Diário do Amapá - 30/12/2025
Rio 40º As temperaturas acima dos 40º nesta semana na região Sudeste assustam os governantes. O governador Cláudio Castro, do Rio de Janeiro – onde o povo sofre na sombra – determinou a criação de uma força-tarefa com representantes do Corpo de Bombeiros, das secretarias de Saúde e do Ambiente e da Cedae para monitorar e coordenar ações para enfrentar as altas temperaturas e as ondas de calor que atingem o Estado. Ponto Final Foi-se o tempo em que assalto a banco era invasão do prédio da instituição à mão armada. Hoje, basta um contrato. Sedex falido O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vieira de Mel lo Fi lho, convocou sessão extraordinária para o julgamento do dissídio coletivo entre os Correios e seus empregados. Os ministros da Seção em Dissídios Coletivos vão se reunir na tarde da próxima terça-feira (30) . Antes disso, haverá novas rodadas de negociações entre a estatal e a representação dos trabalhadores. Que inteligência… Silvinei Vasques, preso pela polícia paraguaia após romper tornozeleira e tentar fugir pelo país, virou piada no meio policial. Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, na qual também comandou o serviço de inteligência, o que se diz na classe é que… lhe faltou competência para a estratégia de fuga. Os agentes paraguaios não perdoaram o passaporte falso: puseram-lhe um capuz, algemas e sacolejou num camburão. Turma do barril Derrota para a greve anunciada por categorias da Petrobras. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vieira de Mello Filho, determinou no sábado (27) que os sindicatos devem manter 80% dos trabalhadores da petroleira e da Transpetro em atividade, com risco de multa de R$ 200 mil por dia em caso de descumprimento. O anúncio da greve foi feito dia 15 de dezembro, mas não prejudicou a produção de óleo. Conta corrente Um famoso advogado recém-contratado para fazer a defesa de Daniel Vorcaro, do extinto Banco Master, tem feito chegar aos meios pol íticos o recado de que seu cl iente esperava mais “engajamento” da classe pol ítica na defesa do Banco – e do próprio banqueiro. Enquanto alguns interlocutores entendem como um pedido de ajuda, outros veem como uma ameaça velada: podem surgir novos “vazamentos seletivos” de contratos feitos pelo banco, envolvendo figuras proeminentes. O Ministério da Saúde publicou uma portaria que destina R$ 1 bilhão para 3.498 hospitais filantrópicos e santas casas de todas as regiões do país. Em nota, a pasta informou que o recurso integra o novo modelo de financiamento do setor, que garante reajuste anual dos valores pagos por pro- cedimentos realizados via Sistema Único de Saúde (SUS), calculado com base na produção hospitalar registrada no ano anterior. De acordo com o comunicado, o novo modelo de financiamento garante reajustes anuais com valores que variam de duas a três vezes mais quando compa- rados à antiga tabela SUS para combos de consultas, exames e cirurgias. O repasse será realizado em parcela única, diretamente aos fundos estaduais e municipais de saúde, com expectativa de execução a partir de janeiro. A pasta informou ainda que, do valor total do re- passe, R$ 800 milhões serão destinados ao custeio de procedimentos e R$ 200 milhões, ao incremento do Teto de Média e Alta Complexidade dos estados. “O cálculo do valor a ser repassado considera a produção hospitalar do ano anterior e adota percentual estimado de cerca de 4,4%, superior ao aplicado em 2024, que foi de aproximadamente 3,5%”. “O investimento reforça a estratégia do Agora Tem Especialistas, programa que reorganiza o finan- ciamento da atenção especializada no SUS e cria in- centivos nacionais. Ao fortalecer financeiramente os hospitais filantrópicos, o governo amplia a capacidade do programa de gerar resultados concretos, commais atendimento, maior previsibilidade para os prestadores e redução das desigualdades regionais no acesso à saúde especializada”, concluiu a pasta. ■ INVESTIMENTO Saúde destina R$ 1 bilhão para santas casas e hospitais filantrópicos C om o objetivo de reduzir os défi- cits registrados desde 2022, os Correios divulgaram nesta se- gunda-feira (29) um plano de reestrutu- ração da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal, o que representa cerca de mil das 6 mil unidades próprias em todo o país. A estatal espera economizar R$ 2,1 bilhões com o fechamento de unidades. Considerando outros pontos de atendi- mento realizados por parceria, são 10 mil unidades que prestam serviços para os Correios no Brasil. Como a empresa pública tem a obrigação de cobrir todo o território nacional, o presidente da es- tatal, Emmanoel Rondon, destacou que o fechamento dessas agências será reali- zado sem violar o princípio da universa- lização do serviço postal. “A gente vai fazer a ponderação entre resultado [financeiro das agências] e o cumprimento da universalização para a gente não ferir a universalização ao fe- charmos pontos de venda da empresa”, explicou o presidente dos Correios em coletiva de imprensa, em Brasília (DF). Demissão Voluntária O plano dos Correios prevê ainda cortes de despesas da ordem de R$ 5 bi- lhões até 2028, com venda de imóveis e dois planos de demissão voluntária (PDVs) previstos para reduzir o número de fun- cionários em 15 mil até 2027. “A gente tem 90% das despesas com perfil de despesa fixa. Isso gera uma ri- gidez para a gente fazer alguma correção de rota quando a dinâmica de mercado assim exige”, disse. O plano de reestruturação era espe- rado devido aos sucessivos resultados negativos que a estatal vem acumulando desde 2022, com um déficit estrutural de R$ 4 bilhões anuais “por causa do cumprimento da regra de universalização”, segundo justificou o presidente Rondon. Neste 2025, a estatal registra um saldo negativo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses do ano e está com um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões. Empréstimo e abertura de capital A companhia informou ainda que tomou um empréstimo de R$ 12 bilhões com bancos para reforçar o caixa da companhia, assinado na última sexta- feira (26). Porém, a direção dos Correios ainda trabalha para encontrar outros R$ 8 bilhões necessários para equilibrar as contas em 2026. A estatal estuda ainda, a partir de 2027, uma mudança societária nos Cor- reios. Atualmente, a companhia é 100% pública, mas avalia a possibilidade de abrir seu capital transformando-a, por exemplo, em uma companhia de econo- mia mista, como é hoje a Petrobras e o Banco do Brasil. Corte de pessoal e benef ícios O plano apresentado pelos Correios prevêmedidas para serem implementadas entre 2026 e 2027, incluindo os PDVs, sendo um no próximo ano e outro em 2027. ■ DESPESAS CORREIOS PREVEEM FECHAR MIL AGÊNCIAS E 15 MIL DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ TERÇA-FEIRA | 30 DE DEZEMBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO
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