Diário do Amapá - 15/01/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUARTA-FEIRA | 15 DE JANEIRO DE 2025 O petróleo fechou o ano de 2024 como o principal pro- duto da pauta de exportações brasileiras, tomando o lugar da soja. As vendas de óleo bruto de petróleo ou de minerais alcançaram US$ 44,8 bilhões, segundo dados divulgados na semana passada pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O ano de 2024 terminou com o petróleo bruto representando 13,3% das exportações do Brasil, tomando a liderança da soja que, de 2023 para 2024, viu a participação cair de 15,7% para 12,7%. Em 2024, a soja rendeu aos exportadores US$ 42,9 bilhões, ante US$ 53,2 bilhões de 2023. O óleo do pré-sal é o motor que permitiu o petróleo alcançar o topo da pauta exportadora. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de janeiro a novembro – último dado disponível, o país produziu 36,9 mi- lhões de barris de petróleo por dia (Mbbl/d), sendo 71,5% originários do pré-sal. Observando apenas dados do segundo semestre, esse percentual salta para 80,3%. Histórico do pré-sal Descoberto em 2006, o pré-sal contribuiu para a soberania energética do país, possibilitando que o país se mantivesse sem a necessidade de im- portar óleo. Além da alta produtivi- dade, os poços armazenam um óleo leve, considerado de excelente quali- dade e com alto valor comercial. O início da produção ocorreu no campo de Jubarte, localizado na Bacia de Campos, litoral do sudeste, em 2008. Ao lado da Bacia de Santos, é onde se encontram os reservatórios, perfurados há uma profundidade de 5 mil a 7 mil quilômetros. Para se ter uma ideia, 7 mil quilômetros é apro- ximadamente o ponto mais alto da Cordilheira dos Andes. Atualmente os campos de Tupi, Búzios e Mero representam 69% da origem do pré-sal, segundo a ANP. Os três ficam na Bacia de Santos. O primeiro a produzir o pré-sal de Santos foi Tupi, maior ativo em produção no país, chegando a 1,1 milhão de barris por dia no terceiro trimestre de 2024. A história da exploração e produ- ção de pré-sal se confunde com os anos recentes da Petrobras, estatal que respondeu por 98% da produção de pré-sal em novembro de 2024, in- cluindo poços operados em consórcio. De toda a produção da companhia, cerca de 80% tem origem no pré-sal. Dentre as principais empresas pe- trolíferas que operam em consórcio com a Petrobras figuram, entre outras, as multinacionais Shell (anglo-holan- desa), TotalEnergies (francesa) e CNDOC (chinesa). Segundo a companhia, o pré-sal, que deve atingir o pico de produção na década de 2030, tem papel estra- tégico na transição energética. Se- gundo a estatal, tecnologias desen- volvidas pela Petrobras fazem com que o óleo extraído do pré-sal tenha emissão de dióxido de carbono (CO²) - um dos causadores do efeito estufa e do aquecimento global - 70% menor que a média mundial. ■ EMPURRADO PELO PRÉ-SAL, PETRÓLEO ASSUME TOPO DA PAUTA DE EXPORTAÇÕES PRINCIPAL PRODUTO V Foto/ Tânia Rêgo/Agência Brasil

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