Diário do Amapá - 18/02/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ TERÇA-FEIRA | 18 DE FEVEREIRO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA U m mundo hiper conectado, vivenciando uma pandemia histórica, en- quanto as novas gerações estão ansiosas por respostas e proteção. No meio dessa situação, famílias buscam ressignificar o seu papel diante dos novos desafios, rodeadas pelo medo de consequências f ísicas e socioe- mocionais. Acredito que o cenário é assustador para crianças, adolescentes e adultos. No último ano, os papéis essenciais da família, como a transmissão de valores, o acolhimento e o afeto, misturaram-se aos da escola - espaço de aprendizado formal, convívio com as diferenças, fortalecimento de valores sociais. A partir de então, a casa passou a ser foco do ensino remoto e, dentro deste contexto, certamente muitas famílias se questionaram sobre qual postura assumir. Além disso, esse momento foi crucial para que vários pais e responsáveis pudessem reconhecer a atuação da escola além dos aspectos cognitivos. Foi notado que os pais, mães, avós e tios estavam mais preocupados com o desenvolvimento infantil nos últimos meses. Muitos, vez ou outra, se ques- tionaram sobre os riscos que a pandemia trouxe para a vida de todos e, principalmente, para as crianças e adolescentes que, por meses, ficaram afastados da escola, dos amigos, dos familiares, das brincadeiras, das festinhas, do parque de diversão... Sim, os riscos são diversos. E ouvimos vários deles nos diálogos com professores, em reuniões pelo virtuais, nos desabafos com amigos. Entre eles, os que mais se destacam: baixa tolerância à frustração, baixa autoestima, autoritarismo, problemas psico- lógicos, doenças f ísicas, expectativas não realistas sobre o filho, famílias com distribuição desigual de autoridade e poder, situação de crise ou estresse social, ausência de um dos membros da família. Esses fatores são impactantes e possuem alta pro- babilidade de gerar sequelas a longo prazo. No próximo sábado (15), celebraremos o Dia In- ternacional da Família. Para a data, é importante que possamos refletir sobre esses pontos citados acima. Entretanto, o debate sobre o tema abrange também fatores que envolvem a proteção, visto que a família é o alicerce para a criança e o adolescente. Apesar das angústias que a pandemia nos trouxe, devemos pensar em fundamentos que se fortaleceram também – de forma positiva – no último ano. Mais do que nunca, vimos uma integração entre pais e filhos. De modo geral, entendemos que a proteção diz respeito às condições am- bientais, biológicas ou sociais que agem a favor do desenvolvimento e atuam na prevenção de desordem emocional ou comportamental. Contudo, é válido destacar que um bom funcionamento familiar, com vínculos afetivos, apoio e monitoramento são fatores de proteção igualmente essenciais para um de- senvolvimento infantil integral e saudável. Por essas razões, convido a nossa comunidade a fazer investimentos conscientes na proteção de nossas crianças e nossos adolescentes! Vamos trabalhar com atitudes que expressam afeto seguro e contínuo; dedicar nosso tempo para acompanhar atividades escolares e participar do lazer com esses jovens. Tenhamos a empatia de exercitar uma comunicação não violenta e uma escuta atenta; praticar comportamento familiar que desenvolva sentimentos bons, com senso de justiça, responsabilidade e generosidade. Assim, certamente estaremos oferecendo proteção a eles, mesmo que não tenhamos todas as respostas. ■ A família como fator de proteção E-mail: atendimento@proativacomunicacao.com.br Orientadora Educacional do Colégio Seriös Por essas razões, convido a nossa comunidade a fazer investimentos conscientes na proteção de nossas crianças e nossos adolescentes! Vamos trabalhar com atitudes que expressam afeto seguro e contínuo; dedicar nosso tempo para acompanhar atividades escolares e participar do lazer com esses jovens. ANDRESSAARARUNA O risco de racionamento de eletricidade decorrente da falta de chuvas este ano, fator agravante da crise provocada pela Covid- 19, alerta para a necessidade de ampliar a diversificação da matriz energética nacional, reduzindo a dependência das usinas hidrelétricas. Nesse sentido, é relevante a contribuição do setor sucroalcooleiro, cujas fontes têm grande potencial, são renováveis e apresentam baixos índices de emissão de carbono, com reconhecidos ganhos ambientais. A bioeletricidade produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de- açúcar, uma das vertentes da contribuição do setor, já representa 62% do total de 18,5 gigawatts (GW) da cogeração existente no País de capacidade instalada em operação comercial. Essa possibilidade viabilizou-se pela mecanização da colheita e do plantio, da qual resultaram níveis de sus- tentabilidade incomparáveis em todo omundo e que incluiu a capacitação de profissionais para operar equipamentos com alto índice de tecnologia embarcada. Ogás natural responde por 17% e o licor negro, 14%. Este é um fluido resultante doprocessoprodutivoda indústria papeleira. Outra fonte importante de eletricidade é o biogás, cujo potencial no Brasil é de 170.912GWh (fonte: ABiogás), o maior do mundo. Em volume, 21,1 bilhões de normais metros cúbicos por hora (Nm³/h) advêmdo segmento sucroenergético; 6,6 bilhões, de ramos distintos da produção agrícola; 14,2 bilhões, da pecuária; e 2,2 bilhões, do sanea- mento. Esse combustível, emsua versãopurificada, compara-se, emtermos energéticos, ao gás natural fóssil, coma vantagemde ser totalmente renovável e ter pegada negativa de carbono. O etanol de cana-de-açúcar completa o aporte do setor à matriz energética nacional. De acordo com o primeiro levantamento da safra 2021/22 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção será de 27 bilhões de litros. Embora haja uma redução de 9,1% em relação aos 29,7 bilhões referentes à temporada anterior, devido à queda da demanda atrelada às quarentenas e ao distanciamento social, o Brasil continua sendo o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Neste país, porém, amaior parte advémdomilho, apresentandomaior custo emenor índice energético. Cabe lembrar que o etanol de cana-de-açúcar é praticamente neutro em emissões de carbono e renovável, alémde gerar renda, empregos e ingresso de dólares resultantes da exportação. Somente no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período de 2020, as vendas externas cresceram50,9%, alcançando 343,31milhões de litros, e a receita aumentou 22%, somandoUS$ 158,22milhões (fonte: Secex/Ministério da Economia). Apesar de todas as dificuldades inerentes à pandemia, o setor sucroal- cooleiro fornece energia limpa para mover fábricas, iluminar cidades, abastecer o transporte e gerar divisas no comércio exterior. São combustíveis que contribuempara a retomada do crescimento e a recuperação da eco- nomia nacional. ■ Energia limpa para a economia Cabe lembrar que o etanol de cana-de-açúcar é praticamente neutro em emissões de carbono e renovável, além de gerar renda, empregos e ingresso de dólares resultantes da exportação. JOÃOG. S. O. OMETTO E-mail: ian@libris.com.br Engenheiro

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