Diário do Amapá - 23/12/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 TERÇA-FEIRA | 23 DE DEZEMBRO DE 2025 O Brasil espera que a assinatura do acordo entre oMercosul e aUnião Europeia ocorra “o mais rápido possível”, disse nesta sexta-feira (19) o vice- presidente da República e ministro do De- senvolvimento, Indústria, Comércio e Ser- viços, Geraldo Alckmin. Segundo ele, o eventual adiamento deve ser curto, diante da relevância do tratado para o Brasil, o bloco sul-americano e o comércio inter- nacional. “O acordo Mercosul–União Europeia é importante para o Mercosul e para o mundo, para o avanço domultilateralismo. Esperamos que o mais rápido possível seja assinado”, disse Alckmin em entrevista à imprensa de balanço das atividades domi- nistério em 2025. O ministro destacou que, apesar das resistências políticas de alguns países eu- ropeus, como França e Itália, o governo brasileiromantémotimismo quanto à con- clusão do processo. Negociações comMéxico e Índia Alckmin também disse que o Brasil trabalha para ampliar acordos comerciais comoutros parceiros estratégicos. Segundo ele, o governo está otimista para que até julho haja avanços nas negociações com o México para aumentar as linhas tarifárias de preferência. “Omesmovalepara a Índia”, acrescentou o ministro. Já com Canadá e Emirados Árabes Unidos, o objetivo é aprofundar discussões emdireção a acordos mais am- plos de livre comércio. Sobre a recente elevação de tarifas do México, Alckmin ressaltou que acordos já existentes, como o automotivo, não serão atingidos. Com isso, o impacto estimado das medidas caiu para cerca de US$ 600 milhões, abaixo da projeção inicial, que superava US$ 1 bilhão. Tarifaço dos EUA Mesmo diante do aumento demedidas protecionistas no cenário global, incluindo o tarifaço adotado pelos Estados Unidos, Alckmin prevê que o Brasil deve encerrar o ano com recorde nas exportações. Se- gundo ele, a maior parte das vendas brasi- leiras ao mercado estadunidense ocorre com tarifas baixas ou nulas. “Vejam como é importante abrir mer- cados. O Brasil deve fechar o ano com re- corde de exportações”, afirmou. Agenda Em balanço de fim de ano, Alckmin apresentou uma agenda voltada à desbu- rocratização, estímulo ao investimento es- trangeiro e fortalecimento da indústria. Entre os anúncios, destacou a criação da JanelaÚnica de Investimento, prevista para o início de 2026, emparceria como Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID). A ferramenta deve centralizar processos e reduzir custos para investidores interessados no país. Oministro tambémmencionou a pla- taforma Camex 360, já em funcionamento, que reúne informações sobre tarifas, pro- cessos antidumping e decisões de comércio exterior. Indústria automotiva Alckmin detalhou o novo programa de crédito para a renovação da frota de ca- minhões, com foco em segurança viária, saúde pública e estímulo à indústria. Re- gulamentadonesta sexta-feirapeloConselho Monetário Nacional (CMN), o programa prevêfinanciamentocomjuros diferenciados paramotoristas autônomos e frotistas, con- dicionado ao descarte de veículos antigos. Segundo o ministro e vice-presidente, alémdos R$ 6 bilhões garantidos pelaMe- dida Provisória 1.328, editada na terça- feira (16), o Banco Nacional de Desenvol- vimento Econômico e Social (BNDES) fará umaporte deR$ 4 bilhões. Comos recursos adicionais, esclareceu Alckmin, a linha es- pecial de crédito para a renovação de ca- minhões terá R$ 10 bilhões disponíveis. No setor de veículos de passeio, o mi- nistro destacou o crescimento nas vendas de modelos considerados “carros susten- táveis” de entrada, impulsionado por in- centivos tributários considerados fiscalmente neutros. ■ BRASIL ESPERA ASSINATURA RÁPIDA DO ACORDO MERCOSUL–UE, DIZ ALCKMIN TRATADO V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil A Petrobras e a Braskem, sexta maior petroquímica do mundo, firmaram contratos de fornecimento de matéria-prima que somam US$ 17,8 bilhões, que equivalem a R$ 98,5 bilhões. O anúncio foi feito pelas duas companhias por meio de comunicados a investidores, na noite de quinta-feira (18). Os acordos são de longo prazo, com validade de até 11 anos, e tratam de renovação de contratos de forneci- mento que estavam próximos da data de vencimento. Todos os valores acertados foram calculados com base em referências internacionais. Nafta petroquímica Um dos acordos trata da venda de nafta petroquímica, produto derivado do petróleo, para as indústrias da Braskem em São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. O acordo prevê quantidade de retirada mensal mínima, com a possibilidade de negociar quantidades adicionais mensalmente, podendo alcançar até 4,116 mi- lhões de toneladas, em 2026, e até 4,316 milhões de to- neladas, em 2030. O valor estimado dos contratos de venda de nafta é de US$ 11,3 bilhões, com vigência de cinco anos a partir de 1º de janeiro de 2026. Etano, propano e hidrogênio Outra negociação é a venda de etano, propano e hi- drogênio para fornecimento à unidade da Braskem no Rio de Janeiro. De 2026 a 2028, o contrato contempla a manutenção da quantidade atualmente acertada, de 580 mil toneladas em eteno equivalente ao ano, com produção e forneci- mento a partir da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na região metropolitana do Rio. De 2029 a 2036, o contrato contempla o aumento dessa quantidade para 725 mil toneladas em eteno equi- valente ao ano, para atendimento da ampliação da Braskem (em fase de projeto), com produção e forneci- mento a partir da Reduc e/ou do Complexo Boaventura (antigo Comperj), também na região metropolitana. O valor estimado do contrato é de US$ 5,6 bilhões, com vigência de 11 anos a partir do primeiro dia de 2026. Propeno O último acerto é sobre a venda de propeno de origem das refinarias Reduc, Capuava (SP) e Alberto Pasqualini (RS). ■ ACORDOS Petrobras renova contratos de quase R$ 100 bi com a Braskem ●

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