Diário do Amapá - 05/06/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA-FEIRA | 05 DE JUNHO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA T ransformar para mudar estado e condição de sobrevi- vência inteligente, para desenvolvimento individual e grupal. Escola é o maior e mais eficiente agente trans- formador na sociedade, para a sociedade. Hoje, mais que ontem, e para o tempos vindouros, a escola formal, entidade criada e mantida para esse fim, tem que estar focada nos rumos que a sociedade a orienta, organiza e opera. Mas sem descurar dos ditames tecno-científicos, inscritos na pedagogia pura e aplicada, para atendimento dos fins filosóficos, quais sejam, os da autoeducação. A escola é instituída para cumprir, sistematicamente, or- ganizadamente, os fins últimos (filosóficos) da educação es- colar, como agente oficial público, tem como mantenedor os goverrnos legal- mente formados para atender os inte- resses da sociedade. Phillip Perrenoud, sociólogo francês, dizia ser a sociedade responsável pela educação escolar que queira adotar, seguindo as tendências contextuais, para ter melhores resultados, ao menos mais próximos, em boa escala da realidade que a envolve no momen- to. Transformar quem estuda em escola é tarefa para habilitados para tal objetivo. Graduados, mestres e doutores em edu- cação, são profissionais afeitos a essa modalidade de educação. Transformar o educando, responsabilidades desses entendidos em educação escolar, perpassa uma linha muito delicada, pois dirige-se o educando aos exercícios cerebrais, no processo de formação de procedimentos marcantes no crescimemto f ísico e psi- cológico do ser, nessa ação específica da educação escolar. O conhecimento expresso nos conteúdos escolhidos, planejados, são executados, na busca de um ser pensante, raciocinador, analítico, depurador dos conteúdos relevantes, importantes, úteis e indispensáveis à formação de conduta aceita como padrão de desenvolvimento efetivado, realizado, pronto para receber conhecimentos mais complexos, numa escala sempre crescente, com fito no desempenho técnico, no uso do conhecimento. Haverá alcance da autoeducação nesse estágio da educação escolar. Mentes transformadas e mudadas para dominar uma consciência clara, argumentativa, investigativa, avaliadora, como poder de escolha, dentre os conhecimentos realmente formativos, para o autodesenvolvimento, e consequentemente, o desenvolvimento social. ■ Escola e transformação educativa E-mail: fmrdidaxus@gmail.com Especialista em Educação Phillip Perrenoud, sociólogo francês, dizia ser a sociedade responsável pela educação escolar que queira adotar, seguindo as tendências contextuais, para ter melhores resultados, ao menos mais próximos, em boa escala da realidade que a envolve no momento. FERNANDO MACIEL N esta quarta-feira fizemos uma produtiva visita a velhos amigos na Biblioteca Pública Elcy Lacerda e batemos um papo legal com o seu diretor José Pastana e com os escritores e poetas Paulo de Tarso, Ricardo Pontes e Luiz Alberto, membros da Academia Amapaense de Letras. Na ocasião realizamos a entrega/doação do acervo do Doutor Acylino de Leão contendo cartas de sua autoria, jornais, documentos diversos, etc... Mas, quem foi Acylino de Leão? O médico Acylino de Leão Rodrigues nasceu no interior do município de Macapá no dia 17 de julho de 1.882, na ilha Cotia, nesta época, ainda pertencente e sob jurisdição de Macapá. Filho de Leão Gregório Rodrigues e de Maria Gil de Leão Rodrigues, comerciantes bem sucedidos, que dispunham de bons recursos. Aos dez anos, Acylino de Leão inicia o estudo fundamental. Seu curso secundário foi realizado em Belém, no Liceu Paraense, atual Colégio Paes de Carvalho. Em 1902, matricula-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, di- plomando-se em 1909, com grande distinção. Depois, retorna a Belém para rever familiares, despede-se e segue viagem para Paris/França, onde permanece por um ano fazendo especia- lização. No dia 31 de janeiro de 1.916, com 28 anos, casa-se com Amelia Ribeiro, filha do de- sembargador Tomaz Ribeiro, chefe de Polícia. Na época, o Governador do Pará era Augusto Montenegro. Filiado ao Partido Liberal, foi eleito várias vezes a Assembleia Estadual Paraense. Em 1935 é eleito para a Câmara Federal e ali permanece até o golpe do Estado Novo quando Getúlio Vargas assume a presidência da República Fe- derativa do Brasil no dia 10 de novembro de 1.937. Médico clínico, Acylino de Leão exercia a sua profissão como um verdadeiro sacerdócio e sempre atendia pessoas muito carentes sem preocupar-se com dinheiro. Participou ativa- mente da fundação da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e lecionou na Escola de Agronomia e Veterinária. Foi simplesmente brilhante como professor universitário na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e como catedrático de Clínica Medica e Medicina Legal na Faculdade de Direito. Também foi dirigente dos dois cursos. Na Academia Paraense de Letras ocupou a cadeira 29, criada pelo macapaense Joaquim Francisco de Mendonça Júnior, cog- nominado de Mucio Javrot. EmMacapá, uma das principais vias da ci- dade, localizada no bairro do Trem, contém o seu nome. No dia 27 de setembro de 1950, às 14 horas, falecia na Santa Casa de Misericórdia, em Belém do Pará, o ilustre médico, professor e político macapaense, Doutor Acylino de Leão Rodrigues. Sua morte causou profunda comoção tanto em Belém como no Território Federal do Amapá. Morreu pobre, sem grandes patrimônios ou fortuna! Exemplo que fica para a posteridade, de uma dedicação extrema aos mais pobres e desafortunados pela sorte! ■ No dia 27 de setembro de 1950, às 14 horas, falecia na Santa Casa de Misericórdia, em Belém do Pará, o ilustre médico, professor e político macapaense, Doutor Acylino de Leão Rodrigues. Sua morte causou profunda comoção tanto em Belém como no Território Federal do Amapá. Historiador entrega acervo de Acylino de Leão à Biblioteca E-mail: grandearquitetoap@hotmail.com WELLINGTONSILVA Jornalista e Historiador

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=