Diário do Amapá - 26 e 27/01/2025
A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 26 E 27 DE JANEIRO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS EDUCAÇÃO - Lula fala e Randolfe reconhece: foi o hoje Presidente da República que incentivou o hoje Senador ao estudo. O parlamentar amapaense é formado em História e Direito, e tem Mestrado em Ciência Política. ■ ESPERA - Secretários estaduais da administração e planejamento se encontraram com comissões de representantes de segmentos com cadastro reserva em segurança pública. Sinalização de que outras chamadas de futuros servidores será feita, em breve. ■ EXPECTATIVA - Analista de política internacional, professor Daniel Chaves, na Diário FM, neste sábado, 25, disse que o mais importante para o Brasil, em relação ao governo dos Estados Unidos, é esperar o comportamento de Trump, mas que com certeza ele não vai prescindir dos produtos brasileiros, principalmente dos grãos, cujos produtores tupiniquins muito festejaram a vitória do político americano. ■ Reminiscência Presidente Lula, em saudação a Randolfe Rodrigues, por ocasião da investidura do senador na Academia Amapaense de Letras, lembra dele, “ummoleque de uns 17 anos” que fez o melhor discurso numa plenária do PT emMacapá. Sérgio Fausto, cientista político e diretor da Fundação FHC, crava sobre o imortal Randolfe Rodrigues, as seguintes palavras: “Homem de ação, um político que projeta o Amapá no cenário nacional, como também um homem de reflexão, que sabe pensar o Brasil.“ Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras, em vídeo, parabenizou senador Randolfe Rodrigues pela investidura na AAL, dizendo que o Brasil terá nele uma cultura defensora da literatura, e conclamou a todos a participarem de campanha pelo aumento do índice de leitura entre os brasileiros, um dos alvos da ABL no corrente ano. De Rubem, no discurso de recepção a Randolfe como novo membro da AAL: “Para mim, ser indicado para recepcionar uma pessoa por quem nutro imenso carinho e admiração, como é o Randolfe, é uma tarefa importantíssima, um marco existencial, além de comovente”. No resumo do resumo, Bemerguy foi sábio e culto no uso das palavras na homenagem a Randolfe. E, claro, com a ‘Casa de Machado’, em Macapá, orgulhosamente agradecida. Homenagem Lilia Schwartz, ocupante da Cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras, aponta o senador Randolfe como pessoa extraordinária, grande pesquisador, humanista e humanitário. Gente Reconhecimento Para o ex-presidente do Brasil e do Congresso Nacional, José Sarney, o senador Randolfe Rodrigues é um intelectual, professor sempre preocupado com a cultura e que abraçá-lo na Academia Amapaense de Letras é uma justiça ao seu talento. Reforço Escritor Marcelo Rubens Paiva, autor de ‘Feliz Ano Velho’ e ‘Ainda Estou Aqui’, esteve entre os que mandaram mensagem pela posse do senador Randolfe, na AAL, desejando que o novo imortal continue na academia com o talento que o revelou para a política. Brilho Para refletir Esbelto e ainda muito bem aprumado, radialista J.Ney apaga mais uma ‘velinha’ hoje, 25. A idade não revela nem que a vaca tussa. Mas já passou dos 80km rodados, supõe-se. Natalício Tempo Grande Gilberto Gil, Cadeira 20 da ABL, disse que senador Randolfe vive momento importante para ele mesmo, um político, ativista e militante, e importantíssimo para o Amapá, que tem mais um filho em sua Academia de Letras. Mãos dadas Do governador Clécio sobre a click com Sonize Santos, na solenidade da AAL, sexta 24: “Juntos, celebramos esse momento marcante para a cultura e a literatura do nosso Amapá”. Já separada de Kaká, Sonize Santos agora demarca trilha política própria, mas com pés ainda fincados no PL, de Costa Neto. a semana que passou escrevi sobre a sacralidade da democracia dizendo que ela devia ser um dogma na consciência de cada um. O tema tinha a imposição da data de 15 de janeiro, quando o Brasil, há 40 anos, via surgir a volta da Democracia. Nessa data fomos eleitos, Tancredo Neves e eu, Presidente e Vice- Presidente, na forma da Constituição. Tenho ao longo desses 40 anos preservado amemória de Tancredo Neves para manter a minha obrigação moral de lembrá-lo como um dos heróis do sentimento democrático do País. A História o tinha preparado para essa tarefa. Ele era um homem que conhecia a política nacional e o Brasil profundamente. Essas qualidades o levaram a comandar o processo de derrubada do regime autoritário. Tancredo foi escolhido candidato justamente porque inspirava confiança ao País, pelo seu passado e pelos atos que marcaram sua coragem e sua determina- ção. Na sua biografia como ministro de Getúlio Vargas, fora leal até o fim, acompanhando-o até a tragédia do seu suicídio. Nós o encontramos chorando, comovido, no enterro de Vargas, fazendo uma apaixonada oração fúnebre, na qual não pregava a revolta pelo que tinha acontecido, mas a conciliação, sua marca. A vingança não tinha lugar em seus lábios e, ao contrário do que os outros oradores pregavam, ele abandonava o sentimento de revolta para assumir a bandeira da conciliação nacional, pedindo que o Brasil não se dividisse no sangue e no gesto de Vargas. Como Juscelino Kubsticheck na crise da maioria ab- soluta, é Tancredo quemcostura a solução, concretizada na posse do Presidente. Juscelino sai brilhantemente da ameaça de não assumir a presidência para o sucesso do seu governo e a construção de Brasília, que o levou a um lugar grandioso em nossa História. Tancredo foi preparado para desempenhar esse papel de conciliador, na ultrapassagem do regime militar em 1985, no ponto mais alto de sua carreira, comandando a engenharia política que nos levaria ao 15 de janeiro de 1985, que hoje lembramos e comemoramos: 40 anos de Democracia. No martírio da sua posse, surpreendido pela doença que finalmente o levaria à morte, sua preocupação em não se deixar operar para tomar posse não era uma vaidade pessoal, mas o ideal muito mais alto de concluir a transição democrática. Ele receava a volta dos militares diante da resistência doPresidente Figueiredo de transmitir o poder ao Vice-Presidente, invocando uma inimizade pessoal comigo. Ouvi do Ministro Leitão de Abreu — logo depois da retirada de uma comissão composta por Ulysses Guimarães, Leônidas Pires Gonçalves e Fernando Henrique—que, quando lhe comunicaram a decisão da minha posse, oGeneral Valter Pires, Ministro do Exército, lhe visitou e afirmou que iria imediatamente voltar ao Ministério e dirigir-se aos comandos do País inteiro para juntos pedir a continuidade do governo do Presidente Figueiredo e abortar a transição para a democracia. OMinistro Leitão conta ainda que, nesse instante, o dissuadiu com o argumento que ele já não era mais ministro do Exército, uma vez que o Diário Oficial publicara a sua exoneração do Ministério. Assim, a de- mocracia não morreu naquela noite. E Tancredo, quase agonizante, resistia a sua operação, que todos os médicos julgavam salvadora. Para demovê-lo dessa resistência, o seu sobrinho Dornelles contou-lhe uma inverdade: a de que havia estado com o Presidente Figueiredo e este as- segurara que transmitiria o governo a minha pessoa. A preocupação de Tancredo era a conclusão do processo democrático e, com essa comunicação do Dornelles, ele julgava que sua missão estava concluída, e a Transição Democrática, realizada. Disse aosmédicos: “Agora podem me operar. Nossa luta está vitoriosa.” ■ Tancredo E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY N Movimento
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