Diário do Amapá - 29/11/2025
A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 29 DE NOVEMBRO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS TRÂMITE - Com objetivo de combater lavagem de dinheiro, CCJ do Senado deu parecer favorável a projeto de lei que limita uso de dinheiro em espécie. Proposta ainda terá de passar por turno suplementar de votação na CCJ. Se aprovação for confirmada, matéria seguirá para análise na Câmara dos Deputados. ■ RECURSO - Enquanto local para comércio não for definido pela Prefeitura, empreendedores do Shopping Popular receberão auxílio emergencial, cuja providência depende de aprovação da Câmara de Vereadores. ■ REPERCUSSÃO - Secretária do meio ambiente, Taísa Mendonça revela que Amapá vem recebendo pedidos de agendamentos de outros estados do Brasil, e do exterior, para evolução de negócios iniciados na COP30, em Belém. ■ Show da virada Clécio anuncia Anitta como 1ª atração do Réveillon 2026, em Macapá. “O Maior Réveillon da Amazônia é mais do que festa, é promover turismo, gerar oportunidades de empregos e movimentar a economia”, ressalta o gestor. Lastro Lucas Felipe de Oliveira, presidente da Codevasf, esteve quinta, 27, em Tartarugalzinho, onde foi recebido pelo prefeito Bruno Mineiro e acompanhou escavações de poços artesianos, foi a áreas de piscicultura e presenciou pavimentação de ramais. Estrutura do Centro Estadual de Radioterapia foi possível com uso de R$ 16,3 milhões em obras e equipamentos de alta tecnologia, viabilizados por articulação do senador Davi Alcolumbre. TRE-AP rejeitou, por unanimidade, embargos de declaração de Breno Lima e Artur do Areal, prefeito e vice de Oiapoque, mantendo cassação dos dois. Esperança deles agora é o TSE. Caso não consigam reverter, novas eleições serão realizadas no município fronteiriço. Balançando Presidente do Senado, Alcolumbre anulou voto do deputado Eduardo Bolsonaro, durante sessão do Congresso para análise de vetos do presidente Lula aos projetos do Licenciamento Ambiental e do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Argumento de Alcolumbre foi que regimento interno só permite voto de parlamentares que estão fora do país em missão oficial. Anulado No Dia Nacional de Prevenção e Combate ao Câncer, governador Clécio Luís anunciou avanço histórico para saúde pública: 1º Centro Estadual de Radioterapia do Amapá, em Macapá. Alvíssaras Prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro receberá comenda ‘Político Amigo da Engenharia do Amapá’, do Crea-AP, em solenidade na Assembleia Legislativa, dentro de poucos dias. Distinção Irmã do prefeito Breno (Oiapoque), Kamile Almeida teve filiação no Podemos abonada pela 1ª dama de Macapá, Rayssa Furlan. Apesar de irmãos, Breno e Kamile não são alinhados politicamente, sendo que ela, além de apoiar Rayssa (senado) e Furlan (governo), é pré-candidata a estadual; ele integra base de prefeitos que apoiarão reeleição de Clécio nas eleições do ano que vem. Divididos Tjap, em parceria com Tribunal de Apelação de Caiena, realizou nessa cidade da Guiana Francesa a 1ª Conferência Transnacional sobre Violência Familiar na Região da Fronteira Brasil/França. Evento tratou de agenda inédita de cooperação internacional entre os dois países para enfrentamento à violência doméstica e proteção de pessoas vulneráveis. Binacional Ilustre Para secretário de obras de Macapá, Cássio Cruz, existe possibilidade de recuperação parcial da estrutura do Shopping Popular, desde que inicialmente haja interdição total do prédio no centro da cidade. Interdição, aliás, já ocorre há 7 dias. Prefeitura procura 2 terrenos geminados na área para que empreendedores do Shopping possam continuar atividades. Providências E stamos diante de um Brasil onde o sonho do crescimento parece cada vez mais distante. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil trouxeram dados que, se lidos com um olhar crítico, mostram que estamos vivendo uma ressaca econômica das grandes. Em setembro de 2024, a busca por crédito despencou 3,66% emrelação ao mesmo mês do ano passado. Isso mesmo, o em- presário médio, aquele que ainda resiste a abrir o caixa, está retraindo os investimentos, e o consumidor comum evita o que era uma “compra parcelada” agora chamada de “dívida”. O que mais chama a atenção aqui não é só o recuo nas consultas, mas o que isso significa para o cenário econômico comoumtodo. Os juros estão empatamares elevados – a taxa Selic ronda os 10,75% –, e a inflação anda num sobe-e-desce que mais parece montanha- russa. Como dólar disparando, o sinal que se acende é claro: omercado está commedo, os investidores estão receosos, e, sinceramente, é dif ícil imaginar que o cenário vá melhorar a curto prazo. Aqueda na busca por crédito não é só umnúmero, é um reflexo direto de um mercado exaurido, de famílias endividadas e de empresários que olhampara o futuro commais dúvidas do que certezas. E por que tudo isso? Porque o crédito, aquele que impulsionava a economia de consumo, ficou caro demais. Numpaís onde mais de 30% dos consumidores têm restrições no nome, o apetite por novos financiamentos, em- préstimos ou qualquer outra linha de crédito mur- chou. A situação fica ainda mais preocupante quando percebemos que, mesmo entre aqueles que ainda buscam crédito, os resultados são tímidos: só 0,93% realmente conseguiram fechar alguma transação. E veja só, a maioria esmagadora desses fechamentos, 76,53%, foram empréstimos. O brasileiro está com tanta confiança na economia quanto umpescador em alto-mar antes de uma tempestade. E se a confiança não volta, o consumo fica onde está: no mínimo. No meio disso tudo, o alerta do SPC Brasil não é uma mera formalidade: a inadimplência está alta e limita aindamais a capacidade de crédito. As instituições financeiras, já de olho nas possíveis ondas de calote, ficaram criteriosas. E quem pode culpá-las? A pers- pectiva de juros altos continua, o consumidor se retrai e o empresário olha para a política econômica com receio de cada novo anúncio. Estamos assistindo ao fenômeno de um Brasil pa- ralisado. O Sudeste, que normalmente puxa o cresci- mento nacional, teve amaior participação nas consultas de crédito, com 47,20%, mas mesmo lá o otimismo desaparece na mesma velocidade com que o crédito se torna inacessível. Em outras palavras: um gigante com os pés de barro, onde a base econômica já não sustenta o ritmo que o país precisa para crescer. Ninguém precisa de uma bola de cristal para ver que, se algo não mudar, a retração do crédito será só o começo. A economia parada só deixa um cenário de mais dívidas e menos crescimento. Ou, quem sabe, de um "Brasil que não quer saber" – um país onde todos têm opinião sobre tudo, mas onde o debate sério e os investimentos de verdade são cada vez mais raros. ■ O Brasil endividado, o freio na economia e a fuga de crédito E-mail: gregogiojsimao@yahoo.com.br GREGÓRIO JOSÉ Jornalista/Radialista/Filósofo
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