Diário do Amapá - 27/06/2025
ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 27 DE JUNHO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO Força amiga, hein?! O Itamaraty tem informado de forma permanente ao Senado acerca dos brasileiros que se encontram em Israel e Irã e que desejam deixar esses países, mas não faz questão alguma de repassar essas informações à Câmara e Senado, reclamam congressistas. Isso porque o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD- MS), é considerado pelo Itamaraty, “uma força amiga”. Negligência? Os deputados Marcelo Queiroz (PP-RJ), Fred Costa (PRD-MG), Delegado Bruno Lima (PP-SP) e Delegado Matheus Loila (União-PR) querem explicações da Embaixada da Indonésia pela suposta demora para resgatar a jovem brasileira Juliana Marins, que não resistiu aos ferimentos e frio ao cair na cratera do vulcão Rinjani. O grupo protocolou pedido de investigação junto ao Itamaraty. Futebol cidadão Juventude & Poder O MDB ficou em 1º lugar entre os 13 partidos selecionados na 3ª edição do edital promovido pela organização Legisla Brasil. Com intenção de fortalecer, formar e qualificar as juventudes partidárias, o Programa Nossas Excelências teve como tema “As Juventudes” e incentivou medidas de inclusão para mulheres, pessoas negras, LGBTQIAP+ e outros grupos sub-representados. O MDB Jovem levou R$ 50 mil. Mercosul-UE Advogados e empresários brasileiros e portugueses se reúnem em evento no Grêmio Literário de Lisboa para debater as oportunidades da tentativa de acordo Mercosul-União Europeia, que já causa expectativas no mercado. Uma das mesas contará com o advogado Sérgio Vital Moreira e o jornalista Guilherme Amado, com mediação do consultor de comunicação Fábio Brandt, uma das revelações do setor em Brasília. Prazo de validade May Day, May Day A perda de contrato bilionário da Embraer para a francesa Airbus, por supostas questões de geopolítica protagonizada pelo presidente Lula da Silva, entrou na pauta de parlamentares de diferentes partidos em Brasília. Alinhada ao Ocidente e à Ucrânia, o Governo da Polônia teria pressionado a LOT Polish Airlines a desistir da encomenda de aviões da franco- brasileira num negócio de US$ 6 bilhões, pelo fato de Lula da Silva ter visitado e afagado diplomaticamente Vladimir Putin, da Rússia. O caso teria ferido as relações bilaterais entre Brasil e Polônia. O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) pediu a convocação do ministro das Relações Exteriores na Comissão de Relações Exteriores para explicar se houve ingerência direta neste caso e como o Brasil lidou com isso, em razão de envolver entrada de recursos no País e garantir milhares de empregos. Outros congressistas querem saber, por exemplo, se o Itamaraty tomou conhecimento, participou ou acompanhou as negociações comerciais entre a Embraer e a companhia aérea polonesa, que previa a aquisição de até 84 aeronaves do modelo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores deve prestar “todo o apoio” à família de Juliana Marins, “o que inclui o translado do corpo até o Brasil.” A determi- nação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele anunciou em rede social que conversou hoje (26), por telefone, com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu no Monte Rinjani, na Indonésia. "Conversei hoje [26] por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil", disse Lula em postagem publicada nas redes so- ciais. Manoel Marins está na Indonésia para tratar dos trâmites de repatriação da filha. O acidente ocorreu no último sábado (21), mas a demora no resgate e as condições me- teorológicas adversas na região impediram que socorristas alcançassem a jovem com vida. O corpo de Juliana foi levado para Bali nesta quinta- feira (26), onde vai passar por autópsia. O procedimento deve esclarecer detalhes da morte. A informação foi dada pela vice-governadora da província de West, Nusa Tenggara. Bali é uma ilha que fica ao lado de Lombok, onde está o vulcão Rinjani, onde Juliana faleceu. A prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, vai custear o translado do corpo de volta ao Brasil. O prefeito da cidade publicou na internet ontem (25) que teria assumido o compromisso depois de conversar com familiares da bra- sileira. Juliana caiu da borda da cratera de um vulcão no monte na madrugada de sábado (21). O resgate só consegui alcan- çá-la na terça-feira (24), quando já estava morta. Negligência Para a família, houve negligência da equipe de resgate local. Emmensagemnas redes sociais, os familiares disseram que, se a equipe tivesse chegado ao local da queda em até sete horas após a chamada, Juliana ainda estaria viva. ■ APOIO Lula fala com pai de Juliana e diz que Itamaraty pode fazer traslado A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou nota nesta quinta-feira (26) em que nega haver uma de- terminação do governo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento em alíquotas do Im- posto sobre Operações Financeiras (IOF). O decreto presidencial sobre a medida foi derrubado nessa quarta-feira (25) pelo Congresso. A nota da AGU foi divulgada após ter repercutido na imprensa a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que na manhã desta quinta-feira (26) disse que as alternativas para manter o equilíbrio fiscal, após a derrota no Con- gresso, seriam recorrer ao Supremo ou fazer cortes no orçamento. Segundo a AGU, não há qualquer decisão tomada” sobre a eventual judi- cialização do tema. “Todas as questões jurídicas serão abordadas tecnicamente pela AGU, após oitiva da equipe econômica. A comu- nicação sobre os eventuais desdobra- mentos jurídicos do caso será feita ex- clusivamente pelo próprio advogado- geral [Jorge Messias], no momento apro- priado”, conclui o texto. Mais cedo, Haddad afirmou que “na opinião dos juristas do governo, que ti- veram muitas vitórias nos tribunais, é flagrantemente inconstitucional” a der- rubada do decreto presidencial. Acres- centou que uma decisão final sobre a judicialização cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad defendeu ainda que recorrer ao Supremo é um direito do governo. “Nem nós devemos nos ofender quando um veto é derrubado e nem o Congresso pode se ofender quando uma medida é considerada pelo Executivo incoerente com o texto constitucional”, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. O decreto sobre o IOF foi o primeiro decreto presidencial a ser derrubado pelo Congresso em 30 anos. O próprio Haddad reconheceu que o governo foi pego de surpresa com a votação, que fora anunciada pelo presidente da Câ- mara, Hugo Motta (Republicanos-PB) pelas redes sociais na noite do dia an- terior. Após a derrota do governo na Câ- mara, com placar de 383 votos a 98, o decreto foi também derrubado no Se- nado momentos depois, após uma vo- tação relâmpago pautada pelo presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), numa demonstração de ar- ticulação próxima entre as lideranças do Congresso. Quem paga a conta Desde a publicação do decreto, o governo vinha negociando medidas compensatórias para evitar a derrubada do aumento do IOF, afirmando que a medida seria fundamental para manter o equilíbrio fiscal. ■ DECRETO DERRUBADO GOVERNO AINDA AVALIA SE VAI AO SUPREMO POR IOF, DIZ AGU V Foto/ Lula Marques/Agência Brasil Jundiaí (SP) sedia a Taça das Favelas da cidade, uma das mais conhecidas do País. A edição de 2025 começou em 31 de maio e vai até 12 de julho. A instituição de crédito Crefaz viabilizou uniformes para 720 atletas das 24 equipes. Mais de 400 mil jovens e mais de 5 mil comunidades já participaram da competição no Brasil.
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