Diário do Amapá - 16/04/2025
ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUARTA-FEIRA | 16 DE ABRIL DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO Travou tudo O governo do Paraguai avisou ao do Brasil que, enquanto a gestão Lula da Silva III não esclarecer o caso da suposta espionagem da ABIN de e- mails de diretores da Usina de Itaipu, as negociações sobre o tratado não serão retomadas. Diplomatas paraguaios dizem que houve quebra de confiança, e relações demoram a se restabelecer. A Embaixada do Paraguai não recebeu resposta do Brasil sobre pedido de esclarecimentos. Viva Sousa Dantas Segue a novela O atual embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, conclui sua missão daqui a três meses, em julho, e retornará ao seu país, se aposentando em seguida. Em janeiro, o Governo de Benjamin Netanyahu solicitou o agrément para o sucessor, mas até agora o Itamaraty não respondeu. Israel considera o presidente Lula da Silva persona non grata. Lá e cá O deputado Paulo Alexandre (PSDB-SP), ex-prefeito de Santos, vai liderar missão parlamentar à Dinamarca e Alemanha, para conhecer o túnel Fehmarnbelt, que ligará os dois países, com inauguração prevista para 2029. Ele pode servir de modelo para o túnel que ligará Santos ao Guarujá (SP), financiado pelos Governos federal e estadual. Ei, STF, cadê o camburão? Enquanto dá pena de até 16 anos de cadeia para os aloprados golpistas do “8 de Janeiro de 2023” e, em canetadas monocráticas, perdoa delatores confessos da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal só piora sua imagem popular com a morosidade – conota até companheirismo – do caso do ex-senador Fernando Collor de Mello. Collor foi condenado a oito anos e 10 meses pela própria Corte em 2023 com provas de corrupção e lavagem de dinheiro quando senador. Ele recebeu R$ 20 milhões em propinas com atuação de um bando seu na BR Distribuidora. Collor segue em liberdade, amparado por dois pedidos de vistas de ministros durante 2024 e agora nos embargos dos embargos (protocolados dia 6 de março deste ano) como última tentativa de evitar a prisão. No julgamento de um recurso, em 2024, mantiveram a pena máxima o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Barroso e Luiz Fux. Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Nunes Marques e André Mendonça tentaram reduzir a pena a 4 anos (o que garantiria a Collor até prisão domiciliar), mas foramvencidos. Cristiano Zanin se disse impedido e não votou. A viatura da PF está abastecida na garagem. Mas o Supremo segura a chave do carro. P oliciais civis do Rio de Janeiro cumprem, nesta terça-feira (15), uma operação voltada para de- sarticular grupo criminoso que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A operação Adolescência Segura está cumprindo mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de in- ternação provisória contra adolescentes infratores. São investigados crimes de ódio, de tentativa de ho- micídio, de instigação ao suicídio, de maus-tratos a animais, de apologia ao nazismo e de armazenamento e divulgação de pornografia infantil. ■ INVESTIGAÇÃO Polícia desarticula grupo que incita adolescentes a cometer cybercrime A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a reforçar nesta terça-feira (15) a importância do enfrentamento ao aquecimento do pla- neta com planejamento para substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis e menos poluentes. Durante a participação no simpósio Conectando Clima e Natureza: Recomendações para Negociações Multilaterais, em Brasília, a ministra lembrou a seriedade do compromisso com o meio ambiente assumido há 32 anos na Cúpula da Terra, a ECO 92, no Rio de Janeiro. “A gente vai ter que se planejar para uma transição justa para o fim do combustível fóssil, se não, a gente vai ser mudado. E já estamos sendo mudados”, declarou. De acordo com a ministra, esse planejamento precisa se traduzir na entrega das Contribuições Nacionalmente Deter- minadas (NDCs, na sigla em inglês) pelos países signatários do Acordo de Paris, até a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), sediada pelo Brasil, em Belém (PA). “Não é festa, é luta. Não é a Copa do Mundo, não é a Olimpíada, é uma COP, que a gente poderia dizer que vem em um momento em que estamos vivendo a pedagogia do luto e da dor por muitas coisas, inclusive pela ameaça ao mul- tilateralismo, solidariedade e a colaboração entre os povos”, enfatizou. Com um planejamento, Marina diz que é possível promover essa transição evitando problemas como extremos climáticos que causam temporais, secas, incêndios e desempregos.“Eu gosto da ideia de a gente se planejar para mudar, porque daí a gente tem a chance de poder gradativamente fazer as coisas sem os efeitos indesejáveis da mudança”, reforçou. Marina destacou ainda que as negociações climáticas pre- cisam da sobriedade que carregue o peso de, no ano passado, o planeta ter atingido a temperatura de 1,5ºC acima do período pré-industrial.“O clima é parte da natureza, mas a gente fez algo tão terrível que agora a gente tem que conectar clima e natureza como se fosse algo separado”, afirmou. ■ ENERGIA RENOVÁVEIS "NÃO É FESTA, É LUTA", DIZ MARINA SILVA SOBRE COP30 EM BELÉM A Câmara dos Deputados realiza amanhã sessão solene em memória das vítimas do Holocausto. Será, também, homenagem ao embaixador brasileiro Luiz Martins de Souza Dantas que, à época da 2ª Guerra, salvou centenas de judeus. Ele tinha 64 anos em 1940 quando atuava na França e concedeu vistos para o Brasil a judeus e outras minorias perseguidas pelos nazistas, contrariando o Governo de Getúlio Vargas.
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