Diário do Amapá - 06/02/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUINTA-FEIRA | 6 DE FEVEREIRO DE 2025 A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse nesta quarta-feira (5), em Brasília, que, caso a Lei Orça- mentária Anual (LOA) seja aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 15 de março, o reajuste dos servidores públicos federais - negociado no ano passado - será pago a partir de 1º de abril. “A gente já comunicou os servidores e eles vão receber retroativamente assim que a lei for aprovada e sancionada pelo presidente. Se [a votação] for em 10 de março, nossa expectativa é que, se a gente conseguir sancionar até 15 de mar- ço, ainda entra na folha de março e, por- tanto, a gente paga a partir de 1º de abril. Se não for sancionada até meados de março, mas posteriormente, a gente con- segue pagar na folha de abril, que é paga efetivamente em maio.” Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Esther lembrou que, no final do ano pas- sado, a aprovação de diversas medidas enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional acabou por inviabilizar a apro- vação da LOA no tempo inicialmente previsto – até dezembro. “O Congresso fez um esforço muito grande para aprovar, inclusive, uma emenda constitucional enviada pelo Executivo”, afirmou. “O Congresso está muito atento a isso. O relator [da LOA], senador Ângelo Coronel (PSD-BA, falou sobre a dificul- dade de ser mais rápido do que o prazo que ele propôs e a gente está bastante confiante de que 10 de março seja uma data bem provável mesmo - para apro- vação. Portanto, a gente tem chance ainda de pagar a partir de 1º de abril. E os servidores vão receber retroativamente o reajuste de janeiro, fevereiro e março nesse contracheque de março,” explicou a ministra. Segundo ela, a medida provisória que autorizou o reajuste dos servidores públicos federais está valendo desde 1º de janeiro. Concurso unificado Durante o programa da EBC, Esther lembrou que, para que o ministério possa começar a convocar os aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) para tomar posse, também é necessário que a LOA seja aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por Lula. “Se a aprovação for em 10 de março, não interfere no nosso calendário”, ga- rantiu. ■ APROVAÇÃO CRUCIAL A taxa básica de juros da economia, a Selic, deve aumentar novamente em um ponto percentual (p.p), em março. É o que aponta a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira (4). Segundo o Copom, o cenário de inflação de curto prazo segue adverso, principalmente em razão do aumento nos preços dos alimentos. Mantido esse cenário, o comitê aponta que a inflação deve ficar acima da meta pelos próximos 6 meses. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se con- firmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, informa o Copom. Na semana passada, o comitê aumentou a Selic para 13,25% ao ano, por entender que a decisão é com- patível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta. A ata destacou que os preços dos alimentos se elevaramde forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, tam- bém afetada pelo ciclo do boi. Com relação aos bens industrializados, omovimento recente de aumento do dólar pressiona preços emargens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos meses. Para os integrantes do comitê, esse aumento tende a se propagar para o médio prazo. "Essa decisão [de au- mentar a Selic] é compatível com a estratégia de con- vergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fun- damental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno em- prego", explica o comitê na ata. Ainda segundo o Copom, a inflação de serviços segue acima do nível compatível com o cumprimento da meta, de acordo com as observações mais recentes. A ata destaca que, ao longo dos últimos trimestres, a atividade econômicamanteve o dinamismo, emparticular, no ritmo de crescimento do consumo das famílias. ■ JUROS Copom aponta para aumento da Selic em 1 ponto em março ● REAJUSTE DE SERVIDOR SERÁ PAGO EM ABRIL SE LOA FOR APROVADA ATÉ MARÇO D epois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e emnível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. Os números foramdivulgados nesta terça-feira (4) pelo TesouroNacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2025. Oplano apresenta metas para a dívida pública para este ano. Assim como no ano passado, governo criou um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas ante- cipadamente) e aumentar a participação dos papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Isso ajudaria a atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que estão no nível mais alto em quase dois anos. Segundo o documento, a parcela da DPF vinculada à Selic deverá encerrar o ano numa faixa entre 48% e 52%, contra intervalo de 43% e 47%. Atualmente, está em 46,29%. A fatia dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 22% e 26%, praticamente estável emrelação aos 21,99% registrados atualmente. Aproporção da dívida pública corrigida por índices de preços deverá ficar entre 25% e 29%. Hoje está em 26,96%. Já a par- ticipação da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. O percentual atual está em4,76%. Os números não levam em conta as operações de com- pra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem no resultado. No ano passado, segundo a versão re- visada em setembro, o PAF previa que a Dívida Pública Federal poderia encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. Composição Em 2024, a DPF teve grande aumento de títulos corrigidos pela Selic, que subiram de 39,66% em dezembro de 2023 para 46,29% nomês retrasado, dentro da banda revisada de 43% a 47% em vigor para o úl- timo ano. Segundo o Tesouro, isso se deveu à alta da taxa Selic (juros básicos da economia), que atraiu de volta os in- vestidores desses papéis. A participação de papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão) caiu de 26,53% em 2023 para 21,99% em 2024. O percentual ficou pró- ximo do limite máximo estabelecido pelo PAF de 2024, que estimava que a partici- pação encerraria o ano entre 22% e 26%. Com o aumento da Selic, os investidores fugiramdos títulos prefixados, mais sujeito às oscilações demercado e que pode trazer prejuízo se resgatado antes do prazo. A fatia de títulos corrigidos pela in- flação caiu de 29,76% para 26,96%, dentro do intervalo estabelecido entre 25% e 29%. A dívida corrigida pelo câmbio, conside- rando a dívida pública externa, fechou 2021 em4,76%, tambémdentro damargem de 3% a 7% estimada no PAF. ■ DÍVIDA PÚBLICA PODE ALCANÇAR ATÉ R$ 8,5 TRILHÕES EM 2025 DPF V Foto/ José Cruz/Agência Brasil
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