Diário do Amapá - 24/07/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA-FEIRA | 24 DE JULHO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA A valoração socioeconômica e contabilidade dos danos ambientais constituem instrumentos analíticos desenvolvidos por algumas áreas da teoria econômica relacionadas à utilização de recursos naturais, ao consumo de insumos energéticos e à poluição. Sua abrangência, conforme se observa no que vem ocorrendo em nossa sociedade há décadas, vai desde pro- blemas localizados, como a poluição gerada por uma planta industrial que impacta a comunidade vizinha, até questões de natureza e escalas muito mais abrangentes, como as que se relacionamcoma perda de biodiversidade ou com os efeitos causados pelas mudanças climáticas em escala global. Tais exemplos demonstram a gama diferenciada de problemas sobre os quais as técnicas de valoração econômica existentes podem ser aplicadas. Estas procuram valorar desde os danos sobre recursos de uso direto (perda de pro- dutividade do solo, de ecossistemas comomanguezais, florestas ou do trabalho) até o próprio valor de existência de uma determinada área, passando pelas funções desempenhadas pelos diferentes ecossistemas (como o tratamento terciário de resíduos, gestão dos resíduos sólidos, emissões de gases de efeito estufa ou a proteção de regiões costeiras). No entanto, a incorporação desses valores em es- tudos de impactos socioambientais ou mesmo para fazer com que causadores dos prejuízos possam in- denizar a população afetada ou o Estado pelo dano ou impacto gerado (Princípio do Poluidor-Pagador) tem se mostrado pouco efetiva no Brasil e mesmo no cenário internacional. Apesar disso, tais técnicas vêm sendo cada vezmais aperfeiçoadas e até recomendadas por organismos como o Banco Mundial para valorar esses recursos ou danos ambientais, que anteriormente ficavam sem quaisquer indicações em termos de valoresmonetários. Hoje, alguns desses valores servem, aomenos, como parâmetros para que se possa efetuar uma avaliação de alternativas para os empreendimentos propostos nas distintas regiões, ou ainda para deter- minar possíveis indenizações e, com isso, reparar danos causados. Por outro lado, embora ecossistemas saudáveis forneçam recursos essenciais à vida humana, a di- mensão ambiental e as contribuições do capital natural ainda são amplamente ignoradas pelas formas de contabilidade convencionais. O mesmo se aplica aos custos sociais ou ambientais (as tais "externalidades", no jargão econômico) decorrente dos padrões de produção e consumo atuais, acarretando uma subvalorização dos "preços" de utilização desses recursos ambientais. Para tanto, a contabilidade de capital natural (NCA, em inglês) constitui um dos meios capazes de integrar as contribuições da natureza e os efeitos prejudiciais da atividade econômica ao meio ambiente, baseando-se em uma estrutura contábil consistente, ao fornecer indicadores e informações relevantes e apoiando a formulação de políticas públicas globais, incluindo o Acordo de Paris e a Agenda 2030, referente aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para se ampliar a visibilidade e o significado do capital natural, faz-se necessária, também, a difusão dos diferentes métodos que podem ser utilizados para efetuar a valoração de determinados danos ou recursos ambientais. Um deles, o "Método de Valoração Contingente" (CVM), consiste na valoração indireta, com base em questionários que aferem a "disposição a pagar" dos possíveis interessados. Aplica-se a parques ou unidades de conservação futuras ou existentes e de valores de opção ou existência de determinada espécie ou ecossistema, dentre outros casos. ■ Tais exemplos demonstram a gama diferenciada de problemas sobre os quais as técnicas de valoração econômica existentes podem ser aplicadas. EUGENIOSINGER E-mail: : agata@viveiros.com.br PhD em Engenharia Ambiental A crescente importância da valoração de danos ambientais U m assunto recente que temmovimentado debates nos noticiários e nas redes sociais são as criptomoedas. Para adentrarmos nesse tema, é preciso primeiro esclarecer: O que são criptomoedas? Qual seu impacto na economia? Quais suas vantagens e desvantagens? Qual o futuro do dinheiro f ísico diante de tantas transformações? Esses questionamentos nortearão as discussões a seguir. Neste mundo globalizado, marcado por grandes avanços tecnológicos, as dinâmicas econômicas passam por constantes mudanças, e o fenômeno das crip- tomoedas veio para ficar. Portanto, é essencial compreender como elas afetam nosso cotidiano, a fim de nos mantermos atualizados frente aos novos desafios. As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas, ou seja, não dependem diretamente de bancos ou governos e são baseadas em blockchain (um "livro de registros" digital, público e à prova de fraudes). Funcionam como uma espécie de "PIX global", sem um dono específico, intermediado inteira- mente pela tecnologia por meio de programação. Os maiores exemplos incluem o Bitcoin (consi- derado o "ouro digital"), Ethereum, Stablecoins e CBDCs, que hoje dominam o mercado. O di- nheiro f ísico, como o conhecíamos no passado, já não circula da mesma forma, especialmente com o advento de tecnologias como o PIX (sis- tema de pagamentos instantâneos), que revolu- cionou as transações no Brasil. O futuro do dinheiro f ísico está com seu “fim” cada vez mais próximo e isso já é possível constatar com pequenos testes em nossa rotina, como por exemplo as máquinas de cartão por toda parte e o Pix com Qrcode para que paga- mentos possam ser realizados commais agilidade nas transações entre vendedores e clientes. Tam- bém é crucial abordar aqui os riscos das cripto- moedas: a volatilidade (os preços podem cair ou subir abruptamente), a falta de regulamentação consolidada (governos ainda estão definindo leis sobre o tema) e o risco de golpes (projetos fraudulentos que se aproveitam da desinforma- ção). É importante entender que, quando se trata de transações financeiras, nenhum sistema é 100% seguro, daí a necessidade de cautela. Diante desse cenário, buscar conhecimento sobre economia e finanças é fundamental para o progresso da sociedade e o desenvolvimento do país. Um exemplo é o Projeto de Lei 2747/24, que propõe a educação financeira como disciplina obrigatória nas escolas brasileiras. Estudos recentes apontam que o Brasil é o 7º maior mercado de criptomoedas do mundo, com mais de 50 bilhões de dólares negociados em 2023. Isso se deve às vantagens dessas moedas, como transações diretas entre usuários (sem intermediação bancária), velocidade, privacidade e dificuldade de bloqueio por autoridades. Em resumo, as criptomoedas trazem liberdade financeira, inovação tecnológica e eficiência, mas exigem cuidado e preparo. Elas podem ser usadas para investimentos, pagamentos e proteção contra crises, graças à sua estrutura matemática avançada, que dificulta falsificações que é algo comum em sistemas bancários tradicionais menos robustos. E você? Já conhecia as criptomoedas? Pretende se aprofundar no assunto? Lembre-se: o conhecimento é a chave para a liberdade e o crescimento. ■ Diante desse cenário, buscar conhecimento sobre economia e *nanças é fundamental para o progresso da sociedade e o desenvolvimento do país. Um exemplo é o Projeto de Lei 2747/24, que propõe a educação *nanceira como disciplina obrigatória nas escolas brasileiras. Criptomoedas e o futuro do dinheiro NIRABRITO E-mail: dtlconsultoria@gmail.com Turismóloga e analista de negócios
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