Diário do Amapá - 28/02/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 28 DE FEVEREIRO DE 2025 A prévia da inflação de fevereiro mostra desacele- ração nos preços dos alimentos, ou seja, subiram menos do que em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) indica que, neste mês, houve alta de 0,61%, a menor desde setembro de 2024 (0,05%). A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 funciona como prévia da inflação oficial e o IPCA é a inflação oficial. Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A diferença é que os preços são pesquisados antes mesmo de acabar o mês de referência, justamente para servir como prévia. Em relação a divulgação atual, o pe- ríodo de coleta foi de 15 de janeiro a 12 de fevereiro. A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo. Entre os fatores que têm elevado o custo figuram questões climáticas. O IPCA-15 de fevereiro mostrou que os alimentos tiveram impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.) no índice geral. O IBGE mostrou que a alimentação no do- micílio subiu 0,63%, abaixo do registrado em janeiro, 1,10%. Os principais aumentos foram da cenoura (17,62%) e café moído (11,63%). Entre as quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%). A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56% em fevereiro. Dentro deste subgrupo, a refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente). Doze meses Apesar da desaceleração dentro do IPCA-15 de fe- vereiro, a inflação dos alimentos no acumulado de 12 meses está acima da inflação geral. Enquanto o IPCA-15 soma 4,96%, o grupo alimentos e bebidas registra 7,12%. Em janeiro, o acumulado dos alimentos era de 7,49%. Em dezembro, chegou a 8%. ■ MENOR ALTA Inflação dos alimentos desacelera para 0,61%, diz pesquisa do IBGE ● O percentual de pessoas trabalhando na informalidade no país caiu para 38,3% no trimestre encerrado em janeiro deste ano. Isto significa que 39,5 milhões do total de 103 milhões de traba- lhadores no país trabalhavam semcarteira assinada ou sem CNPJ, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de informalidade recuou nas comparações como trimestre anterior, en- cerrado em outubro de 2024 (38,9% ou 40,3milhões), e como trimestre encerrado em janeiro de 2024 (39%, ou 39,2milhões). De acordo com o IBGE, o número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) caiu na comparação tri- mestral (menos 553mil pessoas) e cresceu 3,2% na comparação anual (mais 436 mil pessoas). Ao mesmo tempo, o número de em- pregados com carteira assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores do- mésticos (39,3 milhões), ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) na comparação anual. A população ocupada (103 milhões) ficou 0,6%abaixo da observada no trimestre anterior (menos 641 mil pessoas) e 2,4% acima do resultado apurado em janeiro de 2024 (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação ficou em 58,2%, abaixo do trimestre anterior (58,7%) mas acima do trimestre encerrado em janeiro de 2024 (57,3%). “A queda dos trabalhadores informais [-2%] foimaior doque a queda da população ocupada [-0,6%]”, afirmou o pesquisador do IBGE William Kratochwill. “A desocu- pação aumentoubasicamente nos empregos sem carteira”. Desemprego A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre, acima dos 6,2% do trimestre anterior, mas abaixo da observada no tri- mestre encerrado em janeiro de 2024 (7,4%). A população desocupada (7,2 mi- lhões) cresceu 5,3%emrelação ao trimestre anterior mas caiu 13,1% na comparação anual Kratochwill diz que um dos motivos para a alta da taxa, na comparação trimes- tral, foi a troca de governos municipais, que gerou perda de postos de trabalho na área de administração pública. Isso porque a troca dos gestores envolve, geralmente, demissões de trabalhadores de gestões an- teriores. “Nesse último ano, tivemos as eleições municipais, então há uma nova adminis- tração pública e esse movimento [de au- mento da taxa de desemprego] se repete a cada ciclo de quatro anos”, explicou. Segundo o IBGE, a alta trimestral na taxa de desemprego, de 0,3pontopercentual (de 6,2% para 6,5%) é a maior para um tri- mestre encerrado em janeiro desde 2017 (0,7 ponto percentual). Apesar disso, a taxa de desemprego de 6,5% é a menor para um trimestre en- cerrado em janeiro desde o início da série histórica, em 2012, igualando-se à taxa de janeiro de 2014. ■ INFORMALIDADE RECUA NO MERCADO DE TRABALHO EM JANEIRO, DIZ IBGE PNAD V Foto/ Tomaz Silva/Agência Brasil A o longo de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve impacto de R$ 276,5 bi- lhões no crédito disponível na economia brasi- leira.O valor é o maior impacto já registrado na história do banco público e representa aumento de 26% em relação a 2023. O lucro da instituição cresceu 20,5% em relação ao ano anterior e alcançou R$ 26,4 bi- lhões. Os dados foram divulgados nesta terça- feira (25) na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. O total de R$ 276,5 bilhões de impacto no crédito é a soma de R$ 212,6 bilhões em apro- vação de financiamentos e R$ 63,9 bilhões do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que consiste em garantias para empresas de menor porte conseguirem empréstimos em bancos. A aprovação de crédito cresceu 22% em re- lação a 2023. O banco também divulgou que os desembolsos – dinheiro efetivamente liberado no ano - somaram R$ 133,7 bilhões, alta de 17% ante o ano anterior. ■ LUCRO BNDES TEM IMPACTO RECORDE DE R$ 276,5 BI NO CRÉDITO EM 2024

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