Diário do Amapá - 08/07/2025

CIDADES TERÇA-FEIRA | 08 DE JULHO DE 2025 09 | CIDADES | DIÁRIO DO AMAPÁ Evento ocorreu na manhã desta segunda-feira (7), na sede do Poder Judiciário ■ ● TJAP promove palestra com especialista americano Tim Ballard C om uma posição geográfica estraté- gica e privilegiada, o Amapá vem despontando como a última fronteira agrícola no Brasil e com diversas oportunidades para o agronegócio brasi- leiro. O estado vem regu- larizando questões fundiá- rias para viabilizar a produção agrícola, e os produtores estão adaptando o solo para o cultivo de grãos. Há uma década, Roberto Arroyo, presidente da Uniagro, trocou o Paraná pelo Amapá em busca de maior estabilidade e produtividade nas lavouras de grãos. Segundo ele, as condições climáticas favoráveis do Amapá foram determinantes para essa decisão. “No Paraná, sempre enfrentávamos problemas com irregularidades climáticas que prejudicaram a produção de soja e milho”, explicou. A liderança relatou que, quando decidiu investir no estado, o Amapá era considerado uma nova fronteira agrícola em expansão. No entanto, após o início dos investimentos, o Ibama promoveu uma força-tarefa que resultou na aplicação de multas aos agricultores. Diante desse cenário, muitos produtores optaram por abandonar a atividade no estado, que atualmente conta com apenas dez mil hectares de área agrícola. “Há dez anos, Roraima contava com 7 mil hectares de lavouras, enquanto o Amapá chegou a ter 22 mil hectares”, destacou. Segundo Roberto Arroyo, na época os produtores possuíam uma licença ambiental emitida pelo estado que autorizava os investimentos no agronegócio. No entanto, essa licença acabou sendo derrubada judi- cialmente, e muitos abriram áreas sem o documento de Uso Sustentável da Vegetação (USV). “Essa situação desestimulou o setor e levou diversos produtores a deixarem o estado”, informou ao Notícias Agrícolas. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que a produção de soja no estado apresentou um crescimento de 14,5% em 2022 em relação ao ano anterior. Já em 2023, a produção atingiu 19,7 mil toneladas. O levantamento também indica que a área plantada com soja aumentou de 6,5 mil para 7,4 mil hectares em 2023. Em relação à soja, o desafio inicial enfrentado pelos produtores foi encontrar variedades que se adaptassem bem ao solo e apresentassem bom de- sempenho. “Tivemos muitos problemas com as va- riedades no começo, mas os produtores começaram a investir recursos para identificar sementes com maior potencial de produtividade”, explicou Arroyo. Segundo ele, atualmente, a variedade Olimpo, da Brasmax, tem demonstrado excelente adaptabilidade às condições locais. ■ Com potencial de até 400 mil hectares cultiváveis, estado está regularizando terras e simplificando normas ambientais para atrair investimentos no agro ■ Há uma década, Roberto Arroyo, presidente da Uniagro, trocou o Paraná pelo Amapá em busca de maior estabilidade e produtividade nas lavouras de grãos. Segundo ele, as condições climáticas favoráveis do Amapá foram determinantes para essa decisão. “No Paraná, sempre enfrentávamos problemas com irregularidades climáticas que prejudicaram a produção de soja e milho”, explicou. ÚLTIMA FRONTEIRA AGRÍCOLA NO BRASIL AMAPÁ DESPONTA COMO NOVO POLO LOGÍSTICO E DE SOJA “Aqui, o solo é muito fácil de corrigir, o clima é excelente e há a possibilidade de fazer duas safras. A época de chuvas começa em dezembro e só termina no início de agosto, proporcionando um período muito bom para o cultivo de duas safras.” RobertoArroyo Presidente da Uniagro 9 CLEBERBARBOSA DA REDAÇÃO

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