Diário do Amapá - 26 e 27/01/2025
|ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 26 E 27 DE JANEIRO DE 2025 E stimulados pela recuperação das viagens internacionais no pós-pan- demia e pela desvalorização do real, os turistas estrangeiros gastaram US$ 7,341 bilhões no Brasil em 2024, divulgou nesta sexta-feira (24) o Banco Central (BC). O valor é o maior em 15 anos, superando inclusive os gastos de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, quando os turistas de outros países gas- taram US$ 6,914 bilhões. Em relação a 2023, os gastos de tu- ristas estrangeiros no país subiram 6,28%. Há dois anos, os visitantes de outros países tinham desembolsado US$ 6,907 bilhões. O avanço pode ser explicado pelo número de turistas do exterior, que saltou 12,6% no ano passado e totalizou 6,65 milhões em 2023. Na comparação de receitas trazidas ao país, os gastos de turistas internacionais em 2024 superaram as exportações de algodão (US$ 5,154 bilhões), de aeronaves (US$ 4,4 bilhões) e de minérios de cobre (US$ 4,16 bilhões) Apenas em dezembro, os turistas es- trangeiros desembolsaram US$ 721 mi- lhões no Brasil, alta de 16% em relação ao mesmo mês de 2023, quando eles ti- nham deixado US$ 622 milhões no país. Segundo o Ministério do Turismo, o resultado de 2024 aproxima o Brasil das metas do Plano Nacional de Turismo, que prevê que o país chegue ao fim de 2027 com 8,1 milhões de turistas es- trangeiros e US$ 8,1 bilhões em divisas por ano. Em nota, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o aumento da entrada de visitantes estrangeiros criará mais empregos e impulsionará a economia brasileira. “A chegada de visitantes estrangeiros ao Brasil não apenas movimenta nossa economia, mas também reafirma a força e a beleza do nosso país como um destino desejado no cenário global. Esses recursos são um reflexo do potencial do turismo em gerar empregos, fortalecer comuni- dades e promover desenvolvimento. Es- tamos prontos para receber o mundo de braços abertos, com a hospitalidade que só o Brasil sabe oferecer”, declarou o mi- nistro. Tax free Uma das apostas do governo para elevar o número de turistas estrangeiros no país é a regulamentação da reforma tributária. Sancionada no último dia 16, a lei complementar institui o programa Tax Free, por meio do qual visitantes de outros países poderão pedir o reembolso de impostos sobre produtos comprados no Brasil e embarcados na bagagem. Esse sistema existe em diversos países, quando o valor total das mercadorias ultrapassa determinado valor. Para o ministro do Turismo, o Tax Free não apenas estimula o turismo in- ternacional, mas fortalece a economia local. “O Brasil, o Governo Federal e o Congresso deram um grande passo para o crescimento do turismo nacional. Ofe- recer no Brasil o programa Tax Free para visitantes internacionais significa fortalecer a competitividade dos nossos destinos. Isso representa mais receitas entrando em nossa economia, ampliando a geração de renda e emprego”, disse Celso Sabino por meio de nota. ■ TURISTAS ESTRANGEIROS GASTAM US$ 7,3 BI EM 2024, RECORDE EM 15 ANOS TURISMO V Foto/ Tomaz Silva/Agência Brasil E mmais umdia de alívionomercado financeiro, o dólar caiu pela quinta vez seguida e teve o maior recuo semanal desde agosto. A bolsa de valores alternou altas e baixas, mas fechou estável após a divulgação da prévia da inflação de janeiro. Odólar comercial encerrou esta sex- ta-feira (24) vendido a R$ 5,918, com queda de R$ 0,008 (-0,13%). A cotação caiu até o início da tarde, quando chegou a R$ 5,86 por volta das 14h, mas diminuiu a queda a partir desse horário, com in- vestidores aproveitando o preço baixo para comprar dólares. Perto do fim da sessão, o câmbio fechou próximo da es- tabilidade. A moeda norte-americana está no menor nível desde 27 de novembro. A divisa caiu 2,42% na semana, o maior re- cuo para cinco dias úteis desde a semana encerrada em 9 de agosto. O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.447 pontos, com queda de apenas 0,03%. O indicador mudou de direção diversas vezes ao longo do dia, mas encerrou em terreno negativo com a alta dos juros no mercado futuro. Tanto fatores domésticos como in- ternacionais influenciaram o mercado nesta sexta. No cenário interno, a divul- gação de que o ÍndiceNacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou para 0,11% em janeiro pro- vocou a queda da bolsa. Apesar de a prévia da inflação oficial ter registrado o menor nível para meses de janeiro desde a criação do real, o índice veio acima das expectativas, com as instituições financeiras esperando in- flação zero para o mês. Isso aumentou as chances de o Banco Central (BC) au- mentar a taxa Selic (juros básicos da eco- nomia) além do previsto, o que desesti- mula investimentos na bolsa de valores. No cenário internacional, no entanto, o dólar caiu em todo o planeta após o novo presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a possibilidade de um acordo comercial coma China após uma conversa com o presidente chinês, Xi Jingping. A revelação, feita ementrevista à emissora americana FoxNews, acalmou o mercado global, ao reduzir a chance de tarifaço do novo governo dos Estados Unidos. ■ COTAÇÃO DÓLAR CAI PARA R$ 5,91 E REGISTRA MAIOR QUEDA SEMANAL DESDE AGOSTO
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