Diário do Amapá - 15/02/2025
ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 15 DE FEVEREIRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO Apoio ao retorno O deputado Alex Manente (Cidadania-SP) quer que o Governo Federal institua a Política Nacional de Atenção e Apoio aos Brasileiros Deportados e Retornados, com o objetivo de promover sua proteção, acolhimento e apoio. Só os EUA deportaram entre 2020 e 2024, 7.637 brasileiros em 94 voos fretados. Segredos oficiais Não é só o comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e suas pautas oficiais internacionais que causam guerra entre PT e PL pelo seu comando. Quem comandar a CREDN este ano também vai controlar a fiscalização dos trabalhos do setor de inteligência do Governo, como os investimentos e atividades da Abin e GSI. É a “guerra fria” do Congresso. O ar sumiu Um cidadão de Porto Seguro (BA) comprou no site da Magalu um aparelho de ar condicionado e ficou a ver vento. Além do prazo demorado de ummês para entrega, já se passaram 20 dias e nada. A parceira Translovato (ES) informou que não entregaria no endereço informado. Inconformado, o cliente indicou outro endereço, e nada até hoje. Nem reclamação pelo app da loja adiantou. Será golpe? Extra campo A Caixa deixou de mostrar os números de apostadores por time. Até mesmo as informações detalhadas de alguns concursos deixaram de existir no site das loterias do banco. Os clubes acompanham semanalmente os dados para ter uma ideia de arrecadação dos concursos e uma previsão de repasses. Quebra-molas A oposição quer meter o pé no freio dos carros chineses cedidos pela BYD ao Governo – para ministros, chefes de autarquias etc. O deputado Luiz Carlos Hauly (PODE-PR) pediu explicações. Não se descarta uma CPI para tratar do caso e o ministro Rui Costa será convocado para detalhar o que foi acertado entre a empresa e o Governo. O vice preferido O presidente Lula da Silva está a cada dia mais testando o potencial político e eleitoral do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Não é mais segredo para caciques do MDB que ele é seu potencial vice na chapa eleitoral de 2026. Principalmente agora que o “aliado” Gilberto Kassab, chefão do PSD – maior partido municipalista do Brasil ao lado do MDB – passou a criticar o Governo apontando para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O PSD provavelmente terá um candidato, e o maior teste para o emedebista será a COP30 em novembro. Mas há muitos outros fatores a se levar em conta. A conferir. D ez países integrantes do Brics estão planejando - de forma conjunta - formas de lidar com os impactos que a Inteligência Artificial causará no mercado de trabalho. Entre as medidas em debate figura possibilidade de se desenvolver medidas regulatórias conjuntas visando o uso ético dessa tecnologia. O assunto foi debatido nesta quinta-feira (13) e ontem (12) durante reuniões do grupo de trabalho (GT) formado pelo bloco para debater assuntos relacionados a emprego. Integram o Brics Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Entre as preocupações observadas pelo GT estão o de- senvolvimento de políticas de proteção social para traba- lhadores que perderem emprego diante das transformações tecnológicas; e o estímulo para que jovens e idosos desen- volvam potencialidades para que possam estar incluídos nessas novas tecnologias. Consensos Coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Emprego do Brics, Maíra Lacerda diz estar confiante de que muitos consensos serão apresentados em documento a ser assinado pelos ministros do Trabalho do bloco, durante a reunião agendada para 25 de abril no Itamaraty, em Brasília. Segundo ela, que é também assessora de Relações In- ternacionais do Ministério do Trabalho e Emprego, as reuniões prévias para o encontro, ocorridas de forma virtual esta semana, já acenam com “propostas concretas e objetivas”, em especial relacionadas a uma regulação ética da Inteligência Artificial. “Todos países planejam fazer algo no âmbito local, mas estamos antevendo que algo está em vista também de forma coletiva envolvendo o bloco”, disse a coordenadora do GT. “Na visão de todos, a IA não é monstro, mas ela precisa ser usada com ética”, acrescentou. ■ NOVAS TECNOLOGIAS Brics estuda medidas para regular Inteligência Artificial N o município do Soure, no Ar- quipélago do Marajó (PA), o prefeito Paulo Victor Silva re- corda que, “antigamente”, a população conhecia a evolução das marés e do clima conforme o mês. “A gente sabia que, em março, a maré ficava mais alta e nos preparávamos para esse mês. Mas agora acontece em setembro, dezembro, janeiro”, diz o prefeito. As mudanças climáticas nunca foram tão evidentes, acrescenta. Ele foi um dos mais de 3,3 mil pre- feitos que estiveram em um encontro nacional de gestores de todo o pais, em Brasília, e que dizem ser necessário apoio aos municípios para enfrentar essa rotina de instabilidade. “A gente tem um povo que depende do meio ambiente, de pessoas que trabalham nas praias”. O problema das mudanças climáti- cas e do impacto para os municípios foi um dos principais temas discutidos no evento nesta semana. “Quero en- tender o que posso fazer nesses desastres que já estão acontecendo lá para a gente. O mar está batendo na casa de pessoas. Estão caindo muitas casas”, disse Silva. Capacitação Antes do início do encontro, o mi- nistro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Pre- sidência da República, já havia indicado que um dos seus objetivos era ensinar os prefeitos a se mobilizar diante desse cenário. O encontro contou com uma plataforma de simulação dinâmica cha- mada “Prefeitar”, a fim de gerar simu- lações. “Uma cidade que esteja enfren- tando uma enchente deve saber como montar a sala da situação, como acionar os recursos da Defesa Civil e como or- ganizar a equipe”, disse o ministro. Conforme a secretária executiva ad- junta da SRI, Juliana Carneiro, a ideia da dinâmica do "Prefeitar" envolveu preocupação sobre as responsabilidades, considerando que o governo federal tem recursos para ajudar, mas os ges- tores precisam compreender o papel de cada ente federativo. “Às vezes, o prefeito não sabe que é necessário entrar no sistema da Defesa Civil e o que deve preencher para que aquela realidade pública seja declarada”. Consciência Por isso, no encontro, os prefeitos participaram de oficinas e palestras so- bre como pode ser a reação das gestões municipais e como recorrer a verbas para essas situações. Segundo o presi- dente da Associação Brasileira de Mu- nicípios, Ary Vanazzi, esse é um debate importante que precisa ocorrer nas es- feras municipais. ■ DESASTRES PREFEITOS BUSCAM APOIO CONTRA MUDANÇAS CLIMÁTICAS V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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