Diário do Amapá - 21/02/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 21 DE FEVEREIRO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA N ão sou filósofo. Essa é a premissa maior do pequeno texto que segue. Contudo, ao observar o modo de vida da grande maioria deles, pontuaria algumas características que superam o simples fato de pensar a vida e os elementos por eles observados independente da corrente ou linha de pensamento. O viés da sempre e firme indagação de um fenômeno e a paixão por descortinar o que ali se esconde, acabam por endereçar às suas próprias vidas uma especial maneira de viver, a vida dita vivida. Essa especial maneira de viver - e diga-se que a expressão “a vida vivida” pode ou não significar a melhor das vidas -, em certa medida, acaba por se revelar em dois aspectos largos ao menos, bastante significativos, a saber: a convivência do filósofo com ele próprio e a sua convivência com a sociedade. Começando pelo segundo aspecto, inerente a convivência do filósofo com a sociedade, aparentemente, o desdobramento se dá pela necessidade de conviver muitas vezes como que é diametralmente oposto ao exercício desempenhado pelo filósofo. Por que? Isso se dá pois em regra a filosofia ao abrir espaço para o conhecimento justamente dessa relação e seus desdobramentos, com observância de correntes de pensamento e de formas de pensar desde a mitologia grega dos Jônios, passando por Platão, Aristóteles, Sócrates até Martin Heidegger e Hannah Arendt, para citar alguns pensadores apenas, permite a esses estudiosos a avaliação cri- teriosa (como deve ser a filosofia) comprofundidade dos exemplos passados os trazendo para o presente e porque não imaginando o futuro pelo ciclo que teima em se repetir, ao menos nas estruturas de po- der. Entre os diversos espaços que habitam os pen- samentos desses filósofos, como o reconhecimento do homem e suas experiências existenciais, a ob- servação das consequências das organizações de Estado, as estruturações do tecido social, a existência ou não do divino, as aporias, entre outros tantos, unindo isso em espaço e tempo commáxima fideli- dade a historicidade, procurando por vezes se colocar no lugar do outro que escreveu para tentar sentir o regozijo ou a angústia daquele momento os fazem pessoas diferentes. E aqui, seria importante deixar claro, que todas as pessoas são diferentes, e a diferença que citamos se localiza e tem como objeto central o liame da busca pelo conhecimento e (re)conhecimento de si que cada filósofo possui. Noutras palavras, através de experiências de narrativas lidas com profundidade e realmente estudadas, essas mesmas nar- rativas como que num processo de “osmose intelectual” (me perdoem a ex- pressão) acabam de certa maneira perpassando da consciência filosófica para a vivência do próprio filósofo. Se verdade é que o conhecimento liberta, no campo da filosofia ele parece libertar vezes dois. Isso se dá, principalmente, na minha ótica, pela já citada caminhada na contramão domundo. De toda essa experiência de compreensão buscada pelo filósofo, acaba por lhe ser incrustado inúmeras formas de agir, algumas vezes sedimentadas em valores absorvidos ao longo da vida. Referidos valores somados aos profundos estudos, acabam por diversas vezes revelando uma antevisão através de sinais dados pela sociedade e principalmente pelo Estado do que está por vir, e noutras oportunidades a certeza do conflito direto entre os valores ou sentido da vida estabelecido a fórceps para a sociedade, que destoa em gênero, número e grau daquilo já absorvido ou apreendido, para melhor dizer, pelo filósofo. ■ Por que filósofos se distanciam da vida vivendo? Aqui reside o ponto alto, a quase absoluta certeza (com perdão da expressão que nada tem de filosófica, pelo contrário, é para ser criticada mesmo) do que se quer alcançar pelo conhecimento, cria num só tempo algumas consequências: a primeira, seria a repugnância da maioria pela opção de discordar... E-mail: caio@libris.com.br Advogado RICARDO PEREIRA G astos com a educação escolar não representam custos pura e simplesmente. Está implícito o resultado planejado. Custos financeiros são necessários e devem ser previstos por quem tem as responsabilidades pela sua aplicação na área. Não se aceita mais dotações orçamentárias, previsões, com base em suposições. Os recursos financeiros deve ser condizentes com as necessidades do modelo educacional, precisam estar adequados à realidade, levando-se em conta o resultado pretendido. Usar recursos financeiros na educação escolar está mais apro- priado ao conceito de investimento. Sim, aplicação de dinheiros, público ou privado, sugere planejamento adequado, visando objetivos e metas realizáveis nos curto, médio, e longo prazos. No planejamento escolar, no âmbito de cada unidade escolar, fatores técnicos devem ser observados. Considera- se desde os materiais escolares, equipamentos auxiliares, didáticos, mormente os recursos humanos. Aqui entendidos professores, orien- tadores, supervisores, demais assistentes e auxilares, direção e coordenação pedagógica, para o bom desempenho do projeto educativo escolar. De nada adianta ter-se recursos fi- nanceiros abundantes, se faltarem os recursos técnicos e pessoal especializado na execução dos planos de nesino na escola, unidade final de atividade do processo de ensino-aprendi- zagem. Países pelo mundo usam os custos edu- cacionais como indicadores nos bons resul- tados alcançados por sua educação escolar. Quase todos medem o volume de recursos financeiros nos seus respectivos PIB’s. Aquele que gasta mais, espera ter melhores resultados. Porém, há aqueles países que gastam signifi- cativos montantes de dinheiro em seus sis- temas educacionais e não obtêm a realização desejável. Algum desvio ocorre na execução, causando consequências as mais diferentes entre um país e outro. Especilistas remetem as causas às modalidades de gestão dos seus recursos na prática, na exucução dos planos educacionais, planos escolares e planos de ensino. Ter todos os recursos disponíveis e suficientes, ou mesmo com exageradas dotações, não lhes garante maior excelência nos resultados. Custo, despesa, na educacção formal, seja pública ou privada deve ser caracterizada, classificada, como investimento. Espera-se que tais recursos sejam bem administrados, como bem recomenda as boas práticas da administração, tecnicamente compreendida, aplicada e avaliada a cada passo na sua execução. Neste aspecto, vale ressaltar que a escola privada tem alcançado maiores e efetivos sucessos na educação escolar, na formação de pessoal mais culto, mais consciente, mais preparado para os embates da vida, como seres individuais e sociais. Ganham assim, o formado e a socieda- de. ■ Despesas e custos na educação escolar E-mail: fmrdidaxus@gmail.com Especialista em Educação Países pelo mundo usam os custos educacionais como indicadores nos bons resultados alcançados por sua educação escolar. Quase todos medem o volume de recursos financeiros nos seus respectivos PIB’s. Aquele que gasta mais, espera ter melhores resultados. FERNANDO MACIEL

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