Diário do Amapá - 24/04/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUINTA-FEIRA | 24 DE ABRIL DE 2025 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (22) que os empresários do Brasil e do Chile devem aprofundar as relações comerciais para alavancar o crescimento da economia dos dois países. No evento de encerramento do Fó- rum Empresarial Brasil-Chile, em Bra- sília, ele incentivou os empresários bra- sileiros a importaremmais produtos do Chile, para equilibrar a balança comercial. “É preciso que os empresários chi- lenos e brasileiros saibam que um bom negócio é aquele que todos ganham. E como maior economia da América La- tina, o Brasil tem que entender que ele é obrigado a flexibilizar para que as coisas possam acontecer. Não é fazer favor, é ser justo”, disse, ao lado do pre- sidente chileno, Gabriel Boric. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América do Sul, com predominância para bens industriais. Já o Chile é o sétimo maior parceiro comercial do Brasil e representa 2,1% da corrente de comércio brasileira. Em 2024, o intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 11,7 bi- lhões, sendo US$ 6,7 bilhões em expor- tações brasileiras para o Chile e US$ 5 bilhões em importações. Lula tambémdestacou que os países da América Latina não devem ficar só esperando ajuda dos países mais ricos, como Estados Unidos e União Europeia. “Ninguém vai fazer a gente ficar rico, eles é que vão ficar ricos. O que nós precisamos é nós queremos ficar ricos a partir da nossa capacidade, do nosso investimento”. Boric destacou a estabilidade so- cioeconômica do Chile, que torna o país umótimo destino para investimen- tos. “O Chile é um parceiro confiável, um país estável, seguro que respeita as regras do jogo e com quem é possível fazer negócios de benef ício mútuo”. O presidente chileno também ga- rantiu que o país não apoia nenhuma guerra comercial. “Acreditamos que o comércio é para irmanar os povos, para gerar riqueza e repartir da melhor maneira. Quando se opta pelo protecionismo, os prejudicados não são as elites políticas, são as pessoas, as famílias, os pequenos produtores”. Mais cedo, Boric esteve no Palácio do Planalto para visita de Estado. A visita do chileno busca promover a di- versificação das relações entre Brasil e Chile, com uma maior integração lo- gística e comercial. Fórum O Fórum Empresarial Brasil-Chile é organizado pela CNI e a Sociedad de Fomento Fabril do Chile. São esperados 250 participantes, entre empresários, representantes de entidades setoriais e autoridades dos dois países. O objetivo do evento é fortalecer os laços comerciais, impulsionar investi- mentos e promover a inovação, discu- tindo ambiente de negócios e prioridades do setor privado. A programação do fórum inclui pai- néis de discussão sobre integração de cadeias produtivas e cooperação em áreas estratégicas como energia, turismo e finanças sustentáveis. ■ LULA E BORIC QUEREM AMPLIAR RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHILE BALANÇA COMERCIAL V Foto/ Ricardo Stuckert / PR A partir deste mês, as micro, pequenas e médias empresas podem se proteger de riscos associados às exportações. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) retomou o seguro de crédito à exportação (SCE) pós-embarque, interrompido em 2019. O novo seguro está disponível desde o último dia 4 para empresas com exportações anuais de até US$ 3 milhões e faturamento anual de até R$ 300 milhões. No fim do ano passado, a pasta havia lançado o SCE na fase pré-embarque, quando a mercadoria ainda não foi embarcada. “Com essas duas garantias, o governo age nas duas pontas [pré e pós-embarque] para assegurar às empresas maior capacidade para exportar mais e fortalecer sua presença no comércio exterior. Qual é o nosso objetivo? Estimular as micro, pequenas e médias empresas bra- sileiras a vender seus produtos lá fora no exterior, ge- rando empregos de qualidade e renda para a nossa população”, disse o vice-presidente e ministro do De- senvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em vídeo gravado nas redes sociais. Proteção A modalidade pós-embarque do seguro de crédito protege o exportador ou o financiador contra o não- pagamento da exportação. Na prática, permite que o exportador conceda a seus clientes estrangeiros con- dições de venda mais atrativas, com o pagamento a prazo. Essa proteção também facilita que bancos an- tecipem valores a receber, permitindo que o exportador receba à vista, mesmo oferecendo pagamento a prazo ao comprador da mercadoria em outro país. Da mesma forma, na modalidade pré-embarque, o financiador que antecipa os recursos da exportação ao exportador fica protegido contra o risco de não- realização da exportação e também contra o risco de não pagamento pelo importador. ■ SCE Mdic retoma seguro de crédito à exportação pós-embarque ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=