Diário do Amapá - 20 e 21/07/2025
POLÍTICA |POLÍTICA | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 20 E 21 DE JULHO DE 2025 FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa 9 Ssss Evento teve abertura nesta sexta-feira (18) com continuação no sábado (19), no espaço Di Vetro O Pororoca D i g i t a l , “ u m a onda de oportu- nidades”, iniciou na sexta-feira (18) e continou no sá- bado (19), no es- paço Di Vetro. A iniciativa é do se- nador Randolfe Rodrigues, com apoio do Governo do Amapá e Cufa, e visa formar no- vos comunicado- res populares no estado. “Queremos in- terligar esses jovens à nova dinâmica da comunicação, que pode ser usada para o bem ou para o mal, mas usada para o bem, como qualquer tecnologia, pode servir para formar, interagir e avançar, com toda certeza”, frisou o senador Randolfe Rodrigues. A atividade além de fo- mentar a comunicação no estado, vai promover dis- cussões políticas e ampliar oportunidades. “É muito importante ter esse tipo de evento nos dias de hoje, por conta das mí- dias sociais. Como eu tenho um estúdio de beleza, me- tade dos clientes a captação é via redes sociais, através de vídeos. Então, a troca de experiência gera novas ideias”, celebrou a partici- pante Lauane Estefane. A vereadora Aava San- tiago, a mulher mais votada da história do Goiás e com sucesso no marketing polí- tico, é uma das palestrantes do evento. “O Pororoca Digital é muito importante para esse tempo tão semi-árido de ideias para política. Estou honrada em po- der comparti- lhar minha his- tória, como a mulher mais vo- tada do Goiás, com as pessoas que querem co- municar política a partir de novos olhares”, disse a vereadora. A Cufa refor- ça que o evento é uma oportu- nidade para que os jovens te- nham a capaci- tação necessária na área de comunicação e política. “O Pororoca Digital vem para aperfeiçoar a formação e a produção nos seus locais, nas suas ‘quebradas’. É um evento que tem essa dimen- são formativa, apesar de ser o 1º encontro”, disse Alzira Nogueira, da coordenação do evento e presidente da Cufa Amapá. ■ O Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP) conseguiu im- portante condenaçãonomunicípio de Calçoene com o reconhecimento, pela Justiça, da prática de seis crimes de cor- rupção passiva por parte do ex-prefeito Jones Fábio Nunes Cavalcante. A sentença foi proferida, no último dia 10 de julho, pela juíza Ilana Kabacznik Kapah, da Vara Única daComarca, ao final de umprocesso que teve origem na chamada Operação Sangria, deflagrada peloMP-APpara apurar esquemas de desvio de recursos públicos no município. A investigação teve início em 2017, a partir de fortes indícios de fraude em lici- tações e repasses indevidos realizados du- rante a gestão de Jones Cavalcante. Os tra- balhos foram conduzidos por diversos membros doMP-AP, comdestaque para a Promotoria de Justiça de Calçoene e o apoio da Procuradoria-Geral de Justiça, com participação direta dos promotores de justiça que atuaram desde a fase inicial do Procedimento de InvestigaçãoCriminal (PIC). A força-tarefa teve como base os elementos colhidos por meio de intercep- tações telefônicas, quebras de sigilobancário e delações premiadas homologadas judi- cialmente. Na denúncia criminal, oMinistério Pú- blico apontou que o então prefeito teria solicitado e recebido vantagens indevidas em seis ocasiões distintas, entre abril de 2017 e junho de 2018. Foram três paga- mentos mensais de R$ 3 mil, em espécie, e três abastecimentos de veículos particulares com combustível pago com recursos pú- blicos. As práticas foram documentadas pormeiode recibos e comprovantes apreen- didos emmandados de busca e apreensão realizados durante a operação. Em audiência, testemunhas confirma- ramque veículos particulares do ex-prefeito eram abastecidos sob ordens da adminis- tração municipal, sem qualquer tipo de requisição formal. O próprio réu, ao ser interrogado em juízo, reconheceu a auten- ticidade das assinaturas nos recibos e admitiu que sua caminhonete particular era abastecida com recursos públicos, sob o argumento de que prestava serviços ao município. A juíza responsável pela sentença con- siderou as provas documentais e testemu- nhais robustas e suficientes para comprovar a materialidade e a autoria dos crimes, e classificou a conduta como grave afronta à moralidade administrativa. A magistrada condenouoex-prefeitoa 12 anos de reclusão, emregime inicial fechado, alémde 60 dias- multa e a reparação mínima do dano no valor de R$ 10.081,27, equivalente à soma dos valores indevidamente recebidos, atua- lizados monetariamente. A ação penal que culminou nessa con- denação foi movida no âmbito do processo nº 0000155-21.2023.8.03.0007, vinculado por dependência a outros autos da própria Operação Sangria. Esta operação expôs um amplo esquema de corrupção envol- vendo gestores municipais, servidores pú- blicos e empresários, com fraudes que in- cluíram licitações fictícias, notas fiscais falsas e desvio de verbas por meio de con- tratos superfaturados. ■ SEIS CRIMES DE CORRUPÇÃO PASSIVA MP-AP assegura sentença de 12 anos contra ex-prefeito de Calçoene por crimes de corrupção POROROCA DIGITAL ABORDA COMUNICAÇÃO E POLÍTICA NO AMAPÁ NOVAS IDÉIAS
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