Diário do Amapá - 08/07/2025
| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA TERÇA-FEIRA | 08 DE JULHO DE 2025 Começa a valer a partir deste sábado (5) a nova Tarifa Social de Energia Elétrica, que prevê gratuidade para famílias beneficiárias doCadastroÚnico para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham con- sumo mensal de até 80 kWh. Segundo governo federal, o benef ício concederá a gratuidade total da conta de luz a 4,5 milhões de famílias. Outras 17,1milhões de famílias que tambémtêmdireito à tarifa social não precisarão pagar pelos primeiros 80 qui- lowatts-hora (kWh) consumidos em cada mês. ■ BENEFÍCIO Nova tarifa social de energia elétrica passa a valer neste sábado ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa O s países do Brics defenderam a re- negociaçãodedívidas de economias de renda baixa e média dentro de ummecanismo sugerido pelo G20 (grupo das 19maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana). A su- gestão consta da Declaração de Líderes do Brics, assinada neste domingo (6) pelos países membros e associados ao grupo. Odocumento defendeuumtratamento “holístico” ao endividamento internacional, principalmente de países mais pobres afe- tados por choques econômicos interna- cionais nos últimos anos. O texto ressalta que juros altos e condições de crédito in- ternacional mais restritas pioram as vul- nerabilidades de muitos países. “Acreditamos que é necessário enfrentar adequada e holisticamente o endividamento internacional para apoiar a recuperação econômica e odesenvolvimento sustentável, considerando as leis e os procedimentos internos de cada nação, acompanhados por endividamento externo sustentável e responsabilidade fiscal”, destacou o docu- mento. O Brics pediu a implementação do Marco Comum do G20 para Tratamento da Dívida. Acertado na reunião do G20, no ano passado, o mecanismo prevê dis- cussões bilaterais entre governos, credores privados e bancos multilaterais de desen- volvimento, como Banco Mundial, Banco InteramericanodeDesenvolvimento eNovo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do Brics. “Um dos instrumentos, entre outros, para lidar coletivamente com vulnerabili- dades relacionadas à dívida é a implemen- tação previsível, ordenada, oportuna e coor- denada do Marco Comum do G20 para Tratamento da Dívida, com a participação de credores bilaterais oficiais, credores pri- vados e Bancos Multilaterais de Desenvol- vimento (MDBs em inglês), em conformi- dade com o princípio de ação conjunta e repartição justa de encargos”, destacou o documento. Mecanismo de garantias Adeclaração final tambémmencionou o início das discussões sobre uma iniciativa deGarantiasMultilaterais (GMB), defendeu a criação de um mecanismo de garantias entre os países do Brics. Esse instrumento pretende reunir ativos de vários países para cobrir eventuais inadimplências. Caso entre em prática, esse sistema resulta em juros mais baixos para empréstimos e financia- mentos externos. “AGMB visa oferecer instrumentos de garantia personalizados para reduzir o risco de investimentos estratégicos emelhorar a credibilidade, no Bricas e no Sul Global. Com base nas lições aprendidas nas expe- riências internacionais, concordamos com as diretrizes para incubar a GMB dentro doNDB [NovoBancodeDesenvolvimento] como uma iniciativa piloto, começando comseusmembros, semaportes de capital adicionais. Esperamos desenvolver essa ini- ciativa piloto ao longo de 2025, com vistas a relatar o progresso na Cúpula do Brics de 2026”, destacou. A declaração conjunta dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Cen- trais do Brics, divulgada sábado (5) à noite, previa a criação de um mecanismo seme- lhante para financiamentos climáticos e investimentos em infraestrutura. O texto final dos líderes do Brics tam- bémmencionou outrosmecanismos acor- dados pelos ministros de Finanças e presi- dentes dos Bancos Centrais, como a revisão doAcordodeReservasContingentes (ARC) para incluir novas moedas. O ARC é um mecanismo de ajuda financeira mútua criado em 2014 em caso de dificuldades no balanço de pagamentos (contas externas e investimentos estrangeiros) por países de média e de baixa renda. ■ BRICS PEDE RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS DE PAÍSES POBRES DENTRO DO G20 V Foto/ Ricardo Stuckert / PR ENDIVIDAMENTO INTERNACIONAL
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