Diário do Amapá - 16/08/2025

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou nota nesta sexta-feira (15) de apoio ao Plano Brasil Soberano, divulgado na última quinta-feira pelo governo federal. A indústria química brasileira exporta cerca de US$ 2,5 bilhões por ano aos Estados Unidos em insumos. No início deste mês, o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou uma tarifa adi- cional de 40% aos produtos brasileiros exportados ao país norte-americano, que somada ao percentual adotado em abril de 10%, atingiu o patamar atual de 50%. Conforme a entidade, o Plano Brasil Soberano vai além do apoio financeiro, ao incluir ajustes tributários, prorrogação de prazos e medidas de proteção ao emprego. “Ele dialoga com demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes - indústrias que transformam insumos químicos em produtos de maior valor agregado destinados ao mercado norte-americano, como plásticos, calçados, alimentos, vestuário, cosméticos e higiene pessoal”. A Abiquim destacou em sua nota que, entre os 700 produtos inicialmente listados no “tarifaço”, cinco itens foram excluídos, o que equivale a aproximadamente US$ 1 bilhão em exportações. A entidade aponta que outros produtos do setor podem ser excluídos da tarifação dos Estados Unidos, o que significaria cerca de mais U$S 500 bilhões em vendas. “Contudo, a ampliação dessa lista depende de avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano”, disse a Abiquim. ■ EXPORTAÇÕES Indústria química apoia Plano Brasil Soberano e quer mais negociações PRODUTIVIDADE Plataforma Almirante Tamandaré bate recorde de produção da Petrobras O navio-plataforma da Petrobras Almirante Ta- mandaré atingiu na quinta-feira (14) a marca de 225 mil barris/dia de petróleo. Esse feito representa a maior quantidade de petróleo produzida por uma única plataforma na história de Petrobras. O FPSO (Floating Production Storage and Offloading, em português: navio que produz, transporta e armazena petróleo) está em operação desde fevereiro no Campo de Búzios, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos. A marca recorde foi atingida pelo FPSO três meses antes do projetado, novembro. Atualmente o Almirante Tamandaré está ligado a cinco poços de petróleo. A Pe- trobras prevê que o almirante Tamandaré seja ligado ao total de oito poços. Descoberto em 2010, o Campo de Búzios é visto pela Petrobras com capacidade de superar em breve Tupi, também na Bacia de Santos, como o de maior pro- dução da empresa. O enorme potencial dos reservatórios de petróleo permitiu à Petrobras contratar navios-plata- forma de grande capacidade para a região. Para efeito de comparação, a espessura de Búzios é como se fosse a altura do Pão de Açúcar, e a área equivale a duas vezes a Baía de Guanabara. O Almirante Tamandaré, afretado à holandesa SBM Offshore, é a primeira plataforma de grande capacidade em Búzios. O projeto de produção de petróleo tem mais cinco unidades em construção, sendo três de alta capa- cidade. ■ ● ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa O Brasil alcançou, no segundo tri- mestre de 2025, o menor número de pessoas desempregadas hámais de um ano já registrado. O recorde está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domi- cílios Contínua (PNADContínua) Trimes- tral, divulgada nesta sexta-feira (15). Ou seja, o número de trabalhadores (1,913 milhão) em busca de emprego nos meses de abril, maio e junho deste ano é o menor desde 2012, quando começou a série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado representa redução de 21% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando esse contingente so- mava 2,4 milhões de pessoas. A pesquisa do IBGE apura o compor- tamento nomercado de trabalho para pes- soas com 14 anos ou mais de idade e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego comou semcarteira assinada, temporário e por conta própria, por exem- plo. Só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura emprego. O IBGE visita 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. Tempos de procura Os pesquisadores detalhamquatro es- tratos de tempo em busca de trabalho. Em todas as faixas, houve redução em relação ao mesmo trimestre de 2024: menos de ummês: -16,7%; de um mês a menos de um ano: - 10,7%; de um a menos de dois anos: -16,6%; dois anos ou mais: - 23,6%. No grupo que está em busca por uma vaga de um mês a menos de um ano, o contingente de 3,2 milhões também é o menor já registrado desde 2012 (queda de 18,5% desde então). No estrato de umano amenos de dois, os 659 mil desocupados também são o menor contingente da série (queda de 34,8% ante 2012). O analista da pesquisa, William Kra- tochwill, aponta que há tendência de queda no percentual de pessoas que estão em uma longa busca por ocupação. “Omercadoestá gerandooportunidades que estão absorvendo as muitas pessoas, inclusive aquelas que tinhammais dificul- dade de encontrar um posto de trabalho”, diz. Mercado aquecido e recordes No último dia 31, o IBGE tinha anun- ciado que a taxa de desemprego no país no segundo trimestre ficou em 5,8%, a menor da série histórica. A Pnad mensal havia apontado também recordes no emprego com carteira assinada (39 milhões de pes- soas) e rendimento médio mensal do tra- balhador (R$ 3.477). APnad trimestral desta sexta-feira traz detalhes referentes às unidades de federação e perfil da população. A pesquisa apontou que, no segundo trimestre, o desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação, ante o primeiro trimestre. Nos estados, a taxa varia de 2,2% (Santa Catarina) a 10,4% (Pernambuco). Outro dado de destaque é que 12 esta- dos atingiramomenor nível de desemprego para umsegundo trimestre em toda a série histórica: Amapá (6,9%), Rio Grande do Norte (7,5%), Paraíba (7%), Alagoas (7,5%), Sergipe (8,1%), Bahia (9,1%), Minas Gerais (4%), Espírito Santo (3,1%), SãoPaulo (5,1%), Santa Catarina (2,2%), Rio Grande do Sul (4,3%) e Mato Grosso do Sul (2,9%). Kratochwill avalia que o ano de 2025 tem se mostrado diferente dos anteriores, quando o desemprego costuma subir no início do ano, por causa da dispensa dos contratados temporários do fim do ano anterior. ■ NÚMERO DE PESSOAS EM BUSCA DE EMPREGO HÁ MAIS DE UM ANO DIMINUI 21% V Foto/ Marcello Casal jr/Agência Brasil OCUPAÇÃO ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SÁBADO | 16 DE AGOSTO DE 2025

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