Diário do Amapá - 17/12/2025
DOUGLAS LIMA EDITOR POLÍCIA | POLÍCIA | DIÁRIO DO AMAPÁ QUARTA-FEIRA | 17 DE DEZEMBRO DE 2025 11 FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa E ntre os dias 8 e 12 de dezembro, as forças de segurança do Brasil e da França realizaram uma série de ações integradas na região de fronteira com o objetivo de com- bater o crescente garimpo ilegal e outros crimes transnacionais na área. A operação ‘Guiana Shield’ en- volveu intensas fiscalizações e pa- trulhamentos nas fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa, Suriname e República da Guiana, uma região marcada pelo avanço de atividades ilícitas que geram prejuízos econô- micos de mais de quinhentos milhões de euros por ano O garimpo ilegal é um dos prin- cipais motores dessa escalada de violência, alimentando redes crimi- nosas envolvidas não apenas na ex- ploração ilegal de minerais, mas também no tráfico de armas, con- trabando de migrantes e circulação de insumos usados na mineração clandestina. A operação é uma resposta à essa situação e contou com a colaboração de diversas forças de segurança, in- cluindo a Polícia Federal (PF), a Po- lícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Amapá (PM-AP) e o Iba- ma, além das autoridades francesas da Gendarmerie e da Polícia Na- cional da França. A ação foi coordenada pelo Cen- tro de Cooperação Policial Inter- nacional da Amazônia (CCPI-Ama- zônia), com sede em Manaus, e pelo Centro de Cooperação Policial Brasil–França (CCP), localizado na Guiana Francesa, e envolveu uma série de atividades de fiscalização no rio Oiapoque e em diversas ro- dovias da região. As equipes realizaram patrulha- mentos fluviais e terrestres, além de ações aéreas com drones e pon- tos de bloqueio em áreas estraté- gicas. ■ A gentes da Polícia Civil do Nú- cleo de Capturas deram cum- primento a um mandado de prisão definitiva contra uma mulher, de 51 anos de idade, condenada por estupro de vulnerável Segundo consta da sentença con- denatória, a infratora foi condenada no ano de 2016 em regime fechado por ser conivente com os abusos so- fridos pela própria filha, que na época tinha apenas 9 anos. “Ficou demonstrado, ainda, que ela não apenas sabia da violência sexual a que a criança era submetida, como também criava condições para que o autor, seu amigo, ficasse a sós com a criança”, detalhou o delegado Bruno Braz, titular da unidade. A mulher estava há 4 anos cum- prindo pena em regime domiciliar, mas a Justiça ordenou que ela pas- sasse a cumprir o restante da sen- tença, reclusa. Já o agressor, foi preso logo após os fatos serem descobertos. Ele foi condenado a 15 anos de prisão e atualmente cumpre pena em regime aberto domiciliar. ■ Empresa e três pessoas são condenadas por extração ilegal de ouro, poluição com mercúrio e degradação ambiental MULHER CONDENADA A 14 ANOS DE PRISÃO PELO ESTUPRO DA PRÓPRIA FILHA É CAPTURADA OPERAÇÃO ‘GUIANA SHIELD’ ESTUPRO DE VULNERÁVEL FORÇAS DE SEGURANÇA REALIZAM AÇÕES INTEGRADAS DE FISCALIZAÇÃO NA FRONTEIRA BRASIL-GUIANA FRANCESA U m indivíduo identificado comopercutidas, alémde substâncias entorpecen- tes. OMinistério Público Federal (MPF) obteve a condenação da empresa Dillon S/A – Distribui- dora de Títulos e Valores Mobi- liários (DTVM) e de mais três homens por crimes ambientais e usurpação de recursos da União, apurados no âmbito da OperaçãoMinamata. A sentença da Justiça Federal determinou aos réus penas de prisão emultas, além do pagamento de R$ 106,7 milhões para reparação dos da- nos ambientais decorrentes de atividade garimpeira ilegal no município de Calçoene, a 363 km de Macapá, no Amapá. De acordo com ação doMPF, os réus atuaram em conjunto para viabilizar e financiar a ex- tração predatória de ouro por meio da Cooperativa de Mine- ração dos Garimpeiros do Lou- renço (Coogal), utilizada como fachada para a atividade irregular. A denúncia descreve que os acu- sados agiram em conjunto, com funções individualizadas, no fi- nanciamento, operação e suporte logístico da mineração, realizada em larga escala, com uso de mercúrio e ausência dos devidos controles ambientais, configu- rando risco concreto à saúde e à fauna e flora locais. Segundo apurado pelo MPF, a Dillon era beneficiária direta do ouro contaminado pelo uso de mercúrio, sem adoção de qualquer protocolo de com- pliance ambiental. Já em relação aos outros três envolvidos, um deles reconhecia a origem do ouro, inclusive afirmando que a produção era oriunda do Lou- renço, mas se omitiu quanto à adoção de práticas preventivas ou repressivas ao uso de mer- cúrio; outro atuava nas frentes emque o mercúrio era utilizado, com registro de operação de barragens de rejeito sem bacia de contenção; e o terceiro par- ticipava da administração das frentes de lavra com uso com- provado demercúrio, assumindo a gestão das operações e apoio logístico. ■ OPERAÇÃO MINAMATA ELEN COSTA DA REDAÇÃO RÉUS SÃO CONDENADOS À PRISÃO E REPARAÇÃO DE R$ 106,7 MILHÕES POR CRIMES AMBIENTAIS NO GARIMPO DO LOURENÇO (AP)
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=