Diário do Amapá - 24 a 27/12/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUARTA-FEIRA A SÁBADO | 24 A 27 DE DEZEMBRO DE 2025 A prévia da inflação oficial de de- zembro ficou em 0,25%, resultado que faz o acumulado de 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consu- midor Amplo 15 (IPCA-15) marcar 4,41%, dentro do limite da meta do governo. É o segundomês seguido com inflação acumulada dentro damargemde tolerância. Em novembro, o IPCA-15 tinha baixado para 4,5%, depois de ter ficado fora do limite desde janeiro. Em abril, o ponto mais alto desde então, chegou a 5,49%. Os dados foram divulgados nesta ter- ça-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Omais recente boletimFocus, pesquisa do Banco Central com instituições finan- ceiras, divulgado nessa segunda-feira (22), estima que a inflação oficial terminará 2025 em 4,33%, ou seja, dentro do limite de tolerância da meta. O fato de a inflação ter ficado a maior parte do ano acima dameta é a justificativa principal para o Comitê de Política Mo- netária (Copom) do Banco Central (BC) ter elevado a taxa básica de juros em 15% ao ano, maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 15,25%. O juro alto serve como freio à economia e, consequentemente, à procura por bens e serviços, o que tende a conter os preços. O efeito colateral é o desestímulo a inves- timentos e geração de emprego. Influências No mês de dezembro, seis dos nove grupos de bens e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Transportes: 0,69% (impacto de 0,14 ponto percentual) Vestuário: 0,69% (0,03) Despesas pessoais: 0,46% (0,05) Habitação: 0,17% (0,02) Alimentação e bebidas: 0,13% (0,03) Comunicação: 0,01% (0,00) Educação: 0,00% (0,00) Saúde e cuidados pessoais: -0,01% (0,00) Artigos de residência: -0,64% (-0,02) No grupo transportes, o que mais pressionou a prévia de dezembro, asmaiores influências de alta foram as passagens aé- reas, que subiram 12,71%, sendo o maior impacto de todos os 377 produtos e serviços coletados pelo IBGE. Tambémpressionaramo grupo o trans- porte por aplicativo, com alta de 9%, e os combustíveis, que subiram0,26%. Oetanol ficou 1,7% mais caro e a gasolina, 0,11%. Alimentos O grupo alimentos e bebidas, maior peso na cesta de consumo dos brasileiros, apresentou variação positiva de 0,13%. Mas dentro do grupo, a alimentação no domicílio recuou 0,08%. Esse foi o sétimo mês seguido em que a comida em casa ficou mais barata. Ajudaram a baixar o custo da alimen- tação no domicílio: Tomate: -14,53% Leite longa vida: -5,37% Arroz: -2,37% Prévia do ano No acumulado de 2025, a habitação, empurrada pela conta de luz, foi o grupo que mais pesou no IPCA-15. Habitação: 6,69% Educação: 6,26% Despesas pessoais: 5,86% Saúde e cuidados pessoais: 5,55% Vestuário: 5,34% Alimentação e bebidas: 3,57% Transportes: 3,00% Comunicação: 0,82% Artigos de residência: -0,10% Dentro da habitação, a energia elétrica residencial subiu 11,95%, representando o maior impacto individual (0,47 ponto per- centual). No grupo alimentação (impacto de 0,77), as maiores altas ficaram com a refeição (6,25%), o lanche (11,34%), café moído (41,84%) e as carnes (2,09%). No lado das quedas figuram o arroz (- 26,04%), leite longa vida (-10,42%) e a ba- tata-inglesa (-27,70%). ■ PRÉVIA DE 0,25%MOSTRA INFLAÇÃO DE 2025 DENTRO DA META DO GOVERNO IPCA-15 V Foto/ EBC Num dia de turbulências no mercado finan- ceiro, o dólar aproximou-se de R$ 5,60, em meio ao aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas ao exterior. A bolsa teve leve queda, contrastando com as altas no mercado internacio- nal. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (22) vendido a R$ 5,584, com alta de R$ 0,055 (+0,99%). A cotação chegou a cair nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento, após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. A moeda estadunidense está no maior nível desde 31 de julho, quando estava em R$ 5,60. A divisa sobe 4,67% em dezembro, mas cai 9,64% em 2025. O mercado de ações teve um dia de perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 158.142 pontos, com recuo de 0,21%. A queda ocorreu após duas altas seguidas. Apesar da aprovação do Orçamento de 2026 pelo Congresso e da arrecadação recorde do governo em novembro, o dólar foi pressionado pelo aumento no envio de lucros e dividendos ao exterior. A partir de 1º de janeiro, as remessas ao exterior pagarão 10% de Imposto de Renda (IR), assim como o envio de dividendos acima de R$ 50 mil por mês. As grandes empresas estão aproveitando os últimos dias de vigência da legislação atual, que garante isenção, para enviar os recursos ao exte- rior. No caso da bolsa de valores, a alta dos juros fu- turos pressionou as ações da maioria das empresas. Sem indicações claras se o Banco Central (BC) co- meçará a reduzir a Taxa Selic (juros básicos da economia) em janeiro ou emmarço, os juros futuros sobem. O repique nas taxas estimula a migração de in- vestimentos da bolsa para a renda fixa. * com informações da Reuters ■ CÂMBIO Dólar aproxima-se de R$ 5,60 com remessas de empresas ao exterior ●
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