Diário do Amapá - 11/04/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 11 DE ABRIL DE 2025 Com maior área plantada e condições climáticas favoráveis, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, em 330,3 milhões de toneladas. De acordo com o órgão, com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, essa perspectiva vem se confirmando. Os dados do 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Conab, aponta um crescimento de 10,9% ou 32,6 milhões de tone- ladas quando se compara com o ciclo 2023/24. O incremento estimado se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à safra passada, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. “As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da pro- dutividade em8,6%, estimada em4.045 quilos por hectares”, destacou a companhia. Soja A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra e deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de to- neladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso, a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectare, a maior já registrada no estado. Cenário semelhante é visto emGoiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 quilos por hectare. Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho de segunda safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está esti- mada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, cresci- mento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo pas- sado. Para o algodão, a expectativa de produção recorde também vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, cresci- mento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de tone- ladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior. Arroz e feijão De acordo com a Conab, a colheita de arroz também segue em bom ritmo, commais de 60% da área plantada já colhida. ■ DADOS Após primeiras colheitas, Conab confirma estimativa de safra recorde ● O Ministério de Minas e Energia trabalha em um projeto de lei de reforma do setor elétrico brasileiro. Entre as propostas, está a am- pliação da tarifa social, que hoje oferece descontos no pagamento da conta de energia para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benef ício de Pres- tação Continuada (BPC) e famílias ins- critas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único. A ideia é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consu- mamaté 80 kWh pormês, o que chegaria a 60 milhões de pessoas no país. Atualmente, a isenção completa do pagamento em caso de consumo de até 50 kWh vale para indígenas e quilom- bolas, enquanto os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh. "Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados coma gra- tuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o con- sumo de uma família que tem uma ge- ladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos”, disse o ministro deMinas e Energia, Alexandre Silveira, em evento no Rio de Janeiro. Oministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos es- calonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de "distorções internas do se- tor”. “Se você vê o projeto como um todo, você vai ver que estamos fazendo ali uma completa e possível justiça tarifária, corrigindo as distorções dentro do setor. E isso não impacta praticamente o res- tante dos consumidores”. Uma das distorções, de acordo com Silveira, é o pagamento sobre a segurança energética. "O pobre paga mais que o rico na questão, emespecial, da segurança ener- gética, para se pagar Angra 1 e 2 e as térmicas. Só o pobre paga. Boa parte do mercado livre não paga por essa segu- rança energética ou paga pouco. Então, estamos reequilibrando essa questão do pagamento por parte do pobre, domer- cado regulado e da classe média". Outra proposta do projeto de lei, que deverá ser encaminhada à Casa Civil da Presidência ainda este mês é dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir. “O cara vai poder comprar energia como compra em Portugal ou na Espa- nha. Ele escolhe a fonte energética que ele quer comprar, pelo celular. Ele vai poder escolher a fonte, o preço e ele vai poder pagar da forma que ele quiser. Pode pagar tanto através da distribuidora quanto pode emitir um boleto direto ou pagar pela internet”. ■ MINISTRO PROPÕE ISENÇÃO DE ENERGIA PARA ATÉ 60 MILHÕES DE PESSOAS PROJETO DE LEI V Foto/ Marcello Casal JrAgência Brasil
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