Diário do Amapá - 13/08/2025
A companhia aérea Azul informou nesta segunda- feira (11) o encerramento das operações em 14 ci- dades. Em nota, a companhia disse que está racionalizando, desde julho, rotas operadas atualmente. “Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de su- primentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”. As cidades que não terão mais voos da companhia são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Bar- reirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR). A empresa irá concentrar as operações nos aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, conhecidos como hubs, reduzindo as rotas com conexões. Recuperação judicial A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano. A companhia firmou acordos de reorganização fi- nanceira com alguns parceiros considerados "chave" pela companhia aérea. A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão. Os acordos de reorganização incluem tambémcredores, um arrendador de aeronaves, entre outros parceiros con- siderados estratégicos. AAzul informa que suas operações e vendas seguem normalmente, e que todos bilhetes, be- nef ícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos. ■ REESTRUTURAÇÃO Azul encerra operações em 14 cidades FOMENTO PÚBLICO Governo trabalha para qualificar economia solidária, diz secretário O secretário Nacional de Economia Popular e So- lidária, Gilberto Carvalho, disse nesta segunda- feira (11) que o governo federal está trabalhando para possibilitar maior qualificação aos trabalhadores da eco- nomia solidária. De acordo com o secretário, essa é uma das principais demandas do setor, que irá se reunir, de 13 a 16 de agosto, em Luziânia (GO), na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes). “Nós estamos trabalhando muito nessa perspectiva de fazer com que essa gente que está na economia solidária tenha ciência, tenha tecnologia, tenha conhe- cimento desde o mercado até toda a questão das linhas de produção. Se você entregar para um grupo de catadores uma prensa, um caminhão, uma empilhadeira, uma esteira, mas não der formação, eles não vão conseguir gerir. Não é trivial gerir uma empresa de economia soli- dária”, disse Carvalho em entrevista ao programa A Voz do Brasil. O secretário ressaltou que outra reivindicação re- corrente dos trabalhadores da economia solidária é poder receber fomento público. “A economia solidária reclama que assim como qual- quer empresa que se instala em um município, e ela tem ali o terreno de graça, isenção de IPTU, e acesso aos bancos, também nós da economia solidária queremos cada vez mais ter acesso às compras públicas e ao finan- ciamento público, para que as empresas de fato cresçam”, disse. A 4ª Conaes oferecerá subsídios para a elaboração do 2º Plano Nacional de Economia Solidária. ■ ● ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa O presidente Luiz InácioLula da Silva e o presidente daChina, Xi Jinping, reforçaram a disposição em con- tinuar trabalhando para identificar novas oportunidades de negócios entre os dois países. Emmeio à nova política dos Estados Unidos de elevar as tarifas contra parceiros comerciais, Lula telefonou para o líder chi- nês, na noite desta segunda-feira (11), quando conversaram por cerca de uma hora. De acordo com a Xinhua, agência de notícias chinesa, Xi Jinping afirmou que o país asiático quer estabelecer um exemplo de “unidade e autossuficiência” entre os principais países do Sul Global e “construir conjuntamente um mundo mais justo e umplanetamais sustentável”. O líder chinês “conclamou todos os países a se unirem e se oporemresolutamente ao unilateralismo e ao protecionismo”. OtarifaçodaCasaBranca tentar reverter a relativa perda de competitividade da eco- nomia americana para a China nas últimas décadas. Os presidentes concordam sobre o papel do G20 – grupo das maiores eco- nomias do mundo - e do Brics – bloco de países emergentes - na defesa do multila- teralismo e construção de consensos no Sul Global. “Xi disse ainda que a China apoia o povo brasileiro na defesa de sua soberania nacional e apoia o Brasil na salvaguarda de seus direitos e interesses legítimos […]. Xi apelou aos países do Sul Global que salva- guardem conjuntamente a equidade e a justiça na comunidade internacional, de- fendam as normas básicas que regem as relações internacionais e protejamos direitos e interesses legítimos dos países em de- senvolvimento”, diz a Xinhua. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e as duas nações possuem uma Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas. “Nesse contexto, saudaramos avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países e comprometeram-se a ampliar o escopoda cooperaçãopara setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites”, diz nota da Presidência do Brasil, sobre a conversa entre os líderes. Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou a guerra comercial impondo barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, naquela ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%. Porém, no iníciode julho, Trump elevou a tarifapara 50%contraoBrasil emretaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bol- sonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder o pleito de 2022. As novas tarifas entraram em vigor no último dia 6 de agosto e afetam 35,9% dasmercadorias enviadas aomercado nor- te-americano, o que representa 4% das ex- portações brasileiras. O governo federal está finalizando um plano de contingência para socorrer os se- tores da economia afetados pelas tarifas impostas , que deve prever medidas de concessão de crédito para as empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais. Além disso, a política de comércio ex- terior do governo Lula é de abertura de novosmercados paraos produtos brasileiros. Em declaração recente, o ministro da Fa- zenda Fernando Haddad, lembrou que as exportações para os Estados Unidos já re- presentaram 25% do que o país envia para fora e, hoje, elas representam 12%. ■ LULA TELEFONA PARA XI JINPING E CONVERSAM SOBRE AMPLIAÇÃO DE COMÉRCIO V Foto/ Ministro Silvio Costa Filho/ X OPORTUNIDADES ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUARTA-FEIRA | 13 DE AGOSTO DE 2025
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