Diário do Amapá - 26/06/2025

MERCADO - O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, previu na manhã desta quarta-feira, 25, que os assuntos energia e economia predominarão na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, a acontecer de 10 a 21 de novembro próximo em Belém do Pará. Baseado no Rio de Janeiro, Ardenghy falou no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), pelo telefone, diretamente da capital paraense, onde acontece evento preparativo para a COP30 com a presença do governador do estado do Amapá, Clécio Luís Vilhena. Ele recentemente recebeu o título de Cidadão Amapaense do Parlamento Estadual. Reprodução Divulgação A exploração de petróleo no Amapá é um tema complexo, com prós e contras. É fundamental que a decisão seja tomada com base em estudos técnicos e considerando os impactos ambientais e sociais, buscando um desenvolvimento sustentável para a região. A região abriga ecossistemas únicos e sensíveis, como os recifes de corais e manguezais. A exploração na região da Margem Equatorial, especificamente na Bacia da Foz do Amazonas, tem potencial para gerar desenvolvimento, mas também gera preocupações com a biodiversidade local e o risco de impactos ambientais. A exploração pode gerar riqueza, financiar a transição energética do país e reduzir as desigualdades sociais na região. Lideranças e analistas contrários à exploração manifestam preocupação com a biodiversidade marinha, incluindo recifes de corais e o maior cinturão de manguezais do mundo, que podem ser afetados por um derramamento de óleo. Amapá possui indicadores sociais baixos, e o petróleo pode ser uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida da população. O governador Clécio Luís defende a exploração de forma segura e sustentável, destacando o potencial de desenvolvimento para o estado. Ele não nega que a região da Margem Equatorial abriga ecossistemas únicos e sensíveis, como os recifes de corais e manguezais, que precisam ser protegidos. mas diz que a exploração pode financiar a transição para fontes de energia renovável, mas tem que garantir que essa transição seja efetiva. PETRÓLEO - O professor David Zylbersztajn diz que mais importante do que o preço do barril de petróleo é analisar as consequências de um conflito prolongado no Estreito de Ormuz e a duração do seu fechamento. Além do petróleo, outros fluxos comerciais de commodities seriam afetados. O especialista destaca que um conflito prolongado na região do Estreito de Ormuz teria um impacto significativo nos mercados globais, não apenas no preço do petróleo. O fechamento do estreito, por onde transita grande parte do petróleo mundial, afetaria o fluxo de diversas outras mercadorias, causando instabilidade econômica e incerteza nos mercados.

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