Diário do Amapá - 26/07/2025

O mês de agosto terá um aumento nas contas de energia devido ao acionamento da bandeira tarifaria vermelha, no maior patamar, o 2, anunciou nesta sexta- feira (25) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, os consumidores terão custo extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a agência, a adoção da bandeira no patamar 2, após ter acionado o patamar 1 em junho e julho, ocorreu diante do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país, o que reduziu a geração hidrelétrica. “O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, disse a Aneel. Em maio, a Aneel acionou a bandeira amarela por conta do baixo volume de chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. Além disso, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média. Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária per- manecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no país. Segundo a Agência, a mudança ocorreu devido à redução das chuvas, com a transição do período chuvoso para o período seco do ano. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, alertou a agência reguladora. ■ CUSTO EXTRA Conta de luz terá bandeira tarifária vermelha patamar 2 em agosto HOMENAGEM Banco Central lança moeda comemorativa de R$ 1 pelos 60 anos do órgão Entra em circulação nesta sexta-feira (25) a moeda comemorativa de R$ 1 em homenagem aos 60 anos do Banco Central (BC). Foram cunhadas 23.168.000 unidades, que poderão ser usadas normalmente para fazer compras e transações. A edição especial tem duas principais diferenças em relação às moedas atuais de R$ 1. No anverso (frente), a peça apresenta, em destaque, o selo comemorativo dos 60 anos do BC, acompanhado da marca da autoridade monetária e de linhas diagonais. Tradicionalmente, o anverso exibe a ef ígie da República. No anel dourado, aparecem as legendas “Banco Central do Brasil” e “1965–2025”. O reverso (parte de trás) seguirá o padrão da segunda família das moedas do tipo, em que aparece o valor de face de R$ 1. Em abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a criação da edição comemorativa da moeda de R$ 1. Na ocasião, foi anunciado que a moeda terá livre circulação na economia. Em nota, o BC informou que a moeda comemorativa integra as ações promovidas pelo órgão para “celebrar, documentar, humanizar e compartilhar a sua história”. Confira as características da moeda: Denominação: R$ 1; Material: aço inoxidável (núcleo) e aço carbono re- vestido em bronze (anel); Diâmetro: 27 milímetros; Peso: 7 gramas; Bordo: serrilha intermitente. ■ ● ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa A s contas externas do Brasil tiveram saldo negativo em junho, de US$ 5,131 bilhões, informou nesta sex- ta-feira (25) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2024, o déficit foi de US$ 3,368 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercado- rias e serviços e transferências de renda com outros países. A piora na comparação interanual é resultado do recuo de US$ 375 milhões no superávit comercial e do aumento dos déficits em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) e serviços, em US$ 1,3 bilhão e US$ 159 milhões, respectivamente. Em contrapar- tida, o superávit da renda secundária subiu US$ 33 milhões. Em 12 meses encerrados em junho, o déficit em transações correntes somou US$ 73,135 bilhões, 3,42% do Produto In- terno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Emrelação ao período equivalente terminado em junho de 2024, houve aumento significativo no déficit, com o resultado em 12 meses negativo em US$ 28,893 bilhões (1,28% do PIB). De acordo com o BC, as transações correntes têm cenário bastante robusto e vinham com tendência de redução nos déficits em 12 meses, que se inverteu a partir de março de 2024. Ainda assim, o déficit externo está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos in- vestimentos diretos no país, que têmfluxos e estoques de boa qualidade. Balança comercial e serviços As exportações de bens totalizaram US$ 29,285 bilhões em junho, com au- mento de 0,9% em relação a igual mês de 2024. Enquanto isso, as importações che- garama US$ 23,998 bilhões, comelevação de 2,8% na comparação com junho do ano passado. Com os resultados de ex- portações e importações, a balança co- mercial fechou com superávit de US$ 5,287 bilhões nomês passado, ante o saldo positivo de US$ 5,661 bilhões em junho de 2024. Odéficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equi- pamentos e seguros, entre outros – atingiu US$ 4,518 bilhões no mês passado, ante os US$ 4,358 bilhões em igual período de 2024. As despesas líquidas com serviços de telecomunicação, computação e informa- ções aumentaram em 24,6%, totalizando US$ 623 milhões; em 22,8% em proprie- dade intelectual (US$ 968milhões), ligados a serviços de streaming; 7,8% em aluguel de equipamentos (US$ 1 bilhão), associados aos investimentos das empresas; e 8% em transportes (US$ 1,2 bilhão), resultado dos aumentos na corrente de comércio e no preço dos fretes internacionais. No caso das viagens internacionais, em junho, o déficit na conta fechou com alta de 17%, chegando a US$ 1,3 bilhão, resultado de US$ 539milhões nas receitas – que são os gastos de estrangeiros em viagem ao Brasil – e de US$ 1,832 bilhão nas despesas de brasileiros no exterior. Rendas Em junho de 2025, o déficit em renda primária – lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários – chegou a US$ 6,202 bilhões, 25,5% acima do registrado em ju- nho do ano passado, de US$ 4,940 bilhões. Normalmente, essa conta é deficitária, já que hámais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no ex- terior. A conta de renda secundária – gerada emuma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 302 milhões no mês passado, contra superávit US$ 269 milhões em junho de 2024. ■ CONTAS EXTERNAS TÊM SALDO NEGATIVO DE US$ 5,1 BILHÕES EM JUNHO V Foto/ Divulgação/Porto de Santos BC ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SÁBADO | 26 DE JULHO DE 2025

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