Diário do Amapá - 04/07/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 04 DE JULHO DE 2025 A C&M Software restabeleceu suas operações do PIX na manhã desta quinta-feira (3). A empresa, que presta serviços de tecnologia para instituições fi- nanceiras, foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de milhões de reais que instituições financeiras mantinham depositados em contas do Banco Central (BC). O restabelecimento “sob regime de produção con- trolada” ocorreu pouco após o BC substituir a determi- nação para que a empresa suspendesse seus serviços in- tegralmente, e em caráter cautelar, por uma suspensão parcial. De acordo com o BC, a decisão foi tomada depois que a C&M comprovou ter adotado medidas para dificultar novos ataques a seus sistemas. Ainda segundo o BC, as operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, “desde que haja anuência expressa da instituição partici- pante do Pix e o robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais”. Em nota divulgada esta manhã, a C&M reafirma que foi vítima de uma ação criminosa e que, desde o início, vem colaborando com as autoridades, “confiando plena- mente em sua isenção quanto à origem do incidente, mesmo diante de ilações ou tentativas externas de antecipar julgamentos.” “Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados”, acrescentou a companhia. Ontem, também em nota, a empresa já tinha garantindo que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais. O ataque hacker contra a infraestrutura tecnológica da C&M Software ocorreu nesta terça-feira (1º). Os cri- minosos usaram credenciais vazadas de clientes da com- panhia, como login e senha, para acessar os sistemas da empresa. Informado do fato pela própria empresa, o BC determinou que a C&Mdesligasse o acesso das instituições ao seu sistema. ■ SUSPENSÃO PARCIAL Empresa alvo de ataque hacker volta a operar com autorização do BC ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa A mpliação comercial, promoção da transição energética, desenvolvi- mento tecnológico, combate ao crime organizado e enfrentamento das desigualdades sociais. Essas são as cinco prioridades para a próxima presidência doMercosul, que será exercida pelo Brasil no segundo semestre deste ano. As pautas foram apresentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (3), durante a 66ª Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina, quando recebeu a coorde- nação do bloco sul-americano do presi- dente argentino, Javier Milei. O encontro reúne os líderes dos paí- ses-membros Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Bolívia, que está em processo de adesão, e países associados, para discutir temas prioritários do blo- co. A presidência brasileira também bus- cará o fortalecimento da Tarifa Externa Comum (TEC), a incorporação dos se- tores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco, além do fortaleci- mento dos mecanismos de financiamento de infraestrutura e desenvolvimento re- gional. Em seu discurso, o presidente brasi- leiro defendeu a modernização do sistema de pagamento em moedas locais para facilitar as transações digitais. Para Lula, o Mercosul é um refúgio para os países da região, diante de um mundo “instável e ameaçador”. “Ao longo de mais de três décadas, erguemos uma casa com bases sólidas, capaz de resistir à força das intempéries. Conseguimos criar uma rede de acordos que se estendeu aos Estados associados. Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio, baseada em regras claras e equilibradas”, afirmou. “Estar noMercosul nos protege. Nossa Tarifa Externa Comum nos blinda contra guerras comerciais alheias. Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo como parceiros confiáveis. En- frentaremos o desafio de resguardar nosso espaço de autonomia em um contexto cada vez mais polarizado”, acrescentou. Entre os acordos firmados durante a presidência da Argentina no Mercosul, entretanto, está a flexibilização dos pro- dutos que podem ficar fora da tarifa co- mum do bloco. A nova exceção amplia em 50 o número de códigos tarifários de produtos que poderão ter a cobrança de TEC flexibilizada, de acordo com a con- veniência de cada país. A TEC é uma tarifa unificada adotada peloMercosul sobre produtos importados de outros mercados, uma forma de esti- mular e promover o comércio entre os países do bloco. Está em vigor desde os primeiros anos de criação do bloco, em meados dos anos 1990. A aprovação re- presenta uma concessão do governo bra- sileiro a um pedido da Argentina e me- lhora a capacidade de reação doMercosul a distorções comerciais criadas por bar- reiras ou por práticas não autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Acordos comerciais A primeira prioridade brasileira à frente do Mercosul, listada por Lula, é o fortalecimento do comércio entre os países do bloco e com parceiros externos. O objetivo do presidente é finalizar o acordo do bloco sul-americano com a União Europeia (UE), considerado o mais importante. Embora já negociado, o acor- do Mercosul-UE passa agora pelo pro- cesso de internalização por parte dos países envolvidos e ainda sofre resistên- cias, especialmente da França. ■ BRASIL ASSUME MERCOSUL COM PROPOSTA DE MAIS INTEGRAÇÃO REGIONAL V Foto/ Ricardo Stuckert / PR PAUTAS

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