Diário do Amapá - 21/02/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 21 DE FEVEREIRO DE 2025 O Banco Nacional de Desenvolvi- mento Econômico e Social (BNDES) prevê a aprovação de até R$ 30 bilhões para financiar con- cessões de rodovias em 2025. O valor superaria o recorde do banco para o setor que aconteceu no ano passado, quando foram aprovados R$ 23,5 bilhões. E continuar muito acima da média da série histórica, que é R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões por ano. As estimativas para esse ano foram feitas pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Cli- mática do Banco, Luciana Costa. Ela cita como principal motivo para esse aumento o mecanismo criado pelo Mi- nistério dos Transportes para destravar os investimentos em estradas de roda- gem. “Havia muitas rodovias cujo prazo de concessão deveria ser estendido, tarifa reequilibrada e novos investimentos rea- lizados”, diz Luciana. “Então, o ministro Renan Filho, ao invés de relicitar essas concessões, criou um instrumento em que essas concessões são otimizadas, com todos os players relevantes da mesa renegociando as novas condições da concessão. Com isso, o país consegue destravar entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões de investimentos”. “O Brasil tem o maior volume de concessão rodoviária do mundo e um arcabouço regulatório seguro e eficaz, condições que atraem empresas e in- vestidores locais e internacionais. Até o governo anterior, a média histórica de leilões era de 1,8 leilão por ano. No ano passado, foram feitos sete leilões e, em 2025, estão previstos 15 leilões, que de- vem mobilizar R$ 163 bilhões de inves- timentos, numa malha de quase 8,5 mil quilômetros”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Marcos O BNDES destaca dois “marcos re- levantes” da atuação do banco no setor rodoviário em 2024. Um é o financia- mento da Rodovia Presidente Dutra (Via Dutra), trecho da BR-116 que liga as duas maiores cidades do país, com uma modelagem inovadora. O outro, publi- cação de uma carta aos investidores, que detalhou antecipadamente as con- dições de financiamento à futura con- cessionária da BR-381, emMinas Gerais. O leilão do ano passado foi bem-suce- dido, depois de três tentativas frustradas desde 2012. A área de infraestrutura do BNDES repetiu a estratégia da carta aos investi- dores hoje (18), para apoiar a concessão da Rota Agro Norte, trecho da BR-364 em Rondônia que liga a capital Porto Velho à cidade de Vilhena. ■ APROVAÇÃO OConselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a entrada do Brasil em alguns organismos internacionais que, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, são fundamentais para o futuro das energias no mundo: a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Além disso, foi autorizada a participação brasileira à Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), um fórum de discussão ligado à Opep, visando cooperações entre países produtores de petróleo. “Auto- rizamos a adesão à carta de cooperação, mas isso não gera obrigação vinculante ao Brasil”, disse o ministro. Silveira falou sobre o assunto após participar da reunião do CNPE em Brasília. Ele lembrou que o Brasil foi convidado para fazer parte da carta de cooperação dos países produtores de petróleo durante uma visita do presidente Lula aos Emirados Árabes, na COP28. De acordo com o ministro, trata-se apenas de uma carta em um fórum de discussão de estratégias dos países produtores de petróleo, e que o país não pode se envergonhar de ser um grande produtor de petróleo. Silveira ressaltou que o país precisa crescer, se de- senvolver, gerar renda, emprego e oportunidades para seus cidadãos, e que os tributos obtidos nesse setor poderão ser aplicados em áreas como educação, saúde e segurança. ■ ORGANISMOS INTERNACIONAIS CNPE autoriza participação brasileira em fórum ligado à Opep ● BNDES PREVÊ ATÉ R$ 30 BILHÕES PARA CONCESSÕES DE RODOVIAS EM 2025 C Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, com cres- cimento de 6,6% em relação a 2023. Se- gundo balanço divulgado nesta quarta- feira (19) à noite pela instituição finan- ceira, apenas no quarto trimestre, o lucro totalizou R$ 9,6 bilhões, alta de 1,5% em relação ao mesmo período do ano ante- rior. De acordo com o BB, o crescimento no lucro pode ser explicado pelo cresci- mento na margem financeira bruta (+11,2%), das receitas de prestação de serviços (+4,9%) e pela contenção das despesas administrativas, que cresceram 4,4% no ano passado e subiram menos que a inflação. Carteira de crédito A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou 2024 com saldo de R$ 1,3 trilhão, alta de 15,3% em relação a 2023. Os destaques foram as operações com pessoas f ísicas, com empresas e com o agronegócio. Em relação às pessoas f ísicas, a car- teira de crédito ampliada cresceu 7,3% no ano passado, somando R$ 336 bilhões. A expansão foi influenciada pela carteira de crédito consignado, que cresceu 9,8% no ano passado. A carteira de crédito para pessoas jurídicas totalizou R$ 461,1 bilhões, com alta de 18% em 12 meses. A carteira ampliada do agronegócio somou R$ 397,7 bilhões, batendo o re- corde registrado em 2023. O crescimento totalizou 2,9% em relação ao trimestre anterior e 11,9% em 12 meses. O BB manteve a liderança no crédito ao seg- mento. A carteira de negócios sustentáveis, que engloba os empréstimos a projetos com impacto social e ambiental positivo, somou R$ 386,7 bilhões no ano passado, com alta de 12,7% em 12 meses. Omon- tante corresponde a 30% do crédito total do banco. Inadimplência O índice de inadimplência acima de 90 dias das operações de crédito do banco ficou em 3,32% em dezembro de 2024, alta em relação aos 2,92% regis- trados no fim de 2023. Segundo o BB, a elevação decorreu principalmente do segmento de agronegócio, afetado por desastres climáticos no ano passado. Com a inadimplência maior, a despesa com a provisão (reserva) para créditos de liquidação duvidosa subiu 16,9% no ano passado. Receitas e despesas As receitas com prestação de serviços cresceram 4,9% em 2024, totalizando R$ 35,5 bilhões. Os destaques foram os seg- mentos de consórcios (+17,4%); rendas do mercado de capitais (+16,7%); admi- nistração de fundos (+11,6%); e seguros, previdência e capitalização (+10,4%). As despesas administrativas somaram R$ 37 bilhões, alta de 4,4% no ano pas- sado, abaixo da inflação acumulada no ano passado e dentro das projeções do banco, que variavam entre 5% e 7%. ■ BANCO DO BRASIL TEM LUCRO RECORDE DE R$ 37,9 BI EM 2024 CRESCIMENTO V Foto/ Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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