Diário do Amapá - 19 e 20/06/2025

ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA E SEXTA-FEIRAS | 19 E 20 DE JUNHO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO Luz nas contas O deputado André Fernandes (PL-CE) requereu ao Tribunal de Contas da União realização de auditoria sobre os gastos públicos, atos administrativos e contratações relacionados à viagem oficial do presidente Lula da Silva e comitiva à França, nos dias 4 e 5 de junho. O TCU vai investigar também a contratação de show de uma cantora brasileira para apresentação na cidade luz. Valeu o passeio Como esperado, a reunião dos Parlamentares dos países dos BRICS em Brasília serviu apenas para a dispensa de ponto de senadores e deputados, e mais 90% dos servidores. De concreto, o encontro não produziu nada. Ficou acertado, apenas, que os poucos deputados da Índia, Rússia, China e África do Sul que vieram à Brasília, terão prioridade para ir à Índia em 2026. Duas na fila Trancadas Por protocolo de emergência, as Embaixadas de Israel e do Irã estão fechadas em Brasília. Ventilaram as más línguas que a decisão dos israelenses na capital seria porque o presidente Lula da Silva é considerado persona non grata por Israel. Mas é só padrão. Em todos os países as embaixadas das duas nações estão trancadas e com segurança reforçada. “Bomba” no céu A PF perdeu um dos ícones, o delegado Mauro Sposito, “Mauro Bomba”, falecido no domingo (15). Querido na corporação, o decano deixa legado de trabalho pela defesa da selva amazônica, entre tantas outras frentes. Com humor peculiar e profissionalismo, chamava os colegas de Amorzinho, sem nunca perder o viés altivo do combate ao narcotráfico. O “Bomba’ explodiu centenas de balsas e pistas clandestinas de pouso. Prazo de validade Sem míssil! Calma, leitor, calma. Não haverá (por ora) míssil do espaço caindo em favelas do Brasil contra traficantes. A pressão dos Estados Unidos para que o Brasil classifique as facções PCC e CV como organizações terroristas não implica em tornar favelas vulneráveis a ataques cirúrgicos – como os americanos fazem com grupos terroristas na África e Oriente. Essa classificação temmais poder pois, legalmente, permitirá que os EUA apliquem sanções contra seus integrantes e sócios, asfixiando financeiramente as organizações mapeadas por suas polícias. Trata-se de medida muito mais eficaz que um ataque militar. O Itamaraty trabalha contra essa classificação na ONU e, ao negar, o Governo Brasil mantém essas organizações à margem de sanções e livres para lavar dinheiro do Hezbollah e Hamas, como já se comprovou. Além disso, PCC e CVmantêm relações com as FARC da Colômbia, que nunca se desmobilizou de fato. A Polícia Federal (PF) concluiu que o general Braga Netto atuou como "figura central" na implementação de estratégias para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A conclusão está em um novo relatório sobre as investi- gações da trama golpista enviado nesta quarta-feira (18) ao ministro Alexandre deMoraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório foi produzido após a análise do celular do coronel do Exército Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil do governo Bol- sonaro e candidato a vice na chapa do então presidente nas eleições de 2022. O general está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e tentar obter detalhes dos depoimentos de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. "As trocas de mensagens confirmaram a atuação do general Braga Netto como uma figura central para a imple- mentação das estratégias visando desacreditar o sistema eleitoral e o pleito de 2022", diz o relatório. A PF encontrou mensagens em um grupo de WhatsApp denominado Eleições 2022, composto por seis pessoas, entre elas, Braga Netto e Peregrino. De acordo com os investigadores, os citados atuaram na produção de revisão de um documento com informações falsas sobre fraude nas urnas, que seria enviado ao então ministro da Defesa Paulo, Sergio Nogueira, e apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para insinuar que seria possível fraudar as urnas eletrônicas. Os investigadores também apontaram o envio dados falsos para basear a ação na qual o PL alegou ao TSE suspeitas de fraude no primeiro turno do pleito de 2022. Além disso, segundo a PF, o grupo atuou na propagação de desinformação, a partir de "estudos falsos" para desacreditar as eleições presidenciais. O conteúdo era repassado a in- fluenciadores digitais que são apoiadores de Bolsonaro, entre os quais, o argentino Fernando Cerimedo. ■ TRAMA GOLPISTA PF diz que Braga Netto foi "figura central" para desacreditar eleições A pesar das coberturas vacinais no Brasil estarem em rota de recu- peração, as diferenças entre estados e municípios e os esquemas incompletos ainda são desafios que ameaçam a saúde pública brasileira. Essas são as principais conclusões do Anuário VacinaBR, pro- duzido pelo Instituto Questão de Ciência (IQC), emparceria com a Sociedade Bra- sileira de Imunizações (Sbim) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni- cef ). A publicação mostra que, em 2023, nenhuma vacina infantil do calendário nacional atingiu a meta de cobertura em todos os estados. O destaque negativo ficou com os imunizantes que protegem contra a poliomielite, meningococo C, varicela e Haemophilus influenzae tipo B – nesses casos, nenhumestado vacinou 95% do público-alvo, porcentagem ne- cessária para evitar a transmissão dessas doenças. Alémdisso, apenas 1.784municípios, oumenos de 32% dos mais de 5.570 exis- tentes no Brasil, conseguiram cumprir a meta de cobertura para quatro vacinas considerados prioritárias: pentavalente, poliomioliete, pneumo-10 e tríplice viral. O melhor desempenho foi o do Ceará, onde 59% das cidades imunizaram o pú- blico-alvo. No Acre, porém, apenas 5% dos municípios alcançaram a marca. "Saúde é competência concorrente da União, dos estados e dos municípios. O problema da imunização não pode ser atacado de maneira uniforme, porque a gente vive em um país de dimensões continentais que tem desafios muito es- pecíficos. E a gente viu, no Anuário, que às vezes temmunicípios adjacentes, com condições muito parecidas, mas com taxas de imunização muito diferentes", alerta o diretor executivo do IQC e orga- nizador do Anuário VacinaBR, Paulo Al- meida. Mesmo a vacina BCG, que protege contra formas graves de tuberculose e deve ser tomada logo após o nascimento – por isso, muitas vezes, é aplicada ainda na maternidade – só alcançou a meta de cobertura em oito unidades federativas. Em 11 estados, a taxa de imunização ficou abaixo de 80%, alcançando menos de 58% dos bebês no Espírito Santo. Den- tro de todos os estados, há cidades que vacinaram100% do público-alvo e outras que não imunizaram nem a metade. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai, também destaca o protagonismo dos gestores mu- nicipais para aplicar as recomendações do Ministério da Saúde e a necessidade de seguir o planejamento estadual, con- forme as realidades locais. Isabela lembra que omaior combustível para a hesitação vacinal é a baixa percepção de risco, quando as pessoas não sabem, ou não dão valor para o perigo das doenças pre- veníveis por vacina. ■ IMUNIZAÇÃO VACINAÇÃO MELHORA, MAS AINDA ENFRENTA DESAFIOS NO BRASIL V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil O Senado recebeu as mensagens do Governo Federal indicando Claudia Fonseca para a Embaixada da Hungria, o país de Viktor Orban; e Maria Luísa Escorel, para a Suíça, cumulativamente com Liechtenstein. Os senadores Nelsinho Trad e Mara Gabrilli serão os relatores. Não há datas para as sabatinas das diplomatas.

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