Diário do Amapá - 30/11 e 01/12/2025
➔ E-mail: luizmello.da@uol.com.br ➔ Instagram: @luizmelodiario© 2018 ➔ twitter: @luizmelodiario As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado RÁPIDAS ● Pesquisas... Se Furlan vai bem no quesito ´popularidade´ (65%), Clécio, na outra ponta, mostra musculatura quando o eleitor se manifesta sobre aceitação do governo dele - mais de 60% de aprovação. Logo, desenha-se uma disputa de gigantes, se ambos sacando revólver do coldre. ● Vale tudo... Se Rayssa, na cola do marido Furlan, seguir assim, embalada, como revelam pesquisas, Randolfe, Lucas e WGóes vão sangrar no ringue em briga feia pela segunda vaga ao Senado, em outubro. Desses três, apenas Góes como estreante, porque Rodrigues e Barreto já buscam reeleição. ● Namorico... Clécio tem até abril para se decidir onde amarrar sua canoa, se ainda determinado a deixar o Solidariedade. Falam num tal ´namoro de portão´ com o PT, já em curso, e com Randolfe como cupido, dizem. Nelson Rodrigues, jornalista e dramaturgo ● Tô fora... Para os que têm me incentivado sobre vontade de disputar eleição, digo que já fiz meu ´test-drive´e não fui aprovado. Aliás, eu até quero, mas é o eleitorado que não me quer. E, claramente, já disse isso nas urnas. Fazer o quê... Durante o meu mandato a história se contorceu, mas a democracia não murchou na minha mão Sarney, ex-PR Pronto... Ainda silente sobre candidatura ao GEA, Furlan não se furta a mimos sobre o seu vice, Mário Neto.. “´Tem currículo, inteligente e determi- nado, o suficiente para levar em frente traba- lho em curso por Macapá, caso venha a assumir bastão”, diz. ● Voltar a disputar eleição já não mais faz parte da trilha sonora de Sonize Pimentel, como ela própria tem admitido. Mas não nega: foi muito positivo para o aprendizado de vida dela, enquanto durou passagem pelo Congresso Nacional. Nempensar... Desligado... Ainda dodói e com pouquíssima aparição em público, ex-deputado estadual Rosemiro Rocha tem abolido a política de seu cardápio. Mas por enquanto, “apenas pra deixar com água na boca aqueles sempre dependentes de sua con- sultoria política”, brinca. ● Segundo interlocutores, Furlan teria chamado Helson Roberto de canto para uma conversa sobre possível candidatura a estadual. De suar colarinho da camisa na Zeladoria Urbana, HR confessa: não tem pensado noutra coisa, ultimamente. Conteúdo Entramos e saímos respirando arte na visita à nova Biblioteca Elcy Lacerda. Pela arte da palavra, a literatura nos fortalece com expressões criativas, ferramentas do nosso trabalho na comunicação. É entrar e não querer sair mais.... ● Tricotando... Sem aviso nem fanfarra, Júlio Miranda já pre- para uns temperos para volta à cena política, “mas já, já ainda não”, pondera. Experiência não lhe falta: foi deputado estadual e, por último, presidente do TCE/AP. ● -Quemsabe... De repente, dois nomes - Alliny Serrão e Paulo Lemos - passarama frequentar conversas de basti- dores também como opções para a vice de Clécio, em26 - se Teles Jr. se decidir mesmo ir a federal. ● “ “ |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 30 DE NOVEMBRO E 01 DE DEZEMBRO DE 2025 3 FROM / LuizMelo a Academia Brasileira de Letras, a editora Ciranda Cultural lançou, sob um novo selo, Principis, meus três romances: ODono doMar, Saraminda e A Duquesa vale uma Missa. Ao mesmo tempo a Aca- demia me fez uma homenagem que muito me tocou, ao me dedicar uma sessão especial, com meus confrades Domício Proença e Antônio Carlos Secchin analisando minha obra de prosador e de poeta. Comecei a escrever muito moço. Com meu pai, aprendi a amar os livros, amor que me acompanha por toda a vida. Sem eles não sei viver: vivo com eles. Primeiro aprendi a ler alguns clássicos, na pequena bi- blioteca que tínhamos em São Bento, no interior do Maranhão. Depois comecei a fazer, à mão, pequenos livros, com folhas datilografadas, A Canção Inicial e Poemas Decadentes. Participei, mais tarde, de um pequeno grupo que sonhava recuperar o Maranhão: éramos escritores e pintores. Ali tive grandes compa- nheiros, como o grande poeta Bandeira Tribuzzi, que fora estudar em Coimbra e nos trouxera a descoberta da poesia portuguesa, sobretudo Fernando Pessoa. Com o meu primeiro livro de poesia, que afinal chamei de A Canção Inicial, entrei para a Academia Maranhense de Letras. Mas a política me chamou, era meu destino. Minha vocação era a literatura. Com ela noivei todas as noites. Quando o destinome levou ao governo doMaranhão, entre as solicitações permanentes da tarefa de romper com os vícios que atrasavam o Estado naquela época, encontrei tempo para escrever um livro de contos, Norte das Águas, que teve uma excelente acolhida da crítica. Habituei-me a afastar as demandas da política — que me cobrava os textos de discursos, pareceres, projetos de lei etc. — para escrever literatura. Publiquei mais dois livros de poesia, Os Maribondos de Fogo e Saudades Mortas, outros contos, os três romances, ensaios, conferências. Um dia reuniram a fortuna crítica de minha obra li- terária — não só o que se escreveu no Brasil, mas em todo o mundo — e me assustei: em 2018, tinha 119 títulos, com 168 edições; e de lá para cá já saíram vários livros e novas edições. A política, além do tempo que me tomou, muito prejudicou a acolhida de minha obra literária. Não que não tenha tido aqui grandes elogios de grandes escritores, como Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Darcy Ribeiro e tantos outros, mas muitos confundiram o político com o escritor, e passaram a este a hostilidade àquele, enquanto no exterior fui analisado apenas como escritor, tendo tido uma excepcional acolhida da crítica e de personalidades como Lévi-Strauss ou Maurice Druon — e tido, além das edições padrão, a acolhida para um público maior, em coleções de bolso como Le Petit Ver- million e a Folio, daGallimard. Eu também fui responsável, pois fui ummau autor, não pude dedicar à minha obra a atenção que todas precisam de seu autor. Foi em parte na busca de alcançar as novas gerações que combinei estas novas edições, que receberam da editora um tratamento moderno, com excelentes capas e a possibilidade de serem compradas num estojo que reúne os três romances. Para temas diferentes, fiz abor- dagens diferentes, e não sei se quem tiver lido um terá ideia do que são os outros. O Dono do Mar é uma história de pescadores, lendas e tempos do Maranhão; Saraminda se passa em torno do ouro do Amapá e de uma mulher que com ele se identifica; e ADuquesa vale uma Missa é a visão íntima de uma paixão diferente. Foi sobretudo Norte das Águas que me conduziu, pelas mãos de grandes escritores da Casa, que já eram meus amigos, à Academia Brasileira de Letras. Ali entrei com 50 anos, estou, portanto, há 45 e há cerca de 20 anos sou seu decano — coisa meio triste, pois significa que todos que lá estavam quando fui acolhido já se foram. Fiquem tranquilos, eu nem sonhava em ser Pre- sidente da República, e meu lugar na Casa é do escritor, não do político. ■ Literatura, Vocação E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY N Vai não vai
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