Diário do Amapá - 07 a 09/12/2025
➔ E-mail: luizmello.da@uol.com.br ➔ Instagram: @luizmelodiario© 2018 ➔ twitter: @luizmelodiario Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam. RÁPIDAS ● Segredo... Sobre reeleição, Clécio enfronhou-se no silêncio sobre dois pontos: Manter ou nãoTeles Jr. de vice na chapa, e se vai mesmo disputar reeleição pelo Solidariedade - apesar de fortes bochichos de embarque na canoa do União Brasil, do amigo Davi Alcolumbre. ● Nos trinques... Ex-residência oficial, de Janary a Camilo, o hoje ‘Parque Residência’, em obra, está ficando bonito de dar gosto. Vai abrigar de museu a restaurante, mas também restauros do ‘avião bandeirantes do ex-TFA’ e da ‘locomotiva [trem] da extinta Icomi, de Serra do Navio. ● Discordância... Não bate notícia na web de que WGóes, atual ministro de Lula, estaria se consultando sobre mudar de rumo em 26. Assim, em vez do Senado, disputar vaga a deputado federal. Ele e aliados negam veementemente. Platão, folósofo e matemático ● Vendida... A TV Band Macapá, de Josiel Alcolumbre, foi vendida para um grupo empresarial de Manaus, que, além da comunicação, também toca negócios no ramo hospitalar. Já fechada, transação envolve toda a estrutura da emissora em Macapá, o prédio-sede, inclusive. A política justifica-se por si mesma e não deve buscar fora de si uma moral que a justifique Maquiavel Mimos... Usando tom de tinta bemmais suave, Alcolum- bre de repente fez afagos a Lula, ao reconhecer ‘sensibilidade dispensada por ele [Lula] a de- mandas do Amapá’, em fala no Centro de Radio- terapia. E, por conta de “intrigas” recentes, o suficiente para repercussão na grande im- prensa, Brasil afora. ● Um espaço moderno, seguro e humano, feito para acolher a nossa gente com tecnologia e respeito. Sem dúvida, nenhuma dúvida, “um dia histórico para a saúde do Amapá”, comemoram Davi e Clécio, baluartes para a fortificação de um sonho. Radioterapia… De soslaio... Por conta de alguns fios soltos em votações no Congresso, Davi Alcolumbre e Paulinho da Força têm se olhado de través, ultimamente. E por má coincidência, ambos são íntimos de Clé- cio, ainda no Solidariedade, de Paulinho, mas já com um pé no União Brasil, de Alcolumbre. ● Ex-prefeito, Dudão deu ‘nó em pingo d´água’, inclusive com ‘Cartas Marcadas’ para amiguinhos, mas com processos judiciais congelados, e de bem com povaréu, agora só lamenta ainda não saber o número de sua poltrona de deputado federal, em Brasília. Mobilidade Quando pediram pra tuma do ‘dispositivo’ agachar-se, para que torcidas também as- sistissem vídeo da Radioterapia, esquece- ram de levar em conta dificuldade de idosos já sinalizando fraqueza muscular - assim, na base do ‘senta levanta!’ Oh, gente! Fugindo do escrutínio... Com eleição de outubro já na vizinhança, ainda tem ‘cupinchas’ tentando convencer Jaime Nunes a voltar a disputar governança. “Nem que o sargento Garcia, enfim, prenda o Zorro”, tem dito, mais à brinca do que a sério. ● Dúvida cruel.. Mesmo ainda no ‘quem sabe, talvez’, tropa de cho- que de Alliny (Alap) já afina instrumentos focando emduas possibilidades: reeleição estadual ou Se- nado. Só Deus sabe. Aliás, Davi, leia-se. ● “ “ |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO A TERÇA-FEIRA | 07 A 09 DE DEZEMBRO DE 2025 3 FROM / LuizMelo á está chegando o Natal. Ouvimos as badaladas dos sinos do Advento. Amemória da chegada doMenino Jesus, que fez a opção pelos pobres entre os mais pobres. Éomomento de receber, entre sorrisos e esperanças, o Deus que veio para dizer que não estamos sós neste universo de fogo e de silêncios — e que fez um pacto com os homens na Terra. Eu, ao longo da vida, sempre tive a certeza de que Deus estava vigiando as minhas ações, omissões e pecados. ODeus daminha infância, queme guardava nas noites escuras de fantasmas e mistérios. O Deus da minha juventude, que me protegeu das dúvidas, nos caminhos da fé. O Deus da minha maturidade, consolidado, amigo e pai. ODeus da minha velhice, que me receberá um dia, na morte, e perguntará: — José, onde estão tuas mãos que eu enchi de estrelas? Tua cabeça onde pus meus votos de proteção? E eu responderei: —Estão aqui, nesta vida, como todas as vidas, de flores vivas em dias de alegria e de flores murchas em dias de au- sência e silêncio. ONatal é a festa da família. É a maior festa da humani- dade. Celebramos a memória do pacto de Deus com os homens. Ele mandou seu filho ao mundo para comungar conosco da Graça da vida. Deu-nos um código de com- portamento: “todos somos iguais, filhos do mesmo pai”; “amai-vos uns aos outros’ e “que tenhampaz”, a paz interior, esta da reconciliação do homem com o próprio homem. Mas mudou o Natal ou mudei eu? A pergunta de Ma- chado de Assis é quase lugar-comum, tantas vezes citada, mas é pertinente. Mudou o Natal. Omundo mudou. Mas o meu Natal, indestrutível, é o Natal da minha in- fância. Meu avô, minha avó, meu pai, minha mãe, meus ir- mãos, como se fossemfiguras do próprio presépio. Éramos felizes. O tempo não tinha o cheiro azedo de um mundo transformado. Era o cheiro do alecrim e cravo. Recordo-me de minha avó a preparar o presépio. A se- mear arroz com antecedência na terra preparada em volta da manjedoura. Quando nascia, era o verde. Os burrinhos e bichos eram de buriti. A estrela, de papel. Tudo muito simples e pobre. A cidade tinha no máximo dois mil habi- tantes. Meu avô abria a Bíblia, quinze minutos antes da meia- noite. Lia um Evangelho sobre o nascimento de Jesus, um Salmo, umPadre nosso, e depois seguíamos, o sino tocando à meia-noite, para a igreja. AMissa do Galo. Meu avô passou o costume de reunir a família e ler a Bíblia a meu pai e, quando este morreu, a mim coube con- tinuar a tradição. No Palácio do Planalto, presidente, lia o Evangelho nos Natais e dizia a todos que era uma tradição de família. Depois vim a saber de outros natais. A saber a origem do Natal. Que a data de 25 de dezembro foi fixada pelo papa Júlio I (São Júlio I). Em outras igrejas celebra-se em janeiro ou abril. Que no século VI os padres foram autorizados a rezar, nesse dia, três missas. Ficavam em jejum o dia inteiro. OPapaiNoel dehoje, o esbeltoBispoNicolau, santificado, foi criado pelo cartunista americanoomas Nost, o Santa Claus, e com sua barba e barriga invadiu a mídia e entrou no coração das crianças. Lembro-me de um tambor de lata que Papai Noel me trouxe aos cinco anos. Era feito pelo funileiro de Pinheiro! Nada mais belo e nada me fez tão alegre. A ideia de presentes refletindo a doação e a ge- nerosidade não pode perder o sentido cristão desta festa da família, representando a união do homem comDeus. Mas leio os jornais todos os dias. É dif ícil misturar Natal, violência, guerras. É triste constatar que o homem ainda não mudou e que muitos natais devem vir até que o homem faça aquela revolução interior da correção, exorci- zando a violência e logrando aquilo que o padre Vieira pregava no “Sermão do Mandato”: “colocar em Cristo o coração dos homens, e nos homens o coração de Cristo”. Mas no Brasil tem céu azul. E nada ofuscará a nossa fé nesse momento em que recebemos O filho de Deus, que veio ao mundo para ensinar que o homem deve mudar se- gundo um processo interior de leis morais e de condutas baseadas nas virtudes, e não no medo. Paz, paz na Terra e dentro de nós mesmos. ■ Natal, pacto de Deus E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY J Intocável
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