Diário do Amapá - 06/02/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA-FEIRA | 06 DE FEVEREIRO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA Continua... O s dados do Recenseamento Geral de 1950 revelam que Macapá, como a capital do território federal, possuía 20.594 habitantes. Assim, podemos constatar que se passaram 128 anos para que a população de Macapá chegasse acima de 20 mil habitantes, ainda com predominância rural. Todavia, a inversão dessa taxa de urbanização começa a ser alterada com a criação dos municípios de Ferreira Gomes, Santana e Serra do Navio. Depois, com a elevação dos distritos de Porto Grande e Itaubal do Piririm à categoria de municípios. Os cincos municípios criados tiveram suas áreas remanescentes de Macapá. Essa constatação se confirma no Censo Demográfico de 2000. Macapá possuía 283.308 habitantes, sendo 270.628 na zona urbana e 12.680 em área rural, ou seja, 95,32% estavam ocupando a zona urbana do município. O Censo de 2010, nos revelou que esse percentual de ocupação da área urbana pela população aumentou, eram 380.937 na zona urbana e 16.976 na zona rural, ou seja, se inverteu. Assim, o percentual ocupado na área urbana passa para 95,55% do total de moradores. Evidentemente que a alteração na taxa de urba- nização da população sofreu também influência de outros fatores, como o êxodo rural e a emi- gração, que contribuíram sem dúvidas para essas alterações no espaço geográfico. O censo de 2022, demonstrou que existiam 418.800 re- sidindo na área urbana e 24.133 na zona rural de Macapá. Comparando com 2010 houve a re- dução de 1,31% de habitantes que residiam na zona urbana. Os dados da população de Macapá, levantados no censo de 2022 foram de 442.933 habitantes, o que a coloca na 4ª posição entre as capitais da região Norte. O conjunto das capitais brasileiras tinha montante de 45,5 milhões de habitantes em 2010. Pelo censo 2022, o conjunto das capitais ficou em 46,5 milhões de habitantes, 22,9% do total nacional. Nesse contexto, no ranking das capitais do país, Macapá ocupa o 21º lugar com uma população maior que Vitória, a capital do Espírito Santo, que é 322.869 habitantes. Macapá ocupa a 52ª posição no ranking de população entre os 5.570 municípios de todo o país. Seus habitantes são jovens, a faixa etária commaior grupo populacional é de 20 a 24 anos, são 42.092 habitantes foi o que revelou o censo de 2022. Entretanto, não podemos deixar de registrar que o envelhecimento, um fenômeno mundial, alcança também o município. O censo de 2022 revelou que eram 38.171 pessoas com 60 e + anos residindo em Macapá, dentre elas 97 tinham mais de 100 anos. Esse grupo populacional representa 8,39% da população de Macapá que foi levantada que é de 442.933 moradores. A população estimada em 2024 de Macapá, segundo o IBGE é de 487.200 habitantes, possui densidade uma demográfica de 67,48 hab/km². Macapá fincou suas raízes nas margens do majestoso rio Amazonas e cresce olhando para a Fortaleza de São José em respeito aos seus baluartes, símbolo da arquitetura portuguesa que embeleza a sua pai- sagem. Parabéns Macapá, pelos seus 267 anos! ■ A evolução demográfica de Macapá nos seus 267 anos Macapá ocupa a 52ª posição no ranking de população entre os 5.570 municípios de todo o país. Seus habitantes são jovens, a faixa etária com maior grupo populacional é de 20 a 24 anos, são 42.092 habitantes foi o que revelou o censo de 2022. Entretanto, não podemos deixar de registrar que o envelhecimento, um fenômeno mundial, alcança também o município. E-mail: mariosaturno@uol.com.br Administrador e consultor em gestão pública ADRIMAURO GEMAQUE Tecnologista Sênior E-mail: mariosaturno@uol.com.br T odo mundo sabe o que seja um buraco negro e a destruição que ele causa nas sua proximidades. Acreditava-se que não havia nenhum próximo do nosso sistema solar. Acreditava-se... Em 2016, Michael Brown e Konstantin Batygin, astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, propuseram que os movimentos estranhos de alguns corpos que estão bilhões de quilômetros além de Plutão poderiam ser evidências de um objeto massivo. Pelos cálculos deles, esse objeto teria 10 vezes mais massa que a Terra e ocuparia uma órbita em forma de ovo que varia de 32 bilhões de km do Sol, várias vezes a distância do Sol a Plutão, até 160 bilhões de km a cada 10.000 a 20.000 anos. Porém, ainda não sabem onde está sua órbita. Brown chamou esse objeto hipotético de Planeta Nove. Plutão já foi considerado o nono planeta, mas as descobertas do mesmo cientista, outros planetoides como Plutão orbitando no cinturão de Kuiper, rebaixaram Plutão a planeta anão 15 anos atrás. Os astrônomos Jakub Scholtz, da Durham University na Grã-Bretanha, e James Unwin, da Universidade de Illinois em Chicago, sugeriram que o Planeta Nove possa ser um buraco negro, não como os que são formados da morte de es- trelas gigantes, mas de outro tipo. Em 1971, Stephen Hawking, com base em uma ideia sugerida anteriormente em1966 pelos f ísicos russos Yakov Borisovich Zel’dovich e Igor Dmitriyevich Novikov, teorizou que pressões in- tensas durante o Big Bang poderiam ter colapsado a matéria diretamente em buracos negros. Esses buracos negros primordiais podem ter qualquer tamanho e estar em qualquer lugar. Um buraco negro com a massa da Terra teria o tamanho de uma bola de pingue-pongue e seria muito dif ícil de ser visto. Nenhum desses buracos negros pri- mordiais foi detectado ainda. Mas sua existência também não foi descartada. Scholtz eUnwin lembraramque o experimento chamado OGLE (Optical Gravitational Lensing Experiment), baseado naUniversidade deVarsóvia, na Polônia, detectou a presença de meia dúzia de objetos escuros na direção do centro da nossa galáxia. Seus campos gravitacionais agiramcomo lentes, amplificando brevemente a luz de estrelas distantes que eles flu- tuavam na frente. Esses objetos podem ser planetas, disseram os autores, com massas que variam de metade a cerca de 20 vezes a da Terra. Mas eles poderiam ser buracos negros primordiais flutuando ao redor da galáxia, propuseram os astrônomos do experimento. Se fosse esse o caso, o Planeta Nove poderia muito bem ser um buraco negro também, em uma órbita distante ao redor do sol. Diversos projetos foram sugeridos para encontrar o Planeta Nove. Um muito interessante foi sugerido por Edward Witten, um f ísico teórico do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, ganhador da Medalha Fields emMatemática. Witten sugeriu usar a mesma proposta do russo Yuri Milner e de Hawking para enviar milhares de sondas mi- croscópicas movidas a laser para o sistema estelar mais próximo, Alfa Centauro. Vivemos tempos de descobertas incríveis e animadoras, tes- temunharemos grandes avanços nas próximas décadas. ■ Esses objetos podem ser planetas, disseram os autores, com massas que variam de metade a cerca de 20 vezes a da Terra. Mas eles poderiam ser buracos negros primordiais flutuando ao redor da galáxia, propuseram os astrônomos do experimento. Um buraco negro próximo MARIO EUGENIO
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