Diário do Amapá - 04/12/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUINTA-FEIRA | 04 DE DEZEMBRO DE 2025 M ais de 8,6 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza em 2024. Esse desempenho socioe- conômico fez a proporção da população na pobreza cair de 27,3% em 2023 para 23,1%. É o menor nível já registrado desde 2012, quando começa a série histórica do InstitutoBrasileirodeGeografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o Brasil tinha 48,9 milhões de pessoas que viviam commenos de US$ 6,85 por dia, o que equivale a cerca de R$ 694, emvalores corrigidos para o ano. Esse é o limite que o Banco Mundial define como linha da pobreza. Em 2023, o con- tingente na pobreza era de 57,6milhões de brasileiros. Os dados fazemparte do levantamento Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (3). Os indicadoresmostramo terceiro ano seguido comredução no número e na pro- porção de pobres, marcando uma recupe- ração pós-pandemia de covid-19, desen- cadeada em 2020. Confira o comportamento da pobreza no país: 2012: 68,4 milhões 2019: 67,5 milhões (último ano antes da pandemia) 2020: 64,7 milhões 2021: 77 milhões 2022: 66,4 milhões 2023: 57,6 milhões 2024: 48,9 milhões Em2012, a proporçãode pessoas abaixo da linha de pobreza era de 34,7%. Em2019 chegou a 32,6%. No primeiro ano da pan- demia (2020) foi reduzida a 31,1%e chegou ao ponto mais alto da série em 2021, com 36,8%. Desde então, apresentou anos de queda, indo de 31,6% em 2022, para 23,1% no ano passado. Trabalho e transferência de renda Opesquisador do IBGEAndréGeraldo deMoraes Simões, responsável pelo estudo, explica que em 2020, ano de eclosão da pandemia, a pobreza chegou a ser reduzida por causa dos programas assistenciais emer- genciais, como oAuxílio Emergencial, pago pelo governo federal. “Esses benef ícios voltaramemabril de 2021, mas comvaloresmenores e restrição de acesso pelo público, e o mercado de trabalho ainda estava fragilizado, então a pobreza subiu”, afirma. Simões acrescenta que, a partir de 2022, omercado de trabalho voltou a aque- cer, acompanhado por programas assis- tências com valores maiores, fatores que permitiram o avanço socioeconômico. “Tantoomercadode trabalho aquecido, quanto os benef ícios de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família e o Auxílio Brasil, que ganharam maiores valores e ampliaramo grupo da população que recebia”, assinala. No segundo semestre de 2022, o pro- grama Auxílio Brasil passou a pagar R$ 600. Em 2023, o programa foi rebatizado de Bolsa Família. Extrema pobreza No último ano, o Brasil vivenciou tam- bém redução da extrema pobreza, pessoas que viviam com renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 218 mensais em valores corrigidos para o ano passado. De 2023 para 2024, esse contingente passou de 9,3milhões para 7,4milhões, ou seja, 1,9 milhões de pessoas deixaram a condição. Essa evolução fez com que a proporçãodapopulaçãona extremapobreza recuasse de 4,4% para 3,5%, a menor já re- gistrada. Em2012, quando começou a série his- tórica, eram 6,6%. Em 2021, o patamar al- cançou 9% (18,9 milhões de pessoas). ■ MAIS DE 8,6 MILHÕES DEIXAM POBREZA; BRASIL TEM MELHOR NÍVEL DESDE 2012 IBGE V Foto/ Paulo Pinto/Agência Brasil O Ministério das Cidades será a única pasta do go- verno federal a ter recursos liberados, no valor de R$ 501,4 milhões, após a redução do volume de recursos congelados noOrçamento de 2025, conforme detalhamento divulgado nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Plane- jamento e Orçamento. As emendas parlamentares terão reforço de R$ 149,3 milhões. A liberação dos recursos consta de decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União. Esse decreto prevê a redução de R$ 12,1 bilhões para R$ 7,7 bilhões do total de recursos congelados no Orçamento, di- vulgada pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento no último dia 21. Em tese, o volume de recursos liberados corresponderia a R$ 4,4 bilhões. No entanto, como o governo cancelou R$ 3,84 bilhões em gastos discricionários (não obrigatórios) desde setembro para cobrir gastos obrigatórios, o total efetivamente liberado, ao somar as emendas parlamentares e a verba do Ministério das Cidades, cai para R$ 650,7 mi- lhões. Bloqueios e contingenciamentos Atualmente, o Orçamento de 2025 tem R$ 4,4 bilhões bloqueados e R$ 3,3 bilhões foram contingenciados. O bloqueio é adotado quando os gastos previstos superam o limite imposto pelo arcabouço fiscal. Já o contingenciamento é aplicado quando há frustração de receitas e risco de des- cumprimento da meta fiscal. No caso do contingenciamento, o valor passou de zero em setembro para R$ 3,3 bilhões em novembro porque o Tesouro Nacional terá de cobrir o déficit dos Correios. Para cumprir o limite inferior da meta do arcabouço fiscal, que prevê déficit primário de R$ 31 bilhões, o governo teve de contingenciar R$ 3,3 bilhões. ■ DECRETO Governo libera R$ 501,4 milhões para Ministério das Cidades ● CÂMBIO Bolsa volta a bater recorde e tem maior alta em 15 meses em novembro Em mais um dia de otimismo no mercado finan- ceiro, a bolsa renovou o recorde histórico, aproxi- mando-se da marca simbólica de 160 mil pontos e fe- chando novembro com a maior alta em 15 meses. O dólar devolveu a alta da quinta-feira (27) e fechou em baixa. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,45% e encerrou esta sexta-feira (28) aos 159.072 pontos, atingindo nível recorde pela segunda vez na semana. O indicador subiu 6,37% no mês, o melhor desempenho desde agosto de 2024. Em 2025, a bolsa sobe 32,25%. As ações da Petrobras, com maior peso no Ibovespa, caíram nesta sexta-feira após a estatal revisar para baixo a previsão de investimentos até 2030. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) recuaram 2,45%. As ações preferenciais (com preferência na dis- tribuição de dividendos) perderam 1,88%. Mesmo assim, as ações de bancos, de mineradoras e de demais expor- tadores de commodities (bens primários com cotação internacional) sustentaram a bolsa brasileira. No mercado de câmbio, o dia também foi marcado pelo otimismo. O dólar comercial fechou a sexta vendido a R$ 5,335, com queda de R$ 0,016 (-0,31%). A cotação abriu estável, caiu para R$ 5,32 por volta das 11h e operou em torno de R$ 5,34 entre as 12h30 e as 15h, mas recuou nas horas finais de negociação. Amoeda estadunidense recuou 0,82% em novembro. Em 2025, a divisa cai 13,67%. O dólar caiu nesta sexta-feira diante do real, em sessão marcada pelo pregão reduzido nos Estados Unidos após o feriado de Ação de Graças e pelo forte fluxo de capital estrangeiro para países emergentes. * Com informações da Reuters ■ ●

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