois bilhões de carros no mundo exigiria quatro vezes a produção elétrica anual total do Reino Unido. Inviável em qualquer cenário. Em outras palavras, embora o carro elétrico seja uma solução para o problema do consumo de energia fóssil e poluição, não é possível a médio prazo. Ou seja, é preciso buscar outras soluções complementares, como reduzir o uso dos carros, promovendo políticas públicas de transporte público, facilitação do uso de bicicletas, elétricas ou não e caminhadas a pé. Caminhar faz bem não somente à saúde f ísica, mas também a mental. Lembro até hoje quando resolvi abandonar o ônibus e ir a pé até a Universidade Federal de São Carlos de 1982 a 1984. Eram duas caminhadas de meia hora, dedicada ao Terço e à re- flexão. Porém, o carro elétrico não precisa ser dependente de bateria, há a alternativa do hidrogênio, ou seja, e eletricidade vem de uma célula de combustível. O gás hidrogênio é armazenado no tanque de combustível. Na célula, ele reage com o oxigênio da atmosfera, produzindo energia elétrica, calor e água. O calor e a água saem do cano de escapamento como vapor de água e a eletricidade vai direto para o motor. Certamente, um passo intermediário, por duas ou três décadas, será substituir motores comuns dos ônibus, caminhões e carros por motores híbridos, muito mais eficientes e leves. Somente esta medida representa uma economia de 30% dos combustíveis. O uso de álcool também contribuiria muito. Enquanto omundo civilizado organiza-se e planeja, o que nossos governantes e políticos representantes estão fazendo? Estão elaborando políticas públicas facilitando a solução? Ou são parte do problema, como muitos foram durante a pandemia? ■ Certamente, um passo intermediário, por duas ou três décadas, será substituir motores comuns dos ônibus, caminhões e carros por motores híbridos, muito mais eficientes e leves. Somente esta medida representa uma economia de 30% dos combustíveis. Carro elétrico? MARIO EUGENIO E-mail: drrodrigolimajunior@gmail.com . Teólogo, pedagogo e advogado RODRIGO LIMA JUNIOR

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