Diário do Amapá - 10 e 11/08/2025

A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 10 E 11 DE AGOSTO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS VISLUMBRE - É mais quem diz na seara do GEA que próxima Expofeira do Amapá vai ser berço de negócios superiores a R$ 600 milhões. Tomara. ■ FINALMENTE - Presidente Israel da Graça (OAB-AP) anuncia que área campestre da entidade, depois de 24 anos, recebe título de domínio mediante muito diálogo com a gestão municipal de Macapá. ■ BRAÇOS - Atuação da OAB-AP no interior do estado, que já tem subsecção em Santana e Oiapoque, será ampliada em setembro com instalação de mesmo núcleo em Laranjal do Jari, e no fim do ano em Tartarugalzinho. ■ Longe tão perto 2028 está longe para mim— ou para você, que não pensa em concorrer às eleições —, mas para alguns já é hora de confabular sobre quem herdará o trono da Prefeitura de Macapá, hoje ocupado por Furlan, que está no segundo mandato e, obviamente, não pode disputar novamente. Prioridade do governo é ampliar número de setores isentos do tarifaço e não retaliar, diz Alckmin, o vice de Lula. Clécio anuncia, com a Liesap, repasse da para o Carnaval 2026: R$ 10 milhões. O desfile, marcado para 7 e 8 de fevereiro no Sambódromo de Macapá, vai beneficiar escolas de samba, blocos e festas tradicionais. A previsão é de retorno de até 7 vezes o valor aplicado. Com público acima de 30 mil por noite, o evento promete impulsionar turismo, cultura e renda no Amapá. Turismo Prazo Deixando cadeira interinamente para Fátima, como acordado em campanha, Aline Gurgel temmais tardar até abril ocupar titularidade, porque só assim, legalmente, poderá ir à luta pela reeleição, em outubro. Emoções Psicólogo André Romero registra que ultimamente demanda de homens procurando saúde mental tem aumentado em seu consultório, realidade que ele diz não ser apenas local, mas do mundo todo, em razão das múltiplas dificuldades ocasionadas pelo neoliberalismo vigente e acelerado uso dos meios tecnológicos. Tarifas de Trump Randolfe Rodrigues, na manhã deste sábado, 9, por ocasião da assinatura, pelo governador Clécio, da ordem de serviço para construção da Aldeia da Paz, na rodovia Norte/Sul, fruto de emenda dele, no valor de R$ 15 mi, anunciou outra emenda, esta de R$ 18 mi, para equipamentos do novel bairro Parque Aeroportuário. À toda Educação População do Residencial Miracema recebeu neste sábado, dia 9, Escola Carlos Alberto Viana Marques ampliada para receber mais mil alunos, em bonita cerimônia dirigida pelo próprio governador Clécio Luís. Nesta segunda-feira, 11, Dia do Advogado, família Bordalo, tradicional no Amapá no ramo do direito, em reconhecimento aos seus 70 anos de presença na profissão, já entrando em terceira geração, será homenageada em cerimônia especial na Câmara Municipal de Macapá, iniciativa do vereador Josélio. “A 54ª Expofeira consolida o Amapá como nova fronteira do desenvolvimento, no agro, na agricultura familiar, na tecnologia e na inovação. É um evento que atrai empreendimentos, para expor seus estandes e fazerem rodadas de negócios, dos empreendedores populares aos grandes empresários”, no dito pelo governador Clécio no lançamento da Central desse evento que acontecerá no período próximo de 30 de agosto a 7 de setembro. Certeza om a maior satisfação tenho a consciência de que participei com Raul Alfonsín, a quem sempre reve- rencio, da exclusão do Brasil e da América do Sul da corrida nuclear mundial, a mais fatal de todas as corridas, enquanto existir na face da Terra uma arma nuclear. A declaração mais séria que presenciamos nessa des- bragada guerra de palavras a que estamos assistindo foi paramima declaração do ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, porta-voz do Sr. Putin para declarações dessa natureza, ameaçando os EUA como arsenal nuclear russo. Por sua vez, o sempre irreverente Trump desloca dois submarinos nucleares, portadores de bombas atômicas, para posição estratégica emdireção ao seu inimigo nuclear. Ambos devemsaber que tal confronto é impossível porque seria não só o desaparecimento deles como de grande parte do mundo. Nós sabemos que essas potências — Rússia e USA — possuíam Estados Maiores que não dei- xariam esses irresponsáveis fazer coisas como essa de de- flagrar um confronto, mas a situação interna dos dois países hoje saiu das mãos dos militares e depende apenas da vontade dos dois presidentes. Assim, o que nos preocupa é que essa retórica está indo num crescendo que pode fugir do controle. Essa troca de ameaças, por coincidência, ocorre quando o mundo relembra, neste 6 agosto, o 80º Aniversário da Tragédia deHiroshima, emquemorreram140mil pessoas e outras tantas sobreviventes foramatingidas pela radiação, dando sinal do que ocorrerá com a humanidade quando forem lançadas as oitomil bombas que estão armazenadas pelas duas potências adversárias. A de Hiroshima era uma bomba pequena e a primeira do mundo. Calculemos o que serão as atuais de hidrogênio e com capacidade de destruição incalculáveis! Lembremos o episódio dos foguetes russos em Cuba, ao tempo de Kennedy, em outubro de 1962. Estivemos à beira de um confronto. Os americanos não poderiam aceitar a ameaça de armas atômicas russas a 90 milhas do seu território. Então, depois de longa negociação, os russos retiraram essas armas e em compensação os EUA ficaram obrigados a não invadir Cuba, o que respeitam até hoje, e sofreram a pregação cubana da Revolução, mobilizando movimentos populares e outras manifestações. Mas o acordo foi assinado por Kruschev e Kennedy. Agora tenho que relatar mais uma vez que Brasil e Ar- gentina e toda a América do Sul somos a única região da Terra fora da corrida nuclear, que já vimos estar sendo ampliada, com a Coreia do Norte, com outro dirigente fora da curva, Kim Jong-Un; o Paquistão e a Índia, e, por último — depois de cancelar o acordo internacional de supervisão nuclear —, a incursão americana no Irã, com o bombardeio da usina nuclear de Fordow, para evitar que mais um perigoso país tenha uma arma tão poderosa numa área tão radicalizada pela separação religiosa e po- lítica. Quando assumi a presidência do Brasil, a única área que eu tinha total liberdade de agir era a da política externa, pois esta não fazia parte dos compromissos assu- midos na política interna. Assim, eume preparei para que no primeiro encontro com Alfonsín, em Foz do Iguaçu e mais tarde na cidade argentina de Bariloche, ele fizesse a proposta de acabar comaquilo que alguns setoresmilitares de nossos países queriam: uma bomba nuclear. Ao contrário, decidimos promover uma política de aproximação de nossos país, o que foi feito, o que hoje é o Mercosul. Alfonsín saiu de Itaipu tendo visitado a nossa grande Hidroelétrica, o que lhe custou grandes censuras do Al- mirante Rosas, líder da corrente que achava ser nossa usina uma “bomba de água” que iria destruir Buenos Aires (pensamento louco!). Essa posição do nosso irmão argentino custou ao grande presidente Raul Alfonsín, ex- cepcional estadista das Américas, duas rebeliões internas e muitos problemas. Mas ele, como eu, estávamos com os olhos plantados na humanidade, em nossos povos. Assim, hoje, pode-se dizer, com o título deste artigo — invocando a fórmula matemática, noves fora, zero —, que estamos livres de qualquer confronto nuclear. Mas isso não nos livra de lutar contra as armas nucleares, em qualquer lugar do mundo. Outro dia uma funcionária de minha casa disse-me ao ouvir a notícia do deslocamento do submarino de Trump: “Doutor Sarney, graças a Deus estamos fora dessa.” Eu lhe respondi: “Sim, e eu tenho orgulho de ter ajudado a tirar o Brasil dessa situação.” E fechei: “Com ajuda divina e do Presidente Alfonsín, da Argentina.” Graças a Deus! ■ Nós, noves fora E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY C Parabéns Procuradores de justiçaAlcino de Moraes, Socorro Milhomem e Maricélia Campelo foram eleitos para compor Conselho Superior do MP-AP no biênio 2025-2027, juntos comos membros natos procurador-geral de justiça, Alexandre Monteiro, e corregedora- geral do parquet, Estela Sá. Colegiado Para 2026, os diretórios nacionais já instruíram os estaduais: o PL só coliga com partidos de direita e centro-direita; o PT, mais flexível, coliga com quem quiser e puder. Pode, não pode