Diário do Amapá - 13 e 14/04/2025

A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 13 E 14 DE ABRIL DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS OPORTUNIDADE - Mais de 20 mil eleitores podem ter título cancelado, por faltar em pleitos. Mas se regularizarem situação, até 19 de maio, poderão ficar quites com a Justiça. Se não, terão títulos cancelados e perderão alguns direitos de cidadão. ■ PREOCUPAÇÕES - Os temas segurança e combate à corrupção têm predominado nas conversas que os novos dirigentes do Tjap, MPF, MP- AP e TCE têm tido, institucionalmente, bem como a Amazônia, pelas fronteiras e florestas da região. ■ IMPORTANTE - Sebrae sediou, nesta semana que passa, Encontro Amapaense de Gestores Municipais, com tema ‘Conectando lideranças, desenvolvendo o Amapá”, com fito de reforçar compromisso de impulsionar o desenvolvimento territorial e fortalecer a gestão pública estado. ■ Desavença Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ultimamente, tem feito duras críticas ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), revela Folha de S.Paulo - citando um almoço com integrantes do União Brasil e governo como cenário de um caso mais recente do suposto embate entre ambos. Enquanto no Congresso Nacional é discutido projeto que permite porte de arma aos advogados, noAmapáAlap aprova inclusão no Calendário Oficial do Estado doAmapá do Dia de Conscientização e Combate à Violência Contra aAdvocacia, 11 de março. Em recente encontro comgestores municipais, governador Clécio manifestou querer transformar o Amapá a partir dos municípios, sendo para isso necessário fortalecer diálogo entre prefeitos, secretários, parlamentares, instituições financeiras e órgãos públicos como estratégia para o desenvolvimento. Tjap recebeu visita do vice- procurador-geral de justiça da Guiana Francesa, Augustin Jobert. Em audiência com o presidente do tribunal, desembargador Jayme Ferreira, representante franco encaminhou medidas que podem estreitar os laços institucionais e atuação conjunta mais eficiente entre as duas instituições. Intercâmbio Emdobradinha para fortalecer transparência pública e acesso à informação por parte da população, técnicos do TCE orientaram, nessa semana, servidores daAssembleia Legislativa sobre prestação de contas e ampliação dos mecanismos de controle social. Clareza Empenho Em termos de índice de transparência institucional, sob a presidência da deputada Alinny Serrão, em 2024 Alap passou da penúltima colocação entre as casas congêneres das outras 26 federações brasileiras, para 11º lugar. Fontes “É possível, ao mesmo tempo em que defendemos o petróleo e o gás como ferramentas de desenvolvimento econômico, também investir no turismo, que tem impacto zero de poluição”, ponto de vista de Josiel Alcolumbre, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-AP. Em tempo Também petista de carteirinha, Nilza Amaral, usando redes, espeta Nogueira, morubixaba do petismo em Santana. Assim: “Nogueira acabou com o PT no Amapá. Não existe mais no PT a democracia interna. Criou a oligarquia Nogueira. Sou oposição a ele”, disse, sem meias palavras. Bombardeio Reforço Ministro da integração e do desenvolvimento regional, Waldez Góes anuncia que logo, logo o programa Calha Norte, vinculado ao Ministério da Defesa, passará a ser gerido por sua pasta, ampliando o suporte às prefeituras amapaenses. Canal Segundo estimativa do procurador- geral de justiça do Ministério Público do Amapá, cerca de 60% da força de trabalho do órgão atua diretamente nas áreas de execução penal, controle externo da atividade policial e segurança pública. Gargalo Bolsonaro diz que médico trata o caso dele como grave e que foi ‘derrubado pelo próprio corpo’. Ex-presidente disse ainda que, ainda nesse fim de semana, deverá passar por uma cirurgia em Brasília ou São Paulo. Política ós, brasileiros, temos o hábito de cultivar o pessi- mismo em relação ao nosso País. O nosso olhar é um pouco o de ver a árvore, e não a floresta, como no apólogo que Rui Barbosa invocou quando discutia uma lei de anistia: ele citou a diferença entre plantar couve e plantar carvalhos e concluiu: nós gostamos sempre de olhar a couve sem ver os carvalhos. Quero fazer uma reflexão sobre a satisfação e a alegria de ser brasileiro, alegria de termos construído uma sociedade de convivência sem problemas de fronteira, que o Barão do Rio Branco resolveu no princípio do século; de religião, pois temos no Brasil liberdade de consciência e, sobretudo, convivência entre crenças e convicções; de raça, pois aprendemos a não ter preconceitos raciais e a conviver com alegria. De tal sorte que dizia Gilberto Amado ser a expressão carinhosa que usamos em relação a uma mulher de qualquer cor “ó, minha ne- guinha” uma referência a uma mulher linda e inteligente, por quem temos admiração, afeto, carinho e amor. Agora quando estamos comemorando 40 anos de Democracia, é necessário deixar de ver somente a cou- ve. Estou escrevendo sobre esse assunto porque li que ummembro da esquerda radical, do Grupo dos Autênticos, que era muito atuante no tempo em que iniciamos a Re- democratização do País, disse que a posição da esquerda radical era a de que a Transição fora inconclusa. Essa opinião estava baseada na percepção deles de que a tran- sição fora um pacto das elites, porque absorvera os mili- tares. A couve, nessa visão, seria a Transição por negociação e pelo diálogo entre todas as correntes, e não pela outra fórmula. Nosso objetivo era a Democracia e, com ela, a liberdade, a saída do regime autoritário. Eles pensavam numa revolta dentro das Forças Armadas, tomando os militares a iniciativa de entregar o poder. A outra era uma guerra civil, o que implicaria no derramamento de sangue. Nunca em nossa História fizemos essa opção. Nossa transição foi considerada a mais exitosa de todas, justamente porque abrangeu os militares, que vol- taram aos quartéis e tinham, em grande parte, a visão de que chegara a hora de transmitir o poder aos civis. Uma vez em conversa com Ulysses Guimarães, ele me pedia que punisse, como um sinal, um chefe militar. Eu lhe respondi: Ulysses, não ganhamos pelas armas, mas, sim, por um processo de engenharia política con- duzida por você, Tancredo e por mim, com a participação do Aureliano, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, Petronio Portela, Leonidas Pires Gonçalves e muitos outros. Por uma vitória armada, não teríamos jamais a volta da De- mocracia. A única tentativa que tivemos nessa direção foi a Guerrilha do Araguaia, que deu argumento aos mi- litares de que estavam prontos a destruir, pela luta armada, qualquer enfrentamento ao regime. Entre os momentos mais dif íceis, e talvez o mais im- portante, no processo de negociação da Transição De- mocrática, há 40 anos, foi a negociação da anistia com a área militar e com os políticos da ultraesquerda, que se fixavam mais na extinção do Colégio Eleitoral. Aos pessimistas, que estão muito presentes, tenho a pedir-lhes que examinem os carvalhos que foram plan- tados, porque as couves têm um período muito curto de vida. Somos uma Democracia de massa, a sétima economia do mundo, o que por si só afirma a grandeza do nosso País. Instalamos um Estado Social de Direito em que o lado social obteve muitas conquistas, como a liberdade sindical, com a anistia que concedi a todos os líderes que estavam na clandestinidade e chegamos aos 100 anos da República com um operário Presidente, motivo de orgulho e uma marca histórica por ter vindo justamente da classe de trabalhadores, o que mostra a força das instituições brasileiras e seu amadurecimento. O Brasil é um País de oportunidades, aberto a todas as classes, que podem ascender em qualquer segmento da sociedade. ■ O carvalho e a couve E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY N

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