Diário do Amapá - 26/04/2025

A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 26 DE ABRIL DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 RAPIDINHAS INCOERÊNCIA - Margem Equatorial, extensão do oceano Atlântico que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, passando por Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, segundo discurso federal, “é uma prioridade estratégica para o Brasil”, porém isso parece não interessar ao Ibama, que teima em não liberar atividades petrolíferas nessa região. ■ ECONOMIA - Aneel aciona bandeira amarela e conta de luz ficará mais cara em maio Desde dezembro de 2024, estava em vigor a cor verde nas tarifas. ■ Trabalho Praça Barão do Rio Branco, nossa popular Praça do Barão, será toda revitalizada. Prefeito Furlan já assinou ordem de serviço para execução da obra, contando com R$ 4,6 milhões de emenda parlamentar de Leda Sadala, quando ela era deputada federal. Davi presta última homenagem ao Papa Francisco, na Basílica de São Pedro. “Sua presença, sua palavra e sua bênção ficarão para sempre emminha memória”, confessou o presidente do Congresso Nacional brasileiro. STF tem 4 votos por prisão de Collor. Ministro Gilmar Mendes levou caso para análise no plenário físico da Corte. Julgamento ainda não tem data marcada. Collor permanece preso, destaca o portal Metrópoles. Adeus FROM Reconhecimento Indicação de Vinícius Gurgel, Ezequias Costa deixa titularidade da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete). Indicado por Marcivânia, Marcelino da Rocha Flexa é quem assume o cargo. Por influência de Randolfe, Incra entrega créditos para produtores rurais de Mazagão, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Serra do Navio. São R$ 1.344.000,00 em créditos para atender as modalidades apoio inicial, fomento e fomento mulher. Valores dos créditos variam de R$ 8 mil a R$16 mil. Dindim Padre Paulo pediu e foi exonerado do cargo de diretor adjunto de finanças do Improir, da Prefeitura de Macapá, do qual chegou a ser diretor. Segundo jornalista Paulo Silva, padre Paulo já estaria se animando para ser candidato a deputado federal em 2026. Saída Conselho Estadual da Pessoa Idosa definiu para os dias 11 e 12 de junho a Sexta Conferência Estadual da Pessoa Idosa, em Macapá. Evento terá participação, como convidado, do promotor de justiça do Ministério Público do Ceará, Alexandre Alcântara, que é membro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Idade Enrosco Clécio participou nesta sexta, 25, de evento alusivo à Semana do Policial Civil e registrou sucesso da programação que, entre eventos, contou com palestra do capitão veterano do Bope e roteirista do filme Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel. Exoneração Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, se petróleo for explorado no Amapá, PIB estadual terá aumento de 61,2% e haverá geração de 54 mil empregos, bem como liberação de royalties e investimentos em infraestrutura, educação e saúde, diretamente beneficiando os municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana. Projeções Tjap alerta sobre ocorrência de tentativas de golpe em pessoas com precatórios a receber. Investidas ocorrem via e-mail ou mensagens de aplicativo de conversas WhatsApp, enviados aos credores. Então, cuidado, muito cuidado. Perigo! Q ue país é esse que, de tempos em tempos, en- contra na utopia do “justo” a esperança de uma naçãomais equilibrada? Pois é exatamente onde estamos. A pesquisa da AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, revelou algo quase lírico: 82% dos brasileiros são favoráveis à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Uma medida que soa como um poema fiscal para quem vive, ou sobrevive, no Brasil das contas apertadas. Mas, como diria o velho provérbio, prometer não é caro — caro é cumprir. Oministro da Fazenda, Fer- nando Haddad, em seu pronunciamento no final de novembro, elevou o tom da expectativa ao anunciar a medida. Entretanto, o projeto ainda não chegou ao Congresso. E como na política — ou na vida — o que não chega é como o amanhã de Scarlett O’Hara: uma promessa eterna, que talvez nunca se realize. Aindamais interessante é que 57,6%dos brasileiros dizem “sim” à ideia de aumentar impostos sobre os super-ricos para custear programas sociais. Obrasileiro, acostumado a carregar nos ombros uma carga tributária que é, segundo 54,4%, “muitomais alta do que deveria ser”, parece disposto a desenhar umnovo pacto social: aliviar os quemenos tême apertar quem, na pirâmide, mora no topo do topo. É justo. É belo. É possível? A ideia de um imposto extra para quem ganha mais de R$ 600mil por ano surge como a tábua de sal- vação de um sistema tributário que já nasceu com ra- chaduras. A promessa de taxar grandes fortunas, no Brasil, tem a mesma idade da própria República. Pas- saram-se governos, décadas e crises, e o que vemos, na prática, é uma elite que, com habilidade, dança por entre as brechas da lei. Mas sejamos honestos: enquanto discutimos como tirar de uns para dar a outros, o brasileiro comumnão suporta mais pagar por uma máquina pública que, frequentemente, parece um veículo sem revisão. A pesquisa aponta que 69,5% são favoráveis a cortes de gastos públicos para o controle orçamentário. Amen- sagem é clara: o problema não é só arrecadar mais, mas gastar melhor. E aqui chegamos ao ponto crucial. Não basta re- desenhar faixas de isenção ou criar impostos progres- sivos. É preciso coragem para enfrentar os monstros da ineficiência, do desperdício e da corrupção. Porque, sejamos francos, o brasileiro não é contra contribuir, mas quer ver o dinheiro aplicado com honestidade, sabedoria e retorno real. Enquanto isso, o debate sobre privatizações segue comoumtango argentino, cheiode paixão e polarização. Metade do país discorda da privatização irrestrita de empresas. E, quando o assunto é petróleo, a resistência aumenta: 53% são contrários a abrirmão das operações sob controle estatal. Talvez porque, no fundo, o brasileiro não quer só ser dono do petróleo; quer ser dono do futuro. O Brasil que emerge dessa pesquisa é o Brasil da esperança, mas também das contradições. Um país que sonha com justiça fiscal, mas não confia no próprio Estadopara administrá-la. UmBrasil que quermudança, mas hesita quando ela vem na forma de privatizações ou ajustes dolorosos. ■ O IR dos sonhos e o pacto do Brasil verdadeiro E-mail: gregogiojsimao@yahoo.com.br Jornalista/Radialista/Filósofo GREGÓRIOJOSÉ