Diário do Amapá - 18/12/2025

Di$paridade Pesquisa do Oldiversity, da Croma Consultoria, aponta que 82% das mulheres e 66% dos homens concordam que eles ganham mais do que elas, mesmo em cargos iguais. Além disso, 83% das mulheres e 68% dos homens acreditam que as mulheres ainda são sub-representadas em cargos de liderança. Outro ponto crítico é o acúmulo de funções: 74% das mulheres relatam sofrer sobrecarga conforme avançam profissionalmente. E as crianças? A Comissão de Relações Exteriores aprovou Moção de Repúdio ao Governo Lula da Silva por se abster de votar resolução da ONU exigindo a devolução das crianças ucranianas, sequestradas pelos soldados russos nas invasões. Foi aprovada com mais de 90 votos e o Brasil figurou entre os que preferiram a indiferença para não constranger o presidente Vladimir Putin. Feminicídio paulista O deputado Guilherme Derrite deixou a Secretaria de Segurança paulista com um problema não resolvido. Quem aponta é o Sindicato dos Delegados de Polícia: De janeiro a outubro, 207 mulheres foram assassinadas no Estado, vítimas de feminicídio. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, SP foi o 26º do País em investimento para combate ao feminicídio em 2024 – e só perdeu para o Maranhão. Flávio x Lula Os ministros palacianos foram surpreendidos com o resultado da Quaest ontem, que mostra Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a apenas 10 pontos do presidente Lula da Silva na corrida pré- eleitoral, na 1ª pesquisa em que surge como o candidato bolsonarista. Os 36% do Filho Zero Um, que se lançou há uma semana, assustaram. Resta saber, pelas próximas, se o índice é o piso ou o teto do senador. PO e o PSD A filiação do ex-governador José Roberto Arruda no PSD, pelo qual quer disputar o GDF, teve a presença do presidente nacional Gilberto Kassab, mas Paulo Octávio, comandante regional do partido, não compareceu. A ausência reforça a tese de que ele está alinhado com o governador Ibaneis Rocha (MDB) e a vice Celina Leão (PP) – a candidata à sucessão. Não se sabe que mágica Kassab vai fazer. Arruda está inelegível. O teste de Alckmin Um ex-tucano que pousou no ninho do PSB sem garantias eleitorais, o vice- presidente da República, Geraldo Alckmin, está num desafio enorme no seu reduto. Ex-governador de São Paulo por quatro mandatos e com gestão bem avaliada – o que lhe garantiria uma vantagem nas urnas – ele chegará a 2026 balançando na chapa com o presidente Lula da Silva: não há certeza de renovação da dupla na tentativa de reeleição. Para piorar, Alckmin se vê cercado de cenários incertos. De um lado, o seu tradicional eleitor pode vê- lo como traidor, ao se aliar a Lula e ao PT. Em 2006 disse que a quadrilha queria voltar ao comando do País. De outro, não tem a simpatia dos petistas e socialistas de seu próprio partido. Como há duas vagas para o Senado, uma pode ser reservada a ele para o grande teste. A conferir. N a abertura da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, as ministras Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania e Márcia Lopes, das Mulheres, na terça (16), em Brasília (DF), defenderam a importância de que violações contra idosos sejam denun- ciadas pela sociedade. A conferência segue até sexta (19). As autoridades destacaram que há mais de 35 milhões de idosos no Brasil e que necessitam de rede de proteção. “Nesse esforço, garantimos prioridade no atendimento das denúncias de violência contra pessoas idosas na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos”, disse Macaé Evaristo. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100. Aministra destacou que o envelhecimento da população brasileira é uma conquista social e que exige respostas do Estado, cuidado, serviços públicos e garantia de direitos. Aministra Márcia Lopes anunciou, no evento, a criação do fórum nacional de mulheres idosas. “Pessoas idosas exigem dignidade, respeito e acesso a políticas públicas”, afirmou. Ela destacou a necessidade de superar os flagelos da sociedade por uma camada da popu- lação que exigem proteção. Desigualdades Macaé Evaristo apontou que persistem diferenças sig- nificativas entre mulheres e homens idosos. Ela acrescentou que pessoas idosas brancas recebem, em média, 65% a mais do que pessoas idosas pretas e pardas. “Mulheres idosas com ensino superior têm três vezes mais chance de permanecer no mercado de trabalho do que aquelas mulheres da mesma idade, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto”, disse Macaé. O secretário nacional dos direitos da pessoa idosa, Ale- xandre da Silva, entende que o País tem evoluído na garantia de direitos, mesmo em um cenário “repleto de desafios”. O evento, segundo ele, deve ser de escuta a fim de evi- denciar os problemas e as violações que ocorrem em todas as regiões do país. ■ PROTEÇÃO Ministras pedem que violações contra idosos sejam denunciadas O Conselho Global sobre Desigual- dades, Aids e Pandemias lançou a versão em português de seu rela- tório “Rompendo o ciclo da desigualdade - pandemia – construindo a verdadeira segurança na saúde em uma era global”, durante a 57ª Reunião da Junta de Coor- denaçãodoProgramaConjuntodasNações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), na qual será definida a estratégia global para a Aids no quinquênio 2026-2031, que deve ser levada para negociações comos países do Grupo dos 20. OBrasil preside o conselho doUnaids, agência das Nações Unidas dedicada à coordenação do combate à epidemia, no que a entidade classifica como um mo- mento crucial na resposta global à Aids frente a reduções abruptas na assistência internacional, como as realizadas pelo go- verno dos Estados Unidos, e que levaram a um recrudescimento nos recursos de fi- nanciamento a iniciativas de apoio ao con- trole, tratamento e pesquisa da doença. Escolha política “A desigualdade não é inevitável. É uma escolha política - e uma escolha pe- rigosa, que ameaça a saúde de todos. Quem se preocupa com o impacto das pandemias precisa se preocupar com a desigualdade. Os líderes podem quebrar esse ciclo aplicando as soluções políticas apresentadas neste relatório”, declarou Monica Geingos, ex-primeira-dama da Namíbia e integrante do conselho. O documento reforça as evidências de que as desigualdades e determinantes sociais têm grande impacto no desenvol- vimentode pandemias. Tambémevidencia a existência de um ciclo vicioso entre de- sigualdades e pandemias que se retroali- mentam. "Os altos níveis de desigualdade favo- recem a ocorrência e a disseminação de surtos e dificultam as respostas nacionais e internacionais, tornando as pandemias mais longas, letais e disruptivas. Baseado em dois anos de pesquisas e encontros realizados emdiferentes países, o relatório aponta também que as pande- mias ampliam as desigualdades, alimen- tando um ciclo perverso que se repetiu em crises como a da Covid-19, da Aids, do Ebola, da Influenza, da Mpox, entre outras", aponta o estudo, que indica fatores de risco e ações necessárias para respostas mais eficientes a novos surtos ou novas epidemias. Vulnerabilidade Segundo o estudo, níveis elevados de desigualdade, entre países aumentam a vulnerabilidade global e fazem com que pandemias durem mais e causem mais mortes. Essas pandemias aumentam as desi- gualdades. Na prática, o risco de morte em pandemias é maior em sociedades mais desiguais, enquanto a diminuição de índices de pobreza é umfator determinante para o aumento da resiliência de comuni- dades ao avanço de epidemias e pande- mias. ■ SAÚDE UNAIDS DIZ QUE COMBATE A DESIGUALDADES PODE REDUZIR PANDEMIAS V Foto/ Leo Rodrigues/EBC ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA-FEIRA | 18 DE DEZEMBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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