Diário do Amapá - 14/02/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 14 DE FEVEREIRO DE 2025 A pesar da tensão em torno da inflação norte-americana, o dólar voltou a cair e fechou no menor nível desde novembro. A bolsa teve um dia mais turbulento e fechou em grande queda. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (12) vendido a R$ 5,763, com recuo de apenas 0,06%. A cotação chegou a R$ 5,78 após a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos acelerou em janeiro, mas alternou altas e baixas ao longo do dia até encerrar praticamente es- tável. Na mínima do dia, por volta das 15h30, chegou a R$ 5,74. A moeda norte-americana está no menor valor desde 18 de novembro. Em 2025, a divisa cai 6,75%. No mercado de ações, o pessi- mismo predominou. O índice Ibo- vespa, da B3, fechou aos 124.380 pon- tos, com queda de 1,69%. O indicador foi influenciado tanto pela inflação nos Estados Unidos, que derrubou as bolsas norte-americanas, como pe- las ações de petroleiras, afetadas pela queda do petróleo no mercado inter- nacional. A cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, fechou em torno de US$ 75, com queda de 2,36%, após o anúncio das conversas entre o presidente norte- americano, Donald Trump, e os pre- sidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para um possível acordo de paz na guerra no leste europeu. Em relação ao dólar, o mercado brasileiro operou próximo da estabi- lidade na maior parte da sessão, des- toando da maior parte do planeta. A divulgação de que a inflação ao con- sumidor em janeiro fechou em 0,5%, contra 0,4% em dezembro, diminuiu as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) cortar os juros em setembro. Taxas altas em economias avan- çadas normalmente estimulam a de- preciação de moedas de países emer- gentes. No entanto, o real atravessa um momento de correção da desva- lorização sofrida em novembro e em dezembro, também beneficiado pelos altos juros no Brasil. ■ COTAÇÃO DÓLAR FECHA PRATICAMENTE ESTÁVEL MESMO COM INFLAÇÃO NOS EUA A Companhia Nacional de Abaste- cimento (Conab) estima que a pro- dução da safra de grãos brasileira 2024/25 será a maior já produzida no país, ficando em 325,7 milhões de tone- ladas de grãos. O volume representa o crescimento de 9,4% acima da safra ante- rior. Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela companhia nesta quinta-feira (13). O desempenho é decorrente, princi- palmente, do aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e da recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, que deve chegar a 3.990 quilos por hectare. Os dados apontam para aumento na produção total de milho, com expectativa de produção de 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo an- terior. A colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada. "Nesta temporada, houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª safra. Mas a queda foi compensada pelo ganho da produtividademédia, 9,9%maior do que na safra anterior.Com isso, a pro- jeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo", disse a Conab. Em relação à segunda safra do milho, a Conab informou que a semeadura foi feita em 18,8% da área e que as condições climáticas são favoráveis. Em razão disso, a projeção é de crescimento de 2,4% para a área de plantio, com expectativa de uma produção de 96milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 6,4%. A soja já está com 14,8% da área já colhida. A expectativa é que a produção da oleaginosa chegue a 166 milhões de toneladas, ou seja, 18,3 milhões de tone- ladas acima do total produzido na safra anterior. "O resultado reflete aumento na área destinada à cultura, combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Pa- raná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções fi- cam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro", informou a Conab. A área destinada ao plantio de arroz deve atingir 1,7milhão de hectares, volume 6,4% superior à área cultivada na safra anterior. Com a semeadura praticamente concluída, a Conab alerta que as altas temperaturas e a redução hídrica dos re- servatórios em algumas regiões do Rio Grande do Sul, maior produtor do país, causam preocupações aos produtores, embora não indiquem redução da pro- dutividade média. A Conab estima que a produção che- gue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada à colheita da safra passada. Segundo o boletim divulgado pela Conab, é esperado um aumento na safra do feijão, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra do produto já estava com 47% da área colhida em 10 de fevereiro. Houve aumento de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de to- neladas. ■ CONAB ESTIMA SAFRA RECORDE DE 325,7 MILHÕES DE TONELADAS GRÃOS V Foto/ CNA/Wenderson Araujo/Trilux
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