Diário do Amapá - 15 e 16/06/2025
A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 15 E 16 DE JUNHO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS RELIGIOSIDADE - Padre Paulo será o sacerdote da Igreja da Divina Misericórdia a ser fundada na próxima terça, 17, às 18h, no bairro Parque Aeroportuário, zona norte de Macapá, em meio à Missa de Ação de Graças pelos 30 anos da ordenação do bispo diocesano Dom Antônio de Assis Ribeiro. ■ FITOSSANITÁRIO - Em Caiena, governador Clécio conclamou franceses a esforços conjuntos contra a praga da mandioca, chamada vassoura-de-bruxa, mal que afeta plantações em ambos os lados da fronteira Brasil/França. ■ PLANTÃO - Titular da Delegacia de Polícia Civil de Proteção ao Idoso, Lívia Pontes informou que especializada está conectada com outros órgãos neste ‘Junho Violeta’ de proteção e prevenção à violência contra esse segmento social. ■ Cordialmente Depois de destrinchar no Togas e Becas sobre o Geobras - nova ferramenta para modernizar e fortalecer controles externos -, presidente Reginaldo Ennes (TCE) visitou o colunista em seu gabinte de trabalho no DA. Estava acompanhado da jornalista Ilziane Launé, atual assessora de comunicação do Tribunal de Contas. Ministério da Justiça, com base no Mapa da Segurança Pública 2025, reconhece avanços significativos conquistados pelo Amapá no combate ao crime e a grupos criminosos. Relatório (23/24) mostra que o Amapá, com queda de 28,71% nos homicídios dolosos, pontua como uma das unidades da Federação que mais ganhou destaque na diminuição dos números de crimes violentos. Segue para sanção presidencial projeto de lei aprovado no Senado que aumenta penas para crimes cometidos nas dependências de instituições de ensino. Objetivo: inibir agressões e ataques a estudantes, professores e demais funcionários escolares. Mudança Espera Do Amapá, 4 parlamentares, já diplomados, esperam para tomar posse: Abdon, Marcivânia, Aline e Lemos. Eles foram beneficiados por uma decisão inédita do STF, que mudou a regra das sobras eleitorais. Agora cabe a Hugo Motta decidir se dá ou não posse imediata. A Câmara, que sempre cassou por crime ou escândalo, agora precisa lidar com a Constituição sendo reescrita no meio do jogo. Bandeira DeputadaAldilene Souza pilota sessão de instalação oficial da Frente Parlamentar Católica, segunda, 16, na Assembleia Legislativa, comproposta de defender e divulgar os princípios da Igreja fundada por Jesus Cristo, através do apóstolo Pedro. Bem avaliado Senador Davi Alcolumbre, ainda em 22 de maio, marcou para terça-feira, 17/6, sessão do Congresso Nacional para votação de vetos presidenciais. 64 vetos estariam na pauta, a maioria oriunda de fevereiro passado. Reunião mista Ajustes Líder do governo no CN, Randolfe Rodrigues negocia no Senado e com deputados federais encaminhamento da votação dos vetos da Presidência da República que deverão ser mantidos ou derrubados em sessão ainda a ser marcada. Presidente do TCE/AP, Reginaldo Ennes é bemclaro quando fala do Geobras, ferramenta eletrônica que acompanhará andamento de obras no estado: gestor que não fizer atualização das obras em seu município, primeiro será multado, e se persistir emnão fazer, Tribunal de Contas poderá afastá-lo do cargo por falta de comprometimento coma transparência. Amapá agora procura estender relações com Guadalupe, no território francês ultramarino no Caribe, para troca de experiências em logística e gestão portuária, além de destacar potencial do estado como elo estratégico na costa norte do Brasil. Imersão stamos vivendo coisas com que nunca sonha- mos. Uma delas, a pós-verdade, que colocou a mentira no lugar da verdade, que deixou de ser o que é para tornar-se o que as emoções da rede social definiram como verdade. O fato foi substituído pela narrativa. As descobertas científicas colocaram em nossas mãos milagres. Podemos, numa tela vazia em nossa frente, por artes de Deus ou do diabo, ver o que se passa em todos os lugares do mundo no instante mesmo em que estão acontecendo. Com uma pequena caixinha que cabe na palma de minha mão, posso lo- calizar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo e falar com ela, através dela me comunicar, saber e transmitir notícias, prever o tempo, fazer cálculos matemáticos e recuperar mensagens que me man- daram de outra máquina fabulosa — sua excelência, o computador —, que com um teclado que também me conecta com todo o mundo no mesmo instante que me fornece todas as informações que desejo, milhões e milhões de dados sobre tudo, a cada segundo, sem um centro organizador e produtor, que vão se multiplicando quando alguém mais se junta a esse processo, que não tem limites e atinge o infinito, que é o conceito de rede. O que acontece com nossa cabeça que foi da cultura oral, fez uma pausa no livro e de repente caiu na era da cultura visual? Que mudanças aconteceram em nossa maneira de pensar, nos costumes e nos sentimentos que durante milênios criaram a criatura humana que a História formou até agora? Nós nos acostumamos a conviver com a alegria, com a tristeza, com o amor em todos os seus níveis, com a noção de trabalho, com os valores da família, os sentimentos de ódio, da cólera, da violência, tudo isso de maneira artesanal, criando outro mundo, outra sociedade para a qual não estávamos preparados, diferente, com coisas que não podemos dominar, outro mundo a que buscamos nos adaptar, e não ele a nós. Tudo mudou. Vivemos nossas circunstâncias, em que são as da realidade. Porém nossa realidade não é realmente a realidade. Nossos sentimentos e nossas reações estão sendo reciclados e já não são o que nos faziam acreditar. “O que emmim sente está pensando”, dizia o verso de Fernando Pessoa. Só que hoje, sentir e pensar não são mais faculdades do ser individual e sim do ser coletivo que somos. O amor deixou de ser o amor como o concebíamos no passado. O mesmo acontece com a amizade, com a noção de convivência, com o ódio e a cólera. Estamos perdendo até a indignação, todos submetidos ao uso de uma droga tecnológica. As próprias drogas fazem parte deste contexto. A diferença é que estas são substâncias químicas para a sublimação dos pra- zeres. A droga da modernidade, com a parafernália de comunicação, nos impõe uma situação mais peri- gosa que a de não ter a liberdade de ingeri-la, porém, a obrigação de consumi-la. O culto da velocidade. Não temos mais a liberdade de andar. As distâncias, o estilo de vida que foi criado nos fez dependentes da velocidade, do patinete, da bicicleta, da moto, do carro, do ônibus, do trem, do avião. Já não tem sentido escrever cartas. A civi- lização é oral, é o telefone. Escrever passou a ser algo atrasado. Escreve-se para confirmar o que se falou. Fala-se por telefone, por fax, pelo computador, pelo cinema, pela televisão, pelas redes sociais na internet. Vemos perplexos que somos um grande laboratório e que estamos nos transformando com todas as mu- danças que acontecem no mundo. É como se esti- véssemos chegando ao desaparecimento da espécie de homem que foi o homem e que fez a História que chegou aos nossos dias. ■ A Pós-verdade E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY E Na bucha Amapá agora procura estender relações com Guadalupe, no território francês ultramarino no Caribe, para troca de experiências em logística e gestão portuária, além de destacar potencial do estado como elo estratégico na costa norte do Brasil. Imersão
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