Diário do Amapá - 30/11 e 01/12/2025

Paz & Luz Após sete meses de crise institucional entre os dois Governos, o embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Angel Delgadillo, reassumiu o posto em Brasília na terça-feira (25). O Paraguai deu por encerrado o caso da suposta espionagem da ABIN sobre diretores paraguaios da Usina de Itaipu, sem avançar em detalhes. Recado de lá As embaixadas da França e da Ucrânia promovem, dia 2 de dezembro, a exibição do filme canadense-ucraniano “Doors of War”, apenas para convidados. A ideia é aumentar a pressão sobre o Governo Lula para que o Brasil se envolva e tome lado na resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia. MS x Câncer O Ministério da Saúde aprovou um projeto da Libbs no novo ciclo do Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo. Ao longo de 10 anos, a Libbs fará a transferência da tecnologia produtiva, para o Instituto Butantan, do bevacizumabe –medicamento biológico para tratamento de vários tipos de câncer, incluindo o colorretal. Cegueira A Coluna está com a TV ligada esperando o dia em que a Polícia Federal vai visitar de camburão o filho e nora do presidente Lula da Silva, apontados por tráfico de influência e suspeita de superfaturamento milionário no Ministério da Educação; e também para o “Frei” Chico, irmão do Barba, cuja entidade que dirige tungou R$ 300 milhões de aposentados. Parece que a PF se esqueceu deles.. Nós, não. Golpe oficial Os Correios continuam a malandragem de cobrar caro dos clientes, com promessa de entregar em dois a três dias, mas cortou boa parte dos contratos com as companhias aéreas parceiras. Mais um caso: Uma cidadã de Campo Largo (PR), colada em Curitiba, enviou dia 17 de novembro um Sedex para o interior de Minas. Pagou surreais R$ 123. Até ontem, 10 dias depois, nada. O status da encomenda estava em trânsito para BH. Projeto 2026 Pode ser coincidência, e só. Mas em se tratando de Brasília, não existem… deixa para lá. Informes nos corredores do Congresso Nacional apontam que duas operações recentes da Polícia Federal podem minar a federação União-PP e o projeto presidencial do Centrão para 2026. A “mais antiga”, Overclean, pegaria em cheio o antigo núcleo do DEM e desestabilizaria o grupo próximo de ACM Neto, hoje um dos manda-chuvas do União. E a do Caso Banco Master atinge o grupo político do governador Ibaneis Rocha no MDB e associados na Câmara e Senado, e no Progressistas. A conferir. A Justiça Federal em Brasília mandou soltar nesta sexta-feira (28) o banqueiro Daniel Vorcaro e mais quatro sócios do Banco Master. O habeas corpus foi concedido pela desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Com a decisão, Vorcaro e os sócios Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva deverão usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de exercer atividades no setor financeiro, de ter contato com outros investigados e de sair do país. Vorcaro foi preso pela Polícia Federal (PF) no dia 17 deste mês enquanto tentava embarcar para o exterior em seu jatinho particular no Aeroporto de Guarulhos. Atualmente, ele está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos (SP). O banqueiro e outros sócios do banco foram alvo da Operação Compliance Zero, deflagrada pela PF para investigar a concessão de créditos falsos pelo Banco Master, incluindo a tentativa de compra da instituição financeira pelo Banco Regional de Brasília (BRB), banco público ligado ao governo do Distrito Federal. De acordo com as investigações, as fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões. Após a prisão, os advogados de Daniel Vorcaro negaram que o banqueiro tentou fugir do país e sus- tentou que ele sempre se colocou à disposição para contribuir com a apuração dos fatos. O BRB informou que vai contratar uma auditoria externa para apurar os fatos. O banco também que vai apurar possíveis falhas de governança ou dos con- troles internos. ■ HABEAS CORPUS Justiça manda soltar Vorcaro e mais quatro sócios do Banco Master U m grupo de entregadores por aplicativo protestou nesta sex- ta-feira (28) contra uma modali- dade nova de trabalho do iFood. Eles se reuniram na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro, para pedir que a em- presa reconsidere o sistema chamado de +Entregas, que prevê ao profissional agendar o horário de trabalho em uma região específica da cidade. Segundo os manifestantes, o novo modelo engessa a jornada dos entrega- dores, causa desordem no mapa das entregas, provoca conflitos entre os pró- prios trabalhadores e diminui o valor das corridas. “Uma das reivindicações dos traba- lhadores há um tempo é o aumento da taxa mínima paga pelo iFood de sete para dez reais. Tudo aumentou: gasolina, manutenção das bicicletas e motos. E o lucro do iFood só aumenta a cada ano. Nessa nova modalidade, as taxas podem cair para R$ 3,30”, diz Alexandre Moi- zinho, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Direitos. “Além disso, você precisa agendar o horário de entregas, o que tira a auto- nomia do entregador em relação ao próprio tempo, e ele fica obrigado a permanecer em um território esperando a corrida acontecer”, complementa. Segundo o iFood, no sistema +En- tregas o entregador agenda um período de três horas de trabalho em uma região específica da cidade. Ele recebe um valor fixo por hora disponível e um adi- cional por cada entrega concluída. Nessa modalidade, o entregador pode ter, no máximo, duas rotas canceladas ou re- jeitadas no período agendado. A plataforma argumenta que isso permite que o trabalhador aumente as chances de receber pedidos naquela área, otimize rotas e tenha mais controle sobre a jornada de trabalho. Diz ainda que os ganhos são acima da média e o entregador tem prioridade em receber pedidos em relação aos outros que não participam do “+Entregas”. Relações de trabalho No protesto, os entregadores tam- bém criticaram o modelo de operador logístico (OL) usado pelo iFood durante um tempo e a migração para o modelo de franquia de serviço logístico. No OL, os entregadores estão subordinados a uma terceirizada. Ela atua como inter- mediária, e controla os pagamentos e a rotina de trabalho por regiões. Os pro- fissionais trabalham por meio de con- tratos como microempreendedores in- dividuais (MEI). A outra opção é o trabalho inde- pendente, chamado de “nuvem”, quando o profissional se cadastra no iFood e define por conta própria os horários, a região e os pedidos. ■ PRECARIZAÇÃO ENTREGADORES PROTESTAM CONTRA MODALIDADE NOVA DE TRABALHO DO IFOOD V Foto/ Fernando Frazão/Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 30 DE NOVEMBRO E 01 DE DEZEMBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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