Diário do Amapá - 17/07/2025
Em um dia de tensões no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se de R$ 5,60 e fechou no valor mais alto em mais de um mês. A bolsa de valores caiu pela sexta vez seguida e alcançou o menor patamar em 35 dias. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (14) vendido a R$ 5,584, com alta de R$ 0,036 (+0,65%). A cotação chegou a operar próxima da estabilidade durante a manhã, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos. Na máxima do dia, por volta das 16h45, chegou a R$ 5,59. moeda norte-americana está no nível mais alto desde 5 de junho. A divisa acumula alta de 2,76% em julho, mas cai 9,67% em 2025. Omercado de ações também teve umdia turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 135.299 pontos, com queda de 0,65%. O indicador está no menor pa- tamar desde 9 de junho. ■ COTAÇÃO Dólar sobe para R$ 5,58 com agravamento de tensões com EUA ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa O governo federal se reúne nesta terça-feira (15) com setores da indústria e do agronegócio para discutir a taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A primeira reunião com empresários do setor industrial ocorre pela manhã. No período da tarde, será a vez do agronegócio. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, abriu a reunião da manhã dizendo que o governo vai buscar a negociação com tranquilidade, mas sem interferir em outros poderes da República, como sugeriu Trump ao cri- ticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Alckmin classificou as medidas nor- te-americanas como inadequadas e pe- diu a colaboração dos empresários bra- sileiros. "É importante a participação de cada um de vocês, nas suas áreas espe- cíficas, para fazermos um trabalho em conjunto. O governo brasileiro está em- penhado em resolver essa questão e queremos ouvir as sugestão de cada um de vocês", destacou o vice-presi- dente. O governo também vai conversar comempresas americanas que compram e vendem para o Brasil. Alckmin lem- brou que a taxação encarece e prejudica a economia dos dois países, já que existe uma importante relação de reci- procidade econômica em setores como o siderúrgico. Comitê O diálogo com setor privado será a primeira tarefa do recém-criado Comitê Interministerial de Negociação e Con- tramedidas Econômicas e Comerciais. Fazem parte deste comitê os mi- nistérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), da Fazenda, das Relações Exteriores e da Casa Civil. Outras pastas foram convidadas para participar das reuniões. Na segunda-feira, Geraldo Alckmin reforçou que o Brasil já estava dialo- gando e aguardava uma resposta dos representantes dos Estados Unidos antes do anúncio das novas tarifas. “No dia 16 de maio foi encaminhado, até em caráter confidencial, uma pro- posta para os Estados Unidos, de ne- gociação, que não foi respondida ainda. E até sexta-feira, antes do anúncio, tava tendo reunião no nível técnico”. Geraldo Alckmin destacou todo empenho do governo para rever a ta- xação imposta pelo presidente estadu- nidense Donald Trump. “A responsabilidade é, todo empe- nho, em rever essa questão. Primeiro porque ela é totalmente inadequada. O Brasil não tem superávit com os Es- tados Unidos. Aliás, o contrário. Dos dez produtos que eles mais exportam, oito a tarifa é zero. Então, nós vamos trabalhar junto com a iniciativa priva- da”. O governo brasileiro ainda estuda quais medidas vai tomar se os Estados Unidos mantiverem a taxação, prevista para começar em primeiro de agosto. A lei de reciprocidade econômica, apro- vada pelo Congresso neste ano, deve ser usada para balizar a atuação do go- verno brasileiro. A regulamentação da lei foi publicada nesta terça-feira. ■ MONTADORAS CREDENCIAM CARROS COMPACTOS PARA OBTER IPI ZERO V Foto/ Lula Marques/Agência Brasil REUNIÃO ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUINTA-FEIRA | 17 DE JULHO DE 2025
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=