Diário do Amapá - 09/04/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUARTA-FEIRA | 09 DE ABRIL DE 2025 A nova linha do programa Minha Casa, Minha Vida para quem ganha entre R$ 8 mil e R$ 12 mil foi destaque da entrevista do ministro das Cidades, Jader Filho, ao programa A Voz do Brasil nessa segunda-feira (7). Ele disse que a meta do governo federal é alcançar 3 milhões de novas unidades habitacionais contratadas até 2026. A ampliação do programa para atender a famílias da classe média prevê a possibilidade de financiamento de imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil, em até 420 parcelas, com taxa de juros de 10,5 % ao ano. Jader Filho explicou que, normalmente, quem finan- ciava os imóveis para essa faixa de rendimento, era a poupança, mas esse tipo de investimento perdeu espaço para outras aplicações, o que levou o governo a usar re- cursos do Fundo Social para estimular os novos finan- ciamentos pelo Minha Casa, Minha Vida. “A gente tem visto muito dinheiro sair da poupança para outros tipos de aplicação. Com isso, está faltando dinheiro para financiar a habitação no Brasil por parte da poupança. Então, o governo federal colocou esse recurso que vem do Fundo Social, que vem lá do pré-sal, com uma parte também da poupança, mais da LCI [Letra do Crédito Imobiliário], e estamos conseguindo R$ 30 bilhões para financiar as famílias de R$ 8 mil até R$ 12 mil. Então, acreditamos que, neste ano, vamos fi- nanciar 120 mil famílias para realizar o sonho da casa própria”. Jader Filho ressaltou que a maioria dos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida tem atendido as famílias de rendas mais baixas, ou seja, aquelas que antes não con- seguiam acesso ao financiamento imobiliário. ■ PROGRAMA Governo quer contratar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026 ● COTAÇÃO Dólar sobe para R$ 5,91 com novas ameaças de Trump à China Em mais um dia turbulento no mercado internacional, o dólar fechou acima de R$ 5,90 e voltou aos valores de feve- reiro. A bolsa de valores caiu pela terceira vez seguida e chegou ao menor nível em quase ummês, após as novas ameaças de Donald Trump à China. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (7) vendido a R$ 5,911, com alta de R$ 0,075 (+1,29%). A cotação chegou a cair perto do fim da manhã, quando surgiu uma fake news (notícia falsa) de que o governo de Donald Trump suspenderia por 90 dias a elevação de tarifas comerciais. No entanto, a moeda voltou a subir assim que a Casa Branca desmentiu a notícia. ■ ● A s mulheres brasileiras receberam salários, emmédia, 20,9%menores do que os homens em 2024 em mais de 53mil estabelecimentos pesquisados com 100 ou mais empregados. A diferença salarial se manteve prati- camente estável emrelação a 2023, quando foi registrado que as mulheres recebiam 20,7% a menos que os homens. Em 2022, as mulheres recebiam 19,4% a menos. “Na remuneração média, os homens ganhamR$ 4.745,53, enquanto asmulheres ganham R$ 3.755,01. Quando se trata de mulheres negras, o salário médio vai para R$ 2.864,39”, diz o 3º Relatório de Trans- parência Salarial e Igualdade Salarial. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (7) pelosministérios daMu- lher e do Trabalho e Emprego (MTE). Foram analisados, ao todo, 19 milhões de empregos, 1milhão amais que no relatório de 2023. Emrelação àsmulheres negras, amédia salarial é 52,5% menor que a dos homens não negros. Em 2023, mulheres negras re- cebiam49,7% amenos que os homens não negros. Alta gestão Nos cargos de alta gestão, de diretoras e gerentes, a diferença salarial é ainda maior, com mulheres recebendo 26,8% a menos que os homens. Se comparadas as mulheres com nível superior, a diferença em relação aos homens commesmo nível de escolaridade é aindamaior, commulheres com diplomas recebendo 31,5% a menos. Aministra daMulher, CidaGonçalves, considerou que a desigualdade entre mu- lheres e homens persiste porque ainda é necessário que sejam feitas mudanças es- truturais na sociedade. “Desde a responsabilidade dasmulheres pelo trabalho do cuidado àmentalidade de cada empresa, que precisa entender que ela só irá ganhar tendo mais mulheres compondo sua força de trabalho, e com salários maiores”, disse a ministra. Os estados do Acre, Santa Catarina, Paraná, Amapá e São Paulo e o Distrito Federal registraram as menores desigual- dades salariais. Mais mulheres no mercado Os ministérios envolvidos na pesquisa destacaram como positiva a queda no nú- mero de empresas com menos de 10% de mulheres negras contratadas, de 21,6 mil para 20,4 mil. “Houve umcrescimentona participação das mulheres negras no mercado de tra- balho. Eram3,2milhões demulheres negras e passoupara 3,8milhões. Outra boa notícia é que aumentou o número de estabeleci- mentos emque a diferença é de até 5% nos saláriosmédios emedianos para asmulheres e homens”, informaram as pastas. Desigualdade estável A porcentagem da massa de todos os rendimentos do trabalho das mulheres, entre 2015 e 2024, variou de 35,7% para 37,4%, segundo dados do MTE. A subsecretária de Estatísticas do Tra- balho do MTE, Paula Montagner, avaliou que, apesar de as mulheres estarem mais no mercado de trabalho, o rendimento delas semanteve estável entre 2015 e 2024. “Essa relativa estabilidade decorre das remuneraçõesmenores dasmulheres, uma vez que o número delas no mercado de trabalho é crescente”, afirmou. O número de mulheres empregadas aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8milhões em2024, crescimento demais de 6 milhões de vagas ocupadas por mu- lheres. O de homens empregados cresceu no mesmo período em 5,5 milhões, che- gando a 53,5 milhões no ano passado. Caso asmulheres ganhassem igual aos homens na mesma função, R$ 95 bilhões teriam entrado na economia em 2024, apontou o relatório. ■ BRASIL TEM RESERVAS PARA ENFRENTAR DECISÕES DE TRUMP, DIZ LULA CRESCIMENTO V Foto/ Paulo Pinto/Agência Brasil

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