Diário do Amapá - 13/08/2025

GERAL QUARTA-FEIRA | 13 DE AGOSTO DE 2025 13 | GERAL | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa V Foto/ Tatiana Maksimova / Getty Images O s casos de homicídios de bebês e crianças de 0 a 4 anos de idade cresceram 15,6% em 2023, segundo dados do Atlas de Vio- lência 2025. De acordo com o levantamento, a taxa de homicídios alcançou 1,2 casos por 100 mil habitantes, o maior índice desde 2020. Nos últimos dez anos, de 2013 a 2023, mais de 2 mil crianças desta faixa etária foram vítimas de homicídio. Instrumentos desconhecidos aparecem como maior causador das mortes, com cerca de 36,6%, apontando para um vácuo preocupante de informações. Em se- gundo lugar, estão os projéteis de arma de fogo (20,3%), seguidos de objetos contunden- tes (19,0%) --aqueles capazes de causar lesões por impacto, resultando em hematomas e ou- tros tipos de lacerações. ACEOda Fundação Maria Cecilia Souto Vi- digal, Mariana Luz, afir- mou que é “chocante” a quantidade de casos de violência na Primeira Infância, fase que vai até os seis anos de idade e de maior desenvolvi- mento humano. De acordo com ela, os da- dos são sintomáticos de um país cultural- mente violento e evi- denciam a urgência de ações mais preventivas. “Não pode haver nenhum tipo de violência contra a criança. Porque se tem violência, ela não se desenvolve. A violência é o maior detrator do desenvolvimento. E a violência está muito ancorada, sobretudo na primeira infância, no âmbito da casa”, explicou Luz. Apesar dos números altos, o levantamento res- salta que os homicídios não representama totalidade das violências enfrentadas pelas crianças no Brasil. No caso da Primeira Infância, a residência onde vivem aparece como local majoritário das ocor- rências, constando em 67,8% das notificações. ■ Homicídios de bebês e crianças de até 4 anos cresceram 15,6% em 2023, aponta levantamento VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A violência é o maior detrator do desenvolvime nto. E a violência está muito ancorada, sobretudo na primeira infância, no âmbito da casa” Urgência Trecho Do Texto D iante do anúncio da imposição de tarifas sobre produtos nacionais pelo presidente americano Donald Trump, a imagem dos Estados Unidos piorou para apenas 38% dos brasileiros. É o que aponta uma nova pesquisa realizada pela Ipsos-Ipec em todo o Brasil. Segundo o levantamento, antes do tarifaço, 48% diziam ter uma visão ótima ou boa do país. Após as medidas protecionistas, pouco mais de um em cada três entrevistados afirmou que sua visão mudou para pior. Porém, para 51% dos brasileiros, a imagem dos Estados Unidos permanece a mesma, enquanto 6% relatam uma melhora na percepção sobre o país co- mandado por Trump. A pesquisa foi realizada entre 1 e 5 de agosto de 2025, antes das tarifas entrarem em vigor, em 6 de agosto. Foram entrevistados 2 mil brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos per- centuais para mais ou para menos. O levantamento também questionou os entrevis- tados sobre a natureza das medidas anunciadas por Trump. E para 75% dos brasileiros, o tarifaço é baseado em uma questão política. Apenas 12% dos entrevistados percebem o aumento das tarifas como uma decisão de natureza puramente comercial, enquanto 5% disseram acreditar tratar-se tanto de questões comerciais, quanto políticas. A imposição de tarifas de 50% sobre produtos bra- sileiros foi anunciada por Donald Trump em julho. O presidente americano argumentou que a medida era uma retaliação ao processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra seu aliado, o ex- presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta tentativa de golpe. A taxação veio após intensa campanha por sanções contra o Brasil liderada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente mora nos EUA. Pouco antes das tarifas entrarem em vigor, o governo americano confirmou uma isenção para quase 700 produtos brasileiros. Mais de 3,8 mil itens, porém, passaram a ser taxados. Visão como reflexo da polarização política Quando o tema são as possíveis reações do Brasil ao tarifaço, a população brasileira está extremamente dividida, em um reflexo da polarização política regis- trada nas eleições de 2022. ■ 'ANTIAMERICANISMO'? IMAGEM DOS EUA PIOROU PARA UM A CADA TRÊS BRASILEIROS APÓS TARIFAÇO DE TRUMP OPOSIÇÃO Maracanã poderá passar por mudança importante A diretoria do Flamengo voltou a discutir alterna- tivas para ampliar a presença da torcida no Ma- racanã. Durante reunião do Conselho Deliberativo realizada na segunda-feira (11), o clube apresentou a possibilidade de remover cadeiras do setor Norte como forma de aumentar a capacidade do estádio e atender à demanda crescente por ingressos. A ideia, segundo o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, é inspirada em modelos aplicados por outras arenas do futebol brasileiro, como o estádio do Grêmio e a Neo Química Arena. Ambas já adotaram soluções semelhantes, priorizando a presença de torcedores em pé nos setores mais populares, o que permite maior compactação e, consequentemente, mais pessoas por metro quadrado. Contudo, a remoção das cadeiras depende de apro- vações formais, uma vez que o Maracanã é um patri- mônio tombado. Além disso, a proposta não se limita apenas à retirada dos assentos: a diretoria também estuda a aproximação das arquibancadas em relação ao gramado, semelhante ao que ocorre no Monumental de Núñez, estádio do River Plate. A finalidade é clara: intensificar o ambiente nas partidas do Flamengo. Durante a reunião, Bap usou uma metáfora para ilustrar o impacto pretendido com as mudanças no es- tádio. ■ CAPACIDADE V Foto/ Getty Images / BBC News Brasil ■ De acordo com Mariana Luz, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, os dados são “chocantes” ■ Maracanã ■ Trump A maioria dos brasileiros, 68%, concorda que o Brasil deveria priorizar acordos com outros parceiros V Foto/ ( Reprodução) / Gávea News

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