Diário do Amapá - 21/06/2025
| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SÁBADO | 21 DE JUNHO DE 2025 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que pretende anunciar, ainda este mês, uma linha de crédito especial para facilitar a compra de motocicletas elétricas por motoristas de aplicativos de todo o país. A iniciativa, segundo o presidente, faz parte de um pacote de medidas que inclui a distribuição gratuita de botijões de gás para famílias carentes e umprograma de financiamento para reformas residenciais. “Tenho três programas para anunciar”, antecipou Lula ao participar do podcast Mano a Mano, apresentado pelo músico e compositorMano Brown e pela jornalista Semayat Oliveira, e disponibilizado nesta quinta-feira (19). “Ainda este mês, eu tenho que anunciar um programa de crédito para reforma de casa. Porque, às vezes, você tem sua casinha e você não quer uma casa nova; você quer fazer um quarto, quer fazer um banheiro novo. Então, a gente vai abrir linha de crédito para a reforma de casa”, disse Lula, que tambémmencionou a meta do governo fe- deral de entregar 3milhões de novas unidades habitacionais doMinha Casa, Minha Vida até o fimde seu atual mandato, em dezembro de 2026. “[Também] vou abrir uma linha de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país. “E vamos anunciar gás de cozinha para as pessoas mais pobres do país, na cesta básica”, prometeu Lula. No início deste mês, Lula já tinha dito que o governo federal estava estudando como implementar a linha de crédito para os entregadores de aplicativos adquirirem motocicletas, sem especificar tratar-se de veículos elétri- cos. ■ MOTORISTAS DE APLICATIVOS Lula anunciará crédito para entregadores comprarem motos elétricas ● DIEESE Rendimento médio dos brasileiros chega a R$ 3.270 O rendimento médio dos brasileiros chegou a R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, o maior já regis- trado no país. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (13), são do boletim Emprego em Pauta, do Departamento In- tersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento, entre 2014 e 2022, o rendimento médio no país manteve-se praticamente estável, com exceção dos anos 2020 e 2021, impactados pela crise pandêmica. No entanto, de 2022 até 2024, houve aumento de 7,5% no rendimento médio das pessoas ocupadas, que chegou a R$ 3.270 mensais no quarto tri- mestre de 2024. O boletim destaca porém que, embora o crescimento médio do rendimento tenha ficado em torno de 7,5%, entre 2022 e 2024, para todas as faixas de renda, os que ganhavammenos forammenos beneficiados. Para os ocu- pados com os menores rendimentos, o aumento foi equi- valente a R$ 76 mensais. Já para os 10% commaiores ren- dimentos, o ganho foi 12 vezes maior: de R$ 901 mensais. O levantamento mostra ainda que quase um terço dos ocupados, no último trimestre de 2024, continuava a receber, no máximo, um salário mínimo, enquanto os preços de itens básicos de consumo cresciam em ritmo mais acelerado do que a média da inflação, afetando dire- tamente os mais pobres. “Por isso, políticas que incentivem a criação de empregos formais, a valorização do salário mínimo e o uso de instrumentos de negociação coletiva são funda- mentais para a melhoria da vida dos brasileiros”, destaca o texto. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa A presidente da Petrobras Magda Chambriard disse nesta quar- ta-feira (18) que ainda é cedo para considerar mudanças no preço dos combustíveis combase nos conflitos entre Israel e Irã no Oriente Médio. A região é estratégica para produção global de petróleo e gás. “Esse cenário tem apenas cinco dias. É bem recente. A Petrobras não faz movimentos abruptos. Aumento ou re- dução nos preços de combustíveis são feitos a partir de movimentos delicados. Só nos movimentamos quando identi- ficamos tendências. Não queremos tra- zer para o Brasil a instabilidade e a vo- latilidade do sistema de precificação internacional”, disse a presidente. Uma das preocupações para os mer- cados globais é se o conflito afetará a navegação do Estreito de Ormuz, que fica entre o golfo de Omã e o golfo Pér- sico. Nele transitam 21 milhões de barris por dia (b/d), ou cerca de 21% do petróleo que é consumido em todo o mundo, segundo a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos. O diretor de logística, comerciali- zação e mercados da Petrobras Claudio Schlosser disse que não vê potenciais prejuízos para a Petrobras em caso de alteração de navegação no estreito. “Historicamente é muito dif ícil acontecer esse fechamento. Pode ter uma restrição, redução, fluxos menores dos navios. Até porque tem aliados do Irã como Catar e Kuwait, que escoam óleo por ali. Abastecimento da China também passa por aquela região. Para nossas atividades, está mais ligado com a saída do petróleo leve. O último navio saiu da região na sexta-feira e abasteceu a Reduc [refinaria de Duque de Caxias]. Mas existem alternativas logísticas para suprir esse petróleo”, disse Schlosser. Margem Equatorial Na coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Mag- da Chambriard, foi questionada sobre o processo para exploração de petróleo na Margem Equatorial. Magda reforçou que a empresa está seguindo todos os processos exigidos pelo Ibama para e que o último rito formal deve ocorrer em breve. “A sonda para a operação está se movendo, vai parar no Ceará para trocar tripulação e depois vai para a Margem Equatorial. A gente tem obrigação de entregar essa sonda e depois que o Ibama vistoriar tem tudo para marcar a autorização para treinar o evento de início de perfuração”, disse Magda. A Petrobras foi um dos destaques no leilão organizado na terça-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dos 34 blocos de exploração de petróleo colocados em leilão, a Petrobras arre- matou dez blocos na Bacia Foz do Ama- zonas e três blocos na Bacia de Pelotas, com desembolso de R$ 139 milhões. Outros 21 blocos foram adquiridos por empresas nacionais e estrangeiras nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas: uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados. No total, foram desembolsados mais de R$ 989 milhões na aquisição dos blocos. A previsão de investimento mínimo na fase de ex- ploração é de R$ 1,45 bilhão. ■ PETROBRAS: É CEDO PARA AVALIAR IMPACTO DE GUERRAS NO ORIENTE MÉDIO V Foto/ Fernando Frazão/Agência Brasil CONFLITOS
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